José Luís SanfeliceMassari, MaurícioMassari, Maurício2023-05-092023-05-092004https://repositorio.uniso.br/handle/uniso/197A Educação Física pode contribuir para a reprodução de uma sociedade de classes desiguais? Se a resposta for positiva, pode ainda ela atuar de maneira democrática e assim gerar contribuição contrária a essa reprodução? Se pode, como ela pretende fazer isso? Na possibilidade de descobrir algo que sempre quisermos saber ou entender foi que partimos para esse texto na tentativa de responder as questões aqui formuladas, ou seja, qual a relação entre a Educação Física e as questões culturais, sociais e históricas? Para tanto, nos apoiamos no materialismo histórico dialético por entender que de maneira singular ele contribui para as discussões acerca do projeto de educação brasileiro. Como alicerce teórico para tal tarefa, abordamos introdutoriamente as questões da concepção de homem e seu papel na teoria da cultura nas sociedades capitalistas. As diversas visões históricas e filosóficas de corpo, um retrospecto histórico da cultura e do corpo no Brasil permeiam também o pano de fundo que nos dará o embasamento para posteriores respostas. A Educação Física no Brasil e as influências por ela sofrida no decorrer de seu desenvolvimento reforçam o caráter reprodutor e alienante dessa disciplina escolar que faz com que ela contribua para a manutenção da sociedade capitalista cindida e desigual. A Educação Física pode deixar de colaborar na medida em que desocultarmos ou quebrarmos paradigmas/modelos históricos existentes no seio dessa disciplina escolar. Dando tratamento pedagógico as questões da cultura corporal, mostrando na historicidade desses temas a constante transformação que a sociedade está submetida (fruto da ação humana), a Educação Física teria um desenvolvimento mais humano, o corpo passaria a ser entendido como concreto, histórico, criador e transformador de realidades. Com esse tratamento pedagógico histórico cultural a criança/humano/corpo se percebe dentro de seu inacabamento e parte integrante de uma sociedade em construção e que, portanto, subscreve-se construtor de cultura e com poder transformador de realidade cultural no seu trato com a natureza. Será este um sonho? Podemos alimentar essa utopia? O sonho alimentaria a luta?Can Physical Education contribute for the reproduction of a society of unequal classes? If the answer is affirmative, can it also act in a democratic way and contribute for the opposite of that reproduction? If that is possible, how can it be done? The possibility of finding out something we have always wanted to know or understand that this text attempts to answer those questions, exactly, what is the relationship between Physical Education and cultural, social and history questions? For that, we are supported by the dialetic historical materialism to understand that in its singular way it contributes for discussions about brazilian educational project. The Physical Education in Brazil and its influences during its development reinforces the characteristic of reproduction of this school's subject, that makes a contrubution for the maintenance of an unequal and capitalist society. It could be different if we stopped to hide and break the historical barriers that stands into this subject. Giving an educacional treatment to questions about body's culture, showing the constant transformation in which the society has been, the Physical Education would have a development more human, the body would be understood as concrect, historic, creator and changer of the realities. Based on that educacional, historical and cultural treatment the child/human being/body perceives inside its unfinished and part of a society that has been built and, however, it is the constructor of the culture with power to change the cultural reality in its treatment with the nature. Would that be a dream? Can we feed this utopia? Would the dream feed the figth?Educação físicaCultura corporalCultura e educacaoEducação física escolar e a cultura do corpo em sociedades capitalistasDissertação