Romaguera, Alda Regina TogniniRiyis, Mauro TanakaRiyis, Mauro Tanaka2023-05-092023-05-092021https://repositorio.uniso.br/handle/uniso/1002Imagine não ter que perguntar mais: “mas isso aí é música?” Se esta pergunta não existir mais, não teremos de dar explicações para as nossas experimentações com os sons, nem as crianças. Estas poderão criar novos mundos a partir das suas criações e das suas gambiarras nos pátios das escolas e nos quintais das suas casas. Nós adultos, não teremos mais de conviver com a sensação de que apenas podemos realizar o que fomos “programados” para fazer; podemos nos transformar/transmutar em nossos ancestrais, no povo indígena e prestar atenção aos elementos da natureza e experimentá-los em nossas receitas de práticas da liberdade. Para quebrar a feitiçaria que nos atinge e nos pré-programa, temos que lançar mão de contra-feitiços, nos rebelar e desobedecer ao que a colonialidade nos impõe sobre o que ouvir, como ouvir, o que pensar desde a invenção do processo civilizatório. Narro nesta pesquisa, os caminhos que trilhei nos últimos anos em que me abri para a experimentação dos sons com o próprio corpo, a criação de instrumentos musicais alternativos e as sonoridades possíveis das coisas ordinárias, que foram sendo criadas ao adentrar nos caminhos da arte sonora, criando a partir do acaso e da aleatoriedade e da indeterminação nos cotidianos escolares. Como todo trabalho acadêmico realizado neste momento que cruza o ano de 2020, temos duas fases: Uma fase antes da pandemia do coronavírus, e a fase de lidar com os lutos e os caminhos gerados para sobrevivência e persistência como alternativas para manter a arte-vida nos cotidianos (escolares).Imagine not having to ask more: "but is that music?" If this question no longer exists, we will not have to explain our experiments with sounds, or children. They will be able to create new worlds from their creations and gambiarras in school yards and in the backyards of their homes. We adults will no longer have to live with the feeling that we can only accomplish what we were “programmed” to do; we can transform / transmute our ancestors, the indigenous people and pay attention to the elements of nature and experience them in our recipes for the practices of freedom. To break the sorcery that strikes us and pre-program us, we have to resort to counter-spells, rebel and disobey what coloniality imposes on what to hear, how to hear, what to think since the invention of the civilizing process. In this research, I narrate the paths I have taken in the last few years in which I opened myself up to the experimentation of sounds with my own body, the creation of alternative musical instruments and the possible sounds of ordinary things, which were created when entering the paths of sound art. , creating from chance and randomness and indeterminacy in school routine. Like all academic work carried out at this time that crosses the year 2020, we have two phases: a phase before the coronavirus pandemic, and the phase of dealing with the grief and the paths generated for survival and persistence as alternatives to maintain art-life in everyday life (school).Música - Instrução e estudo - Infanto-juvenilInstrumentos musicaisMúsica na educaçãoAmbiente escolarPrática de ensinoInventar mundos: acaso e possibilidades no encontro entre arte sonora e educaçãoDissertação