Do baianinho ao CB: um estudo sobre a transformação da mascote das Casas Bahia
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Resumo / Abstract
A pesquisa tem como tema a humanização das marcas e suas transformações enquanto valores simbólicos, especialmente por meio da presença de mascotes nas redes sociais. Com o crescimento da digitalização na comunicação e o destaque dado ao consumo, tem ocorrido influência na forma como as marcas se comunicam com seus consumidores. Neste estudo, analisei a evolução das mascotes de marca, que deixaram de ser coadjuvantes na publicidade tradicional para se tornarem figuras interativas e participativas na internet, ganhando vida por meio de movimentos e vozes. A pesquisa se orienta pela seguinte pergunta: “De que maneira a crescente digitalização das formas de comunicação e a predominância da lógica do consumo têm impactado a comunicação das marcas, especialmente no que se refere às suas representações antropomórficas?”. O objetivo geral deste estudo é refletir sobre as transformações pelas quais a publicidade vem passando, com o advento das mídias digitais, a partir da figura dos assistentes virtuais de marcas. Além disso, defini os seguintes objetivos específicos: 1) Compreender o contexto sociocultural no qual ocorreram as principais transformações na publicidade e no consumo a partir da segunda metade do século XX, destacando sua relação com a comunicação; 2) Analisar a evolução dos personagens de marca, desde mascotes estáticos até mascotes humanizados; 3) Realizar uma análise crítica, utilizando uma abordagem teórico-empírica, do advento do CB, mascote das Casas Bahia, no meio digital. Para alcançar esses objetivos, realizei uma revisão teórico-empírica, abrangendo obras de autores como Manuel Castells, Henry Jenkins, Gilles Lipovetsky, Zygmunt Bauman, Jean Baudrillard, Guy Debord, Pierre Lévy, Lucia Santaella e Clotilde Perez. Entre os resultados obtidos, destaco o paralelo entre o avanço da publicidade e da internet. Observo como as mídias sociais muitas vezes distorcem a realidade de uma sociedade dominada pela revolução informacional, refletindo uma forma de comunicação pós-massiva. Isso também está relacionado ao surgimento de um novo tipo de consumidor, que valoriza mais os aspectos simbólicos do que a finalidade do produto. É fundamental analisar criticamente o papel das mascotes digitais na publicidade. A aparente transformação da mascote das Casas Bahia reflete a identidade desse novo consumidor, que se identifica com um estilo visual neutro, não regional e altamente simbólico e visual. Isso é um reflexo de um novo público, que participa de uma economia diferente e está cada vez mais presente no mercado digital.