Repositório Institucional da UNISO
 

O Repositório Institucional da Uniso tem como objetivo principal armazenar, preservar e disseminar toda a produção científica do seu corpo docente, discente e técnico-administrativo.

Permite a acessibilidade total e a preservação dos conteúdos produzidos pela Instituição, aumentando a visibilidade perante toda a comunidade científica.

Submissões Recentes

Dissertação
Universidade comunitária no Brasil: a busca por uma identidade
(2009) Lima, Anesio Aparecido
A dissertação está dividida em três capítulos. O primeiro capítulo tratará sobre a trajetória do ensino superior no Brasil. Em todo o tempo, esta trajetória estará envolvida por questões de caracteres político, econômico ou social. Tais questões surgirão no período colonial brasileiro e estender-se-ão até os dias atuais. No segundo capítulo serão apresentados os principais modelos universitários que foram desenvolvidos no Brasil. O embate entre as áreas privada (laica e religiosa) e pública motivarão o Estado a mobilizar-se e intervir no ensino superior brasileiro com o objetivo de implantar suas políticas e alcançar seus interesses. O terceiro capítulo tratará da Universidade Comunitária, sua estrutura jurídica e sua busca por uma identidade. Embora tenha características de instituição pública, a Universidade Comunitária é – do ponto de vista jurídico – tratada como instituição privada. Dessa forma, são apresentadas propostas para melhoria de sua situação jurídica, para que assim a Universidade Comunitária possa, de forma legal, oferecer à sociedade os benefícios que podem ser proporcionados por seus serviços nas áreas educacional e social.
Dissertação
Frequência de eventos adversos nas mulheres com HIV/AIDS em terapia antirretroviral: uma revisão sistemática e metanálise
(2022) Oliveira, Jardel Corrêa de
Antecedentes: A terapia antirretroviral (TARV) é recomendada para todas as pessoas com HIV/Aids e como qualquer tratamento de uso crônico, apresenta efeitos adversos. Pouco se sabe sobre esses efeitos em mulheres vivendo com HIV/AIDS. Objetivo: Determinar a incidência de eventos adversos em mulheres com HIV/AIDS em terapia antirretroviral. Métodos: Revisão sistemática que incluiu ensaios clínicos controlados e randomizados que avaliaram eventos adversos em mulheres em uso de qualquer TARV, com pelo menos 12 semana de seguimento. Desfechos foram o número de mulheres com eventos adversos clínicos e/ou laboratoriais relacionado ou não a TARV, descontinuação do tratamento, eventos adversos graves (grau 3 e/ou 4) e sérios, eventos adversos sobre o aparelho reprodutor feminino e a saúde óssea e o número de morte por todas as causas e relacionadas à TARV. Foram excluídos estudos de profilaxia pré e pós-exposição ao HIV, de mulheres grávidas ou amamentando, de coinfecção com tuberculose, hepatite B ou C, análises post hoc, extensões abertas sem comparador, e com TARV ou doses não utilizadas na prática clínica. Não houve limitação ao status de publicação, período de condução do estudo e idioma. A busca se deu no Medline, Embase, Cochrane Library, Epistemonikos, Lilacs, Who Index e em portais de registros de ensaios clínicos. A equipe selecionou, em pares e de forma independente, todas as citações, resumos e artigos de texto completo; conflitos foram resolvidos por consenso ou por um terceiro revisor. Para o risco de viés utilizou-se a ferramenta RoB2 da Cochrane. Estimou-se a taxa de incidência de eventos por 1000 pessoas-ano, ajustada por tempo e perda de seguimento. Resultados: Foram identificados 21.238 estudos para triagem, dos quais 10 (n=4.716 pessoas; 2.871 mulheres) atenderam ao critério de elegibilidade. Sete estudos incluíram apenas mulheres. A maioria (80%) não teve cegamento. Quatro tiveram uma quantidade de perdas de seguimento que poderiam interferir nos seus resultados. Seis eram da indústria farmacêutica e três tiveram financiamento misto. Nove tiveram alto risco de viés. A descontinuação do tratamento por qualquer evento adverso variou entre diferentes esquemas ARV, sendo que a análise combinada de todos as TARV mostrou uma taxa de incidência média de descontinuação do tratamento de 20,78 eventos por 1000 pessoas-ano (ICr 95% 5,58-57,31). A descontinuação por eventos adversos relacionados a TARV de todos os tratamentos agregados ocorreu em uma média de 4,31 por 1000 pessoas-ano (ICr 95% 0,13-54,72). Nenhum dos estudos avaliou eventos adversos no sistema reprodutor feminino. Apenas um estudo analisou a ocorrência de osteoporose. Conclusão: A escassez de informações sobre eventos adversos da TARV especificamente em mulheres, aliado ao alto risco de viés da quase totalidade dos estudos existentes, grande parte deles com participação da indústria farmacêutica, não permite que se estabeleçam conclusões sobre esquemas preferenciais para uso em mulheres com HIV/Aids. Novos estudos são necessários, com desenho metodológico e qualidade científica adequados para avaliar os eventos adversos da TARV em mulheres, de maneira a subsidiar uma abordagem centrada nas pessoas, capaz de manejar oportunamente tais eventos adversos e garantir ao máximo a adesão ao tratamento.
Lopes, Luciane Cruz
Professora
Tese
Desastres naturais e tecnológicos: proposta de um modelo de gestão de riscos e proteção da infraestrutura crítica municipal
(2023) Killian, Mário Sérgio
No Brasil, o acelerado processo de urbanização, o crescimento desestruturado das cidades, a ocupação de áreas impróprias, aliados ao fenômeno das mudanças climáticas em progressão, vem aumentando as situações de perigo e dos níveis de riscos, trazendo desafios de grande complexidade, tais quais os relacionados à proteção da infraestrutura municipal, como as instalações de tratamento de água e de esgoto, hospitais, postos de saúde, escolas, entre outras, que possuem importância estratégica para a manutenção e qualidade de vida das pessoas. A inexistência ou ineficiência de mecanismos de prevenção e de alerta, a falta de conhecimento e de divulgação de informações e percepção dos riscos, a capacitação deficiente de atores para uma resposta imediata, a incapacidade do poder público em gerir aspectos de governança em planejamento territorial, instalações de infraestruturas e sistemas municipais com manutenção e capacidade deficientes, combinados com a variabilidade e incertezas em estimativas de riscos produzem cenários preocupantes. A instituição da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil – PNPDEC, em 2012, passou a exigir dos municípios ações de gestão de riscos que transcendem sua capacidade técnica e seus limites territoriais, suscitando revisão de suas políticas públicas. Em busca de contribuir com a melhoria deste cenário, o presente estudo desenvolve um conjunto de propostas para a gestão de riscos e proteção da infraestrutura crítica municipal, onde se vislumbra um aumento na objetividade das ações de proteção, cujas técnicas e procedimentos atuais, genéricas, não se aprofundam nessa questão. O trabalho identificou que a maior parte dos estabelecimentos municipais, não possui planos para situações de ocorrência de eventos naturais perigosos e desastres. As propostas apresentadas recomendam que os gestores públicos identifiquem e estabeleçam prioridades na prevenção e mitigação de riscos para o desenvolvimento de estratégias de proteção, aumento da resiliência e manutenção da sua infraestrutura crítica, servindo de um modelo que poderá contribuir para melhoria das ações dos municípios no cumprimento das políticas e diretrizes de sua competência.