Fiol, Fernando de Sá DelVieira, Nathália Aparecida GattoVieira, Nathália Aparecida Gatto2023-05-092023-05-092013https://repositorio.uniso.br/handle/uniso/594Infecções respiratórias agudas (IRAs) são responsáveis pela maioria das prescrições de antibióticos para crianças, causam grande número de atendimentos médicos, alto consumo de medicamentos e elevado atendimento no SUS. Como a maioria das IRAs são causadas por vírus, as prescrições de antibióticos mostram-se ineficazes. A pressão dos pais em receber o medicamento, a falta de conhecimento sobre resistência bacteriana e a dificuldade em diagnosticar a doença são alguns dos fatores responsáveis pelo uso inadequado desses medicamentos. O aumento do número de IRAs pode estar relacionado com a deficiência de algumas vitaminas, como A e D, presença em creches ou escolas e baixo nível de informações por parte dos responsáveis pelas crianças. Um fator importante no tratamento com antibióticos é a adesão ao tratamento pelos pais ou responsáveis por crianças que pode estar relacionada com a idade, sexo, escolaridade e nível socioeconômico. O objetivo desse estudo foi avaliar os fatores associados à adesão ao tratamento com antibióticos por pais ou responsáveis de crianças portadoras de IRAs, o perfil demográfico e socioeconômico desses pais ou responsáveis, o perfil médico e social da criança e descrever a terapêutica antimicrobiana empregada. Foi realizada uma entrevista a partir de um questionário estruturado com questões abertas e fechadas com 404 responsáveis por crianças de 0 a 11 anos de idade atendidas na Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. Cid de Melo Almada na cidade de Itapetininga-SP. Os responsáveis pelas crianças apresentaram baixo perfil socioeconômico (classe econômica C2) (37,87%), idade média de 29 anos, não trabalhavam fora de casa e que possuem pouco conhecimento sobre o conceito de resistência bacteriana (14,6%). Em relação às crianças, as idades que apresentaram maior número de IRAs foram entre 1 a 2 anos de idade. Fatores relacionados com o aumento anual de IRAs foram: crianças que não utilizaram vitaminas A + D, que não foram amamentadas até os 6 meses de idade e que frequentavam creches ou escolas. 54,45% dos responsáveis foram aderentes ao tratamento com antibióticos e os perfis dos aderentes foram: crianças que não fizeram uso prévio de antibióticos, responsáveis maiores de 30 anos de idade e responsáveis que tinham conhecimento sobre resistência bacteriana. O medicamento mais prescrito foi amoxicilina com 75,25%. 70,79% das doses prescritas estavam adequadas. Em relação às doses inadequadas, 84,62% de amoxicilina estavam abaixo da dose diária recomendada e 96% de azitromicina estavam acima da dose diária recomendada. Níveis adequados de informações, bem como o uso de protocolos de tratamento são alguns dos fatores que podem contribuir positivamente para o sucesso no tratamento com antibióticos, uso adequado quando necessário e diminuição da resistência bacteriana.Acute respiratory infections are responsible for most antibiotic prescriptions for children, it causes many medical appointments, consumption of medicine and demands for SUS services. The most of acute respiratory infections are caused by virus and the prescriptions with antibiotics are ineffective. The parental pressure to receive the medicine, the lack of knowledge about bacterial resistance and the difficult to diagnose the disease are some responsible factors by the wide use of this medicine. The increasing numbers of acute respiratory infections are associated with some vitamins deficiency such as A plus D, the children’s daycare attendance, and low level of awareness by the parents. An important factor of the treatment with antibiotics is the adherence, that is related with the age, gender, schooling and socioeconomic status. Because of this, the aim of this study was evaluate the factors associated with adherence to treatment with antibiotic by parents of children with acute respiratory infections, to know the profile medical and social of these children and to describe the treatment used. An interview was conducted from a structured survey through open and closed questions with 404 parents of children within 0-11 years old that were attended at the UBS (Unidades Básica de Saúde) in ItapetiningaSP. The parents profiles were: low socioeconomic status (C2 – 37,87%), average age of 29 years old who don’t work out, and have low knowledge about bacterial resistance (14.6%). Regarding the children, the age with more acute respiratory infections were between with 1 – 2 years old. Factors related to the annual increasing of acute respiratory infections were: children that didn’t use vitamin A plus D, that weren’t breastfed until 6 months old and that were in daycare. 54.45% of parents were adherent to the treatment and their profile were: parents with more than 30 years old didn’t use antibiotics in their children and knew about bacterial resistance. The treatment used was measured and the medicine more used was amoxicillin (75.25%). 70.79% of the prescribed doses were suitable. Regarding inadequate doses, 84.62% amoxicillin were below the recommended daily dose and 96% of azithromycin were above the recommended daily dose. Suitable levels of information as well as the use of guidelines are some factors that may contribute to successful treatment with antibiotic, appropriate use when needed and resistance bacterial decrease.AntibióticosInfecções respiratórias em crianças - TratamentoMedicamentos - UtilizaçãoPediatriaInfecções respiratórias agudas em crianças: perfil, adesão e tratamentoDissertação