Romaguera, Alda Regina TogniniOliveira, Tabta Rosa deOliveira, Tabta Rosa de2024-08-092024-08-092021https://repositorio.uniso.br/handle/uniso/1608Fios foram soltos, outros bordados, no tempo ralentado do fazer das mãos, esta pesquisa se compôs. Um tempo que compreendeu o processo, que fluiu entre, que abriu espaço para os acontecimentos com/ na/ da pesquisa. A intenção foi investigar os gestos de brincar como potência nos parques da cidade. Diante da realidade múltipla da pesquisadora, mãe, educadora ecologista brincante, perguntas ecoavam, de que diferentes modos o devir criança se manifesta nos encontros de brincar? Sem quintais nem pátios nas escolas, que espaçostempos de brincar e de contato com a natureza atravessam o cotidiano infantil? Na tessitura com autores, os conceitos de tempo e espaço foram bordados reforçando os contornos da redução do tempo de brincar livre e a diminuição de espaços naturais de interação das crianças nas grandes cidades. O quintal já não era mais o mesmo, o pátio também, e o tempo para observar o caminhar das formigas era ligeiro frente à rotina das famílias urbanas. Para evidenciar a potência da relação com a natureza e as possibilidades de experiência neste encontro com os espaços naturais, com outras crianças e outras infâncias em devir, esta pesquisa propôs cartografar cinco edições dos eventos Brinca, Sorocaba! Neste caminho, as imagens dos eventos e as narrativas das memórias dos encontros foram entrelaçados pelo conceito de devir criança e, pulsaram os acontecimentos/sentidos da narradora personagem que apresentou seu afectos e perceptos através das palavras pulso que transbordaram dos movimentos do fazer das mãos. A bordadura trouxe o tempo de reflexão, e deste fazer manual nasceu o caderno de memórias bordadas. Pelas lentes da menina que roubava crianças, a pesquisadora, narrou, bordou, cartografou os acontecimentos vividos na pesquisa. Perpassou os conceitos de cotidianos, memória, devir criança e educação menor, e, compreendeu que as crianças resistem ao inventar contatos com a natureza, que os adultos resistem quando acessam suas infâncias se e quando se abrem aos encontros, com eles mesmos, com as crianças, com a natureza. E nestes encontros em devir há liberdade, diversidade, alteridade, comunhão e principalmente a possibilidade de outros modos de ser-em-grupo.Threads were loosened, others embroidered, in the slow time of making hands, this research was composed. A time that understood the process, that flowed between, that opened space for events with/in/of the research. The intention was to investigate the gestures of playing as a power in the city's parks. Faced with the multiple reality of the researcher, mother, educator, ecologist, playful questions, echoed, in what different ways does child development manifest itself in play meetings? Without yards or courtyards in schools, what spaces of play, and contact with nature go through children's daily lives? In the context of authors, the concepts of time and space were embroidered, reinforcing the contours of reducing the time of free play and the reduction of natural spaces for children to interact in large cities. The yard was no longer the same and the time to watch the ants walk was light compared to the routine of urban families. In order to highlight the power of the relationship with nature and the possibilities of experience in this encounter with natural spaces, with other children and other children in the process of becoming, this research proposed mapping five editions of the Brinca, Sorocaba! In this way, the images of the events and the narratives of the memories of the meetings were intertwined by the concept of becoming a child and, pulsating the events/meanings of the narrator character who presented his affections and perceptions through the words pulse that overflowed from the movements of making hands. Bordering brought time for reflection, and from this manual making, the notebook of embroidered memories was born. Through the lens of the girl who stole children, the researcher narrated, embroidered, and mapped the events experienced in the research. He went through the concepts of daily life, memory, becoming a child and a smaller education, and understood that children resist by inventing contacts with nature, that adults resist when they access their childhoods if and when they open up to encounters, with themselves, with children, with nature. And in these encounters in becoming, there is freedom, diversity, alterity, communion, and especially the possibility of other ways of being-ingroup.Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 BrazilCriançasBrincadeirasEspaços públicosInfânciaEspaçoTempoEducação – FilosofiaEspaçostempos de brincar: uma bordadura com memóriasDissertaçãoCIÊNCIAS SOCIAIS::Ciências Sociais::Educação