Pompeu, BrunoAniello, Fernanda Beatriz Wahl da SilvaAniello, Fernanda Beatriz Wahl da Silva2023-05-092023-05-092022https://repositorio.uniso.br/handle/uniso/1060Reconhecida como uma das principais mediadoras sociais da contemporaneidade, a publicidade se revela, assim, potente instrumento de atribuição e construção de sentidos na cultura atual. Partindo desse entendimento e procurando compreender como se deram os processos sígnicos de representação ligados à publicidade no contexto da pandemia da COVID-19, esta pesquisa propõe um questionamento acerca de como a casa – ambiente a que a maior parte da população brasileira se viu limitada nos primeiros meses de 2020 – foi representada pela propaganda brasileira. Que novos sentidos lhe foram atribuídos? Que antigos significados foram reforçados? Quais signos foram manejados para essas construções de sentido? Em termos teóricos, a pesquisa se sustenta no entrelaçamento da antropologia, que busca compreender os significados do morar e do habitar pela perspectiva da cultura; com a semiótica, útil para nos evidenciar a natureza de linguagem que a publicidade tem; e ainda com contribuições teóricas propriamente da comunicação e da propaganda. Para se chegar aos resultados, foram levantados dados históricos e estatísticos sobre o habitar no contexto da pandemia; foi feita uma reflexão a respeito dos impactos da pandemia no comportamento do consumidor; e, por fim, foi realizada a análise do corpus, composto por anúncios publicitários veiculados durante a pandemia, de marcas de abrangência nacional e de diferentes categorias de produtos. Conclui-se, em primeiro lugar, que, mesmo no contexto extraordinário da pandemia da COVID-19, a publicidade manteve seu caráter expressivo, representativo e construtor de valores sociais. De maneira mais específica, notam-se sentidos predominantemente positivos associados ao ambiente doméstico, como segurança, aconchego, família, diversão, apoio e esperança.Recognized as one of the main social mediators of contemporary times, advertising thus proves to be a powerful instrument for attributing and structuring meanings in today's culture. Based on this understanding and seeking to comprehend how the processes of representation linked to advertising took place using the context of the COVID19 pandemic as backdrop, this research proposes an inquisition about how the common daily house hold - an environment to which most of the Brazilian population was limited to, during the first months of 2020 – was represented and impacted by Brazilian advertising. What new meanings have been given? What old meanings were reinforced? Which signs were handled for these constructions of meaning? In theoretical terms, the research is based on the intertwining of anthropology, which seeks to understand the meanings of living and inhabiting from the perspective of culture; with semiology, thus showing the reader the nature of language within the context of communication, signs and advertising. To arrive at the results, historical and statistical data were collected on living in the context of the pandemic; a reflection was made on the impacts of the pandemic on consumer behavior; and, finally, the analysis of the corpus was carried out, consisting of advertisements aired during the pandemic, national brands and different product categories. It is concluded, first of all, that, even in the extraordinary context of the COVID19 pandemic, advertising maintained its expressive, representative and social and value building character. More specifically, there are predominantly positive meanings associated with the home environment, such as security, warmth, family, fun, support and hope.PropagandaAnúncios em televisãoPandemia COVID-19, 2020-Habitação - BrasilRepresentações da casa do brasileiro na propaganda em tempos de pandemiaDissertação