Navegando por Assunto "Curativos"
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- DissertaçãoAvaliação do uso de membranas de nanocelulose bacteriana com e sem nisina como tratamento complementar em feridas cirúrgicas de dermorrafia em bovinos(2021) Custódio, Fábio André FerreiraA atividade pecuária é uma importante mantenedora da balança comercial superavitária brasileira e as condições de manejo dos animais têm grande influência. A descorna cirúrgica é um procedimento que, apesar de invasivo, pode ser necessário para diminuição da frequência de lesões em úberes, olhos e região dos flancos, além de promover maior segurança aos manejadores. Os tratamentos pós-cirúrgicos das feridas geralmente incluem aplicação tópica de cicatrizantes, antimicrobianos e repelentes. Uma alternativa biotecnológica é a utilização de curativos a partir de biomateriais, dentre eles a nanocelulose bacteriana (NCB), que é biodegradável, atóxica, não alergênica e biocompatível. A associação de substânciasà NCB, como a nisina, tem sido explorada na produção de biocomplexos ativos. Diante disso, objetivou-se avaliar a eficiência de dois novos tratamentos complementares (membranas de NCB e membranas de NCB+nisina) na cicatrização de feridas de descorna cirúrgica em bovinos. Para isso foram realizados dois experimentos de descorna cirúrgica. No primeiro, 12 animais foram utilizados; uma das feridas foi submetida à antissepsia com solução de polivinilpirrolidona iodada (PVPI) tópica seguida de repelente larvicida, chamado de tratamento controle, e a outra ferida recebeu, além do tratamento controle, a aplicação de membrana de NCB. Para o segundo experimento, n=12, uma das feridas recebeu tratamento controle e membrana de NCB enquanto a outra foi submetida ao tratamento controle e aplicação de membrana de NCB+nisina. Em ambos os experimentos as feridas foram avaliadas macroscopicamente por imagens fotográficas para análise de processo inflamatório e cicatricial, nos dias 2, 6, 10 e 14 após as cirurgias, e microscopicamente, com a realização de biópsias nos dias 3, 7, 14 e 21 pós procedimento. As avaliações macroscópicas evidenciaram diferenças estatísticas significantes somente nas comparações dentro dos grupos para os dois experimentos, enquanto as análises microscópicas não revelaram diferenças estatisticamente significativas em quaisquer tipos de comparação. Assim, conclui-se que quando as feridas cirúrgicas de cada grupo são controles delas mesmas, as feridas com membrana cicatrizaram mais rapidamente. Entretanto, a cicatrização microscópica, mesmo após 21 dias, não acompanhou os resultados observados macroscopicamente.
- DissertaçãoEstudo comparativo de eficácia e custo de curativos a base de prata em queimaduras tratadas ambulatorialmente(2013) Moreira, Silvia SilvaCONTEXTO: As evidências científicas ainda são insuficientes para determinar se os tipos de curativos contendo prata, utilizados no tratamento de queimaduras de segundo grau diferem entre si quanto ao tempo para completar a epitelização das feridas, a proporção de lesões epitelizadas e a melhora dos sintomas associados. Análises sobre custos destes curativos em pacientes queimados tratados ambulatorialmente, considerando o serviço prestado pelo Sistema Único de Saúde, também não estão disponíveis na literatura. OBJETIVOS: Analisar a eficácia, segurança e custos dos curativos de prata nanocristalina e sulfadiazina de prata a 1% no tratamento ambulatorial de pacientes com queimaduras superficiais. DESENHO DO ESTUDO: Ensaio clínico, controlado, randomizado, cego, em paralelo, realizado em único centro, comparando dois tipos de curativos a base de prata em pacientes queimados, tratados em regime ambulatorial. MÉTODO: Pacientes adultos entre 18 e 65 anos, com queimaduras de segundo grau, tratados em regime ambulatorial, foram randomizados (1:1) em dois grupos: sulfadiazina de prata a 1% e curativo a base de prata nanocristalina. Os desfechos primários compreenderam o tempo para completar a epitelização da ferida e a proporção de lesões epitelizadas por completo em 15 dias. Os desfechos secundários incluíram o número de trocas de curativos, o nível de dor associado à sua aplicação, custos totais diretos médicos, necessidade de cirurgia, incidência de infecção e presença de reações adversas locais. RESULTADOS: Foram randomizados 52 pacientes, 25 para o grupo sulfadiazina a 1% e 27 para o grupo prata nanocristalina. Não houve diferença estatisticamente significante em relação à epitelização em quinze dias nem na análise por intenção de tratar (DM = -11,96 IC 95% -33,8- 9,9 p = 0,27), nem na análise por protocolo (DM = -0.28 IC 95% -7,71 – 7,14 p = 0,93). O número médio de trocas de curativos de sulfadiazina de prata a 1% na análise por intenção de tratar (8,56 ± 6,3) foi significativamente superior aos de prata nanocristalina (3,25 ± 1,9) (DM = 5,30 IC 95% 2,61 – 7,98 p = 0,0004) e na análise por protocolo as trocas no grupo sulfadiazina de prata a 1% (10,81 ± 5,0) também superiores ao grupo prata nanocristalina (3,57 ± 1,7) (DM = 7,23 IC 95% 4,41 – 10,05 p < 0,001). O nível médio de dor nos pacientes tratado com sulfadiazina de prata a 1% não foi diferentemente significativo aos tratados com prata nanocristalina na análise por intenção de tratar (DM = -0,16 IC 95% -2,54 - 0,26 p = 0,09) nem na análise por protocolo (DM = -0,86 IC 95% -1,87 - 0,14 p = 0,09). O custo total médio do curativo nos tratamentos considerados eficazes, não diferem entre as intervenções (DM = - 292,41 IC 95% - 722,57 – 137,76 p = 0,15). A necessidade de cirurgia foi semelhante nos dois grupos (2 pacientes em cada intervenção). Não foram observadas reações adversas locais e presença de infecções em nenhuma das intervenções. CONCLUSÃO: O presente estudo não identificou diferenças significativas quanto à eficácia e custo das duas intervenções.