Barberato Filho, SilvioFranquez, Reginaldo TavaresFranquez, Reginaldo Tavares2024-07-312024-07-312017https://repositorio.uniso.br/handle/uniso/1569A prescrição de medicamentos por profissionais não médicos foi realizada pela primeira vez no Reino Unido em 1986, onde hoje, enfermeiros, farmacêuticos e outros profissionais da saúde podem prescrever medicamentos dentro de suas esferas de competência. Desde então, a prescrição por enfermeiros e farmacêuticos tem evoluído de forma variada, em diferentes países. Embora os pacientes sejam receptivos à prescrição por profissionais não médicos, ainda há escassez de evidências em relação aos resultados clínicos. Nesse contexto, o objetivo desse estudo foi sumarizar as evidências sobre a prescrição de medicamentos por enfermeiros e farmacêuticos. Tratase de um overview de revisões sistemáticas. A busca e a seleção de revisões sistemáticas sobre a prescrição de medicamentos por enfermeiros e farmacêuticos exploraram as bases de dados MEDLINE, via PubMed, Biblioteca Cochrane, CINAHL, Web of Science e OpenGrey, combinando os descritores nurses, pharmacists, prescriptions e seus sinônimos remissivos, até Maio de 2016. Foram incluídas no estudo revisões sistemáticas que abordaram a prescrição de medicamentos por enfermeiros ou farmacêuticos em qualquer nível de atenção, sem restrição quanto ao desenho dos estudos primários, data de publicação ou idioma. Para avaliação da qualidade metodológica das revisões sistemáticas selecionadas foi utilizado o instrumento Assessing the Methodological Quality of Systematic Reviews (AMSTAR). Os principais achados foram agrupados em categorias temáticas, definidas com base em análise de conteúdo, e discutidas qualitativamente na forma de síntese narrativa. Nove revisões sistemáticas foram incluídas no estudo. Os artigos selecionados foram publicados entre 2002 e 2016 e o número de estudos primários incluídos nas revisões sistemáticas variou entre 7 e 124. Seis revisões sistemáticas abordaram exclusivamente a prescrição de medicamentos por enfermeiros; uma abordou a prescrição de medicamentos por enfermeiros e farmacêuticos; e duas abordaram profissionais não médicos. Foram identificados estudos avaliando os efeitos da prescrição por enfermeiros; comparando a prescrição por enfermeiros ou médicos na atenção primária; comparando os cuidados iniciais fornecidos por enfermeiros e médicos; avaliando a prescrição de antimicrobianos por enfermeiros prescritores independentes; avaliando as interações entre clínicos não médicos (incluindo farmacêuticos e enfermeiros) e a indústria; revisando métodos educacionais capazes de melhorar a prescrição tanto de profissionais médicos quanto não médicos. Na avaliação da qualidade metodológica segundo os critérios do AMSTAR predominaram revisões sistemáticas de qualidade baixa ou moderada. Os principais desfechos avaliados foram agrupados em seis categorias temáticas: categorias profissionais e nível de atenção; tempo de consulta e qualidade do atendimento; aceitabilidade e nível de satisfação dos pacientes; acesso a medicamentos e serviços; aspectos econômicos e barreiras à implantação. As revisões sistemáticas incluídas nesse overview apontaram benefícios potenciais da prescrição de medicamentos por enfermeiros e farmacêuticos. No entanto, deficiências metodológicas dos estudos não permitiram conclusões definitivas sobre o tema. Além disso, foram identificadas lacunas na base de conhecimentos que resultaram na indicação de temas relevantes para pesquisas futuras, a serem conduzidas com maior rigor metodológico.Prescription of medicines by non-physician professionals was first performed in the United Kingdom in 1986, where nurses, pharmacists and other health professionals can prescribe medicines within their sphere of competence. The prescription by nurses and pharmacists has improved in a varied way, in different countries. Although patients are receptive to prescriptions by non-medical professionals, there is still a lack of evidence regarding clinical outcomes. The objective of this study was to summarize the evidence for prescription medications by nurses and pharmacists. We conducted an overview of systematic reviews. The search and selection of systematic reviews on prescription drugs by nurses and pharmacists explored the MEDLINE databases, by Pubmed, Cochrane Library, CINAHL, Web of Science and OpenGrey, combining the MeSH terms nurses, pharmacists, prescriptions, drug prescriptions and nonprescription drugs, by May 2016. The study included systematic reviews that contemplate the prescription of drugs by nurses or pharmacists at any level of care, without restriction regarding the design of primary studies, date of publication or language. The Assessing the Methodological Quality of Systematic Reviews (AMSTAR) was used to evaluate the methodological quality of the selected systematic reviews. The main findings were grouped into thematic categories, defined based on content analysis, and discussed qualitatively in the form of narrative synthesis. Nine systematic reviews were included in the study. The selected articles were published between 2002 and 2016 and the number of primary studies included in the systematic reviews varied from 7 to 124. Six systematic reviews contemplated exclusively the prescription of medicines by nurses; one contemplated nurses and pharmacists; and two contemplated non-medical professionals. Studies evaluating the effects of prescriptions by nurses were identified; comparing prescription by nurses or physicians in primary care; comparing the initial care provided by nurses and physicians; evaluating the prescription of antimicrobials by independent nurse prescription; evaluating interactions between non-physician clinicians (including pharmacists and nurses) and industry; reviewing educational methods capable of improving the prescription of both physician and non-physician professionals. In the evaluation of methodological quality according to AMSTAR criteria, systematic reviews of low or moderate quality predominated. The main outcomes evaluated were grouped into six thematic categories: professional categories and level of care; consultation time and quality of care; acceptability and patient satisfaction; access to medicines and services; economic aspects and barriers to deployment. The systematic reviews included in this overview pointed to benefits of prescription drugs by nurses and pharmacists. Nevertheless, methodological deficiencies of the studies did not allow definitive conclusions on the subject. In addition, gaps in the knowledge base were identified that resulted in the indication of relevant topics for future researches, to be conducted with greater methodological rigor.Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 BrazilMedicamentos - UtilizaçãoMedicamentos - PrescriçãoEnfermeirosFarmacêuticosServiços de saúdePrescrição de medicamentos por enfermeiros e farmacêuticos: overview de revisões sistemáticasDissertaçãoFARMÁCIA