Navegando por Assunto "Medicamentos - Formas de dosagem"
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- DissertaçãoDesenvolvimento e avaliação de hidrogéis termorresponsivos para administração vaginal e veiculação de curcumina(2016) Alves, Thais Francine RibeiroINTRODUÇÃO: A retenção vaginal, o tempo de liberação e ausência de irritação local são os principais desafios para o desenvolvimento de formas farmacêuticas para administração local. Sistemas termorresponsivos com propriedades físiomecânicas adequadas e preparados com materiais biocompatíveis podem ser útil para aumentar o tempo de retenção, controlar a liberação do fármaco, diminuir a irritação local e melhorar a adesão ao tratamento. A curcumina (CUR) é um composto fitoquímico reconhecida pela baixa toxicidade intrínseca e ampla variedade de efeitos terapêuticos. METODOLOGIA: Para veiculação na forma de hidrogel termorresponsivo, a baixa solubilidade da CUR em água foi resolvida pela preparação de dispersões sólidas (DS) com carreadores hidrossolúveis, tais como poloxamer 407 (P407) e hidroxipropilmetilcelulose K4M (HPMC K4M), utilizando tecnologia de coprecipitação e fusão. As DS foram caracterizadas por equilíbrio de solubilidade (ES), estabilidade da CUR em meio aquoso, cinética de degradação, calorimetria exploratória diferencial (DSC), espectroscopia de infravermelho (FTIR), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e difração de raios X (DR-X). Os hidrogéis termorresponsivo foram preparados utilizando mistura dos polímeros P407, HPMC K4M e quitosana (Qt) em tampão citrato- fosfato pH 4,5 à 4°C. As DS, misturas físicas (MF) e CUR livre foram dispersas nos hidrogéis com massa equivalente a 400 µg. mL-1 de CUR. A avaliação dos hidrogéis termorresponsivos contendo DS-CUR foram comparadas com as mesmas formulações contendo mistura física (MF-CUR) e CUR livre. As propriedades físico-químicas foram avaliadas e comparadas para potencial hidrogeniônico (pH), viscosidade na temperatura de transição sol-gel, taxa de erosão, propriedades mecânicas (dureza, compressibilidade, adesividade, coesividade e mucoadesão), comportamento reológico e perfil de liberação da CUR. RESULTADO: O ES mostrou melhor resultado para DSf (1:2) com HPMC K4M e para DSc com P407 (1:2), respectivamente, 680 e 755 vezes maior quando comparado a CUR livre. As DS de CUR com P407 e HPMC K4M aumentaram a estabilidade da CUR prevenindo a degradação química tanto em pH 4,5 como em pH 7,0. A cinética de degradação da CUR foi de ordem zero para todas formulações, exceto para DSf CUR:HPMC K4M 1:2 e CUR livre em pH 7,0 (cinética de primeira ordem). As curvas de DSC e DR-X mostraram mudança no estado cristalino da CUR na presença de P407. A morfologia das DS observadas por MEV sugere alteração no cristalino da CUR. As curvas obtidas por FTIR mostraram que os estiramentos dos grupamentos químicos da CUR permaneceram inalterados tanto na mistura física (MF) como na DS. Para as formulações de hidrogéis termorresponsivos, os melhores resultados foram obtidos para os hidrogéis (formulação M20) formulados com a dispersão sólida (DSCUR) obtida por coprecipitação com P407 (1:2 m/m). Os resultados para pH, viscosidade e taxa de erosão foram respectivamente 4,05±0,01, 8100 cP, 51,3%. Os resultados para as propriedades mecânicas de dureza, compressibilidade, adesividade, coesividade e mucoadesão (força máxima para separação) foram respectivamente 24,1±0,45 g, 286,21±10,64 g.s-1 , 30,±1,22 g.s-1, 20,81±1,65 g e 8,53±0,41 g. O comportamento reológico das formulações (P20 CUR, P20 MF, P20 DS, M20 DS) apresentaram perfil pseudoplástico e característica tixotrópica. O perfil de dissolução da CUR na formulação M20 DS mostrou liberação controlada (52%), enquanto a M20 liberou praticamente toda CUR da formulação (94,17%) ao final de 180 min.. As curvas de DSC mostraram que houve a permanência da CUR no estado amorfo quando incorporado ao hidrogel termorresponsivo na forma de DS. Os espectros obtidos por FTIR mostraram que os estiramentos dos grupamentos químicos da CUR permaneceram quimicamente estáveis nos hidrogéis termorresponsivos. A temperatura crítica de micelização permitiu avaliar a influência da CUR na temperatura de micelização e temperatura de gelificação, onde o deslocamento da faixa de temperatura está relacionado à viscosidade da formulação. A atividade antioxidante da CUR nas formulções de hidrogel termorresponsivo M20 DS, P20 DS e P20 CUR, foi acima de 80%. A atividade antimicrobiana da CUR quando nos hidrogéis termorresponsivos mostrou ser mais efetivo quando comparado à concentração inibitória mínima da CUR em meio aquoso. CONCLUSÃO: Dessa forma, as análises dos resultados mostram que a técnica de DS foi eficaze para aumentar a solubilidade e estabilidade da CUR em água, e a sua incorporação nos hidrogéis termorresponsivos (M20 DS) apresentam potencial para administração vaginal e tratamento de mucosite vaginal.
- DissertaçãoDesenvolvimento e avaliação de lipossomas como carreadores de grelina para liberação naso-cerebral(2020) Barros, Cecilia Torqueti deIntrodução: A caquexia é uma síndrome multifatorial caracterizada pela perda contínua de massa muscular esquelética que leva ao comprometimento funcional progressivo. Até o momento, nenhuma intervenção medicamentosa efetiva e aprovada reverte completamente os achados da síndrome caquética. Estudos demonstraram efeitos positivos e encorajadores da grelina (ghrelin – ghrl). No organismo, a ghrl exógena está sujeita a uma degradação muito rápida e as formulações atuais são planejadas para administração parenteral. Como estratégia para superar essas limitações, nosso estudo apresenta a liberação intranasal da ghrl carreada por lipossomas. Objetivos: Desenvolver um sistema lipossomal nanoestruturado para veiculação da ghrl, visando características necessárias para liberação naso-cerebral. Métodos: Os lipossomas foram obtidos pela técnica de hidratação de filmes de fosfolipídios, seguido por extrusão ou homogeneização de alta pressão, e revestidos com quitosana. O tamanho, o potencial elétrico de superfície, a polidispersidade e a eficiência de encapsulação foram parâmetros utilizados para caracterizar os lipossomas. A caracterização morfológica foi realizada por m (CryoTEM). A otimização da formulação foi realizada usando conceitos da abordagem de Qualidade Baseada em Projeto (Quality by Design – QbD). As formulações selecionadas otimizadas foram submetidas a análises ex vivo de permeação e mucoadesão. O tamanho, o índice de polidispersão e a eficiência de encapsulação das formulações otimizadas selecionadas foram estudadas para avaliar a estabilidade durante o período de 60 dias sob refrigeração a 5-8ºC. Resultados: A formulação otimizada de lipossomas carreadores de ghrl e revestido com quitosana foi identificada através de otimização numérica, estabelecendo os critérios alvo de: tamanho (mínimo), índice de polidispersão (IPD) (mínimo), potencial zeta (máximo) e eficiência de encapsulação (EE) (máximo). Os parâmetros selecionados pela otimização foram 70µg/mL de concentração de grelina, 0,3% (m/m) de quitosana e tempo de revestimento de 24 horas. Foram selecionadas a formulação otimizada produzida por homogeneização (Lhomo) e a formulação otimizada produzida por extrusão (Lextru). A formulação Lhomo resultou em lipossomas com 72,25±1,46nm, IPD de 0,300±0,027, potencial zeta de 50,3±1,46 e EE de 53,2%. Enquanto a formulação Lextru resultou em 152,43±0,24nm, IPD de 0,159±0,018, potencial zeta de 60,81±6,61 e EE de 53,6%. As análises dos resultados mostraram que os parâmetros avaliados permaneceram estáveis (p<0,5) durante 60 dias. O revestimento de quitosana melhorou o desempenho das formulações nas análises ex vivo de permeação e mucoadesão, quando comparada às formulações sem revestimento. Apesar da homogeneização de alta pressão resultar em lipossomas menores do que a obtida por extrusão, esse parâmetro não foi significativo nas análises de permeação. Conclusão: Com o método de reidratação do filme fosfolipídico, seguido de pós-processamento, foi possível formar estrutura nanolipossomal, confirmado por cryo-TEM. Com a abordagem QbD foi possível estabelecer os fatores do processo que influenciam nos parâmetros de interesse. Dentre os fatores de formulação que mais influenciaram o tamanho de partícula e a carga de superfície, a concentração de quitosana foi a mais relevante. A concentração de ghrl influência de forma inversa a EE. O revestimento de quitosana foi importante para o desempenho das formulações nas análises ex vivo de permeação e mucoadesão.
- DissertaçãoDesenvolvimento e avaliação de revestimento aplicado à cápsulas de gelatina dura gastro-resistentes em escala magistral(2010) Mendonça, Cristiane Ferreira do Vale eÉ crescente a preocupação do setor magistral em garantir a segurança e a eficácia dos medicamentos. Cápsulas gelatinosas duras são muito utilizadas para a dispensação de medicamentos, cuja produção, se executada sem critérios, pode alterar a biodisponibilidade dos fármacos. Este trabalho visou avaliar a gastro-resistência de formulações magistrais em cápsulas de gelatina dura, produzidas por farmácias na cidade de Sorocaba-SP, bem como propor e avaliar uma ou mais formulações e método de revestimento gastro-resistente, passíveis de serem utilizados magistralmente. Dez farmácias aceitaram participar do estudo. Cápsulas gastro-resistentes, contendo 50 mg diclofenaco de sódio, foram adquiridas e submetidas aos ensaios: uniformidade de peso, uniformidade de conteúdo, desintegração e dissolução. O medicamento de referência utilizado foi o Voltaren® 50 mg, Para a execução do revestimento gastro-resistente, através da técnica proposta de imersão controlada, foram desenvolvidas formulações com os polímeros Kollicoat® MAE 100P e Opadry Enteric®. A avaliação dos filmes obtidos foi através da determinação da densidade aparente, viscosidade e espessura. A análise das amostras coletadas das farmácias demonstrou que todas atenderam às especificações de uniformidade de peso, 20% foram aprovadas nos ensaios de uniformidade de conteúdo, todas foram reprovadas nos ensaios de desintegração, e 40% foram reprovadas nos ensaios de dissolução. A técnica de revestimento proposta mostrou-se adequada em fornecer cápsulas gastro-resistentes. Foram desenvolvidas duas formulações de revestimento: Kollicoat® MAE 100P (K3A3) e Opadry Enteric® (OE4). Ambas foram aprovadas para os ensaios de desintegração e dissolução. Estes resultados comprovaram que é possível a obtenção de cápsulas gastro-resistentes através do processo de Imersão Controlada.
- DissertaçãoDesenvolvimento e caracterização de hidrogel de PVA (álcool polivinílico) e dextrana com sulfadiazina de prata para aplicação tópica(2014) Jodar, Karin dos Santos ProençaIntrodução: Hidrogéis são redes tridimensionais de polímeros hidrofílicos que, em contato com água, intumescem mantendo sua integridade estrutural, podendo ser obtidos pela associação de diversos polímeros e por diferentes técnicas de reticulação. Para tratamento tópico, os hidrogéis são de interesse por apresentarem facilidade de aplicação e remoção e potencial para liberação prolongada de fármacos. Dentre os diversos polímeros utilizados destacam-se o álcool polivinílico (PVA) e as dextranas. Para tratamento de queimaduras e infecções de pele, verifica-se um consenso no uso da sulfadiazina de prata. Objetivos: Neste trabalho de pesquisa, objetivou-se o desenvolvimento de hidrogéis de PVA e dextrana para a veiculação de sulfadiazina de prata a 1% (m/m) em aplicações tópicas. Método: Foram propostos vinte e dois diferentes hidrogéis empregando-se onze formulações, com variações nas concentrações de PVA e dextrana e dois processos de reticulação (química e física). Para as formulações reticuladas quimicamente, empregou-se 0,5% (v/m) de glutaraldeído à 25% (v/v) como agente reticulante. As formulações preparadas por reticulação física (criogelificação) foram submetidas a -4 ˚C por 14 h e, em seguida, a 25˚C por 2 h, por 5 ciclos consecutivos, e os hidrogéis foram secos a 60 ˚C. Os hidrogéis foram selecionados e caracterizados físico-químicamente (através do teor de umidade, teor de prata por fluorescência de raios-X, espectrofotometria de infravermelho com Transformada de Fourier, difração de raios-X e resistência mecânica), avaliados em relação à morfologia (visualmente, por microscopia eletrônica de varredura e por tomografia por transmissão de raios-X) e foi determinada a atividade antimicrobiana dos mesmos (método disco-difusão). Resultados e Discussão: Os hidrogéis preparados pelo método de criogelificação apresentaram dispersão inadequada da sulfadiazina de prata. Os hidrogéis reticulados quimicamente apresentaram-se uniformes, flexíveis e resistentes à manipulação. Os hidrogéis selecionados foram avaliados em relação ao grau de intumescimento, obtendo-se grau máximo (266,00% (m/m) ± 0,81) após 6 h de contato com água. Os teores de sulfadiazina de prata foram obtidos por análise do teor de prata pela técnica de fluorescência de raios-X, observando-se valores entre 1,03 a 1,28% (m/m). A atividade antimicrobiana dos hidrogéis selecionados foi semelhante a do produto comercial empregado. Os espectros de infravermelho assim como a tomografia de transmissão de raios - X indicaram que a sulfadiazina de prata não se ligou quimicamente aos polímeros, o que poderia reduzir sua atividade antimicrobiana. As análises de difração de raios –X indicaram que os hidrogéis possuem característica amorfa. Ao final dos ensaios três hidrogéis foram selecionados (formulações II, III e V), porém considerando o provável custo final da formulação escolheu-se a formulação III como a mais promissora para o uso pretendido. Conclusão: Os hidrogéis desenvolvidos mostraram-se adequados para emprego como curativo em tratamento de feridas infectadas. Evidentemente, outros ensaios deverão ser realizados para comprovar potencial de aplicação comercial dos hidrogéis otimizados.
- DissertaçãoDesenvolvimento e caracterização de hidrogel para liberação de nitrofurazona(2012) Coelho, Sebastião de LimaSistemas de liberação modificada de fármacos têm sido desenvolvidos nos últimos anos com o objetivo de diminuir a frequência de administração, aumentar a tolerância e adesão ao tratamento por parte do paciente. Entre as diversas formas farmacêuticas desenvolvidas, filmes de géis e hidrogéis podem ser considerados sistemas de liberação controlada de fármacos, dependendo do tipo de formulação e aplicação em que são utilizados. O objetivo deste trabalho foi desenvolver e caracterizar um hidrogel de poli álcool vinílico (PVA) reticulado com glutaraldeído e incorporado com nitrofurazona (NTZ), para aplicação tópica. Para verificar a capacidade de liberação do ativo foram determinados o perfil de intumescimento, a liberação de NTZ in vitro por espectrofotometria no UV-Visível e o teste de sensibilidade antimicrobiana por exposição do hidrogel a cepas padrão ATCC de S. aureus, E. coli e P. aeruginosa. O hidrogel foi caracterizado físico-quimicamente por microscopia eletrônica de varredura, espectroscopia no infravermelho, teor de umidade, força bioadesiva e análises térmicas (TGA e DSC). O teste de intumescimento mostrou aumento da massa de 100 ± 5% até 350 ± 11% sem perda de sua forma por até 14 horas de ensaio. A NTZ incorporada apresentou atividade bactericida esperada em relação ao seu perfil de sensibilidade, tendo sido liberada durante a incubação em PBS, pH= 6,00±0,05, em concentração superior à CIM (concentração inibitória mínima) para S. aureus. A microscopia eletrônica indicou morfologia homogênea e o espectro de infravermelho mostrou que a nitrofurazona não se ligou fortemente ao polímero reticulado sendo, provavelmente, apenas carreada por este sistema. As análises térmicas indicaram que houve perda da estabilidade térmica pela incorporação de NTZ ao hidrogel e a avaliação da força bioadesiva mostrou-se adequada ao uso pretendido. O hidrogel apresentou características promissoras para o emprego em lesões de pele particularmente para indivíduos com lesões de pele, particularmente para indivíduos com lesões de difícil tratamento como ferida de membros inferiores em portadores de diabetes melitus.
- TeseDesenvolvimento e caracterização de lipossomas peguilados revestidos com quitosana com potencial para liberação naso-cerebral de anfotericina B(2021) Rios, Alessandra CândidaO tratamento de patologias que acometem o sistema nervoso central (SNC) muitas vezes é limitado devido à proteção deste sistema através da barreira hemato-encefálica. A permeação de nano-carreadores, através da via naso-cerebral tem demonstrado potencial eficácia nesta transposição. Este estudo propôs a liberação naso-cerebral de anfotericina B encapsulada em lipossomas peguilados revestidos com quitosana. Os lipossomas foram avaliados quanto ao encapsulamento do fármaco, tamanho hidrodinâmico, índice de polidispersão, potencial zeta e características de liberação do fármaco ex vivo com membrana nasal suína e in vivo, utilizando ratos Wistar. Por meio de uma abordagem de análise multifatorial para auxiliar no planejamento experimental da formulação, foi obtida uma eficiência de encapsulação de 98,30 ± 0,02% e, após processo de extrusão por membranas, os lipossomas peguilados apresentram tamanho de vesícula de 60,64 ± 0,62 nm, índice de polidispersão de 0,120 ± 0,056 e potencial zeta + 17,88 ± 2,02 mV, após revestimento com quitosana. Adicionalmente, foi desenvolvido e validado um método analítico para quantificação da anfotericina B, também através de planejamento fatorial com análise multivariada dos fatores envolvidos na cromatografia líquida de alta eficiência. Assim, este estudo propôs um lipossoma peguilado revestido com quitosana com potencial para o direcionamento da anfotericina B diretamente ao cérebro através da via naso-cerebral. Esta pesquisa foi importante como ponto de partida e para abrir novas perspectivas para o desenvolvimento de sistemas de liberação naso-cerebral que promovam a absorção do fármaco de forma efetiva, criando alternativas para o tratamento de patologias que acometem o SNC.