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Exposição Coexistence: o potencial comunicativo das imagens na constituição do tema da tolerância entre os povos

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Data

2009

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Dissertação

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Resumo / Abstract

Esta pesquisa tem como objeto de estudo alguns painéis fotográficos que compõem a exposição Coexistence, sediada no museu da costura, em Jerusalém. Trazendo temas polêmicos e expondo os conflitos humanos motivadores de reflexão e comoção, essa exposição busca transmitir a mensagem de tolerância entre os povos. Fazendo uso da linguagem visual, ela intenciona atravessar barreiras linguísticas e alcançar o efeito de consciência global pelo diálogo, e o faz de maneira nada convencional. Nosso propósito é o de averiguar o processo comunicacional que caracteriza a exposição para então verificar o potencial comunicativo dessas peças ou a maneira como elas trazem em seu corpo sígnico a mensagem do estar-junto. Duas grandes vertentes teóricas contribuíram para essa empreitada: a primeira está centrada no pensamento de Maffesoli que sustenta a temática da exposição e faz dela uma comunicação “lococentrada”, já que enfatiza uma espécie de patrimônio afetivo, registro de modos de vidas da sociedade pós-moderna. A outra, relativa à elaboração da mensagem para atingir esses fins, está na maneira como qualidades se estruturam de modo a criar uma nova simbologia. Para fundamentar esse estudo da linguagem, nos amparamos no pensamento de Peirce. O percurso metodológico se fez mediante o recorte de imagens que permitissem a leitura centrada nos modos de viver junto preconizados por Maffesoli e nas peças que têm na qualidade ou nos qualissignos a natureza que permite a construção da nova simbologia anunciada – uma nova maneira de ver/ler ideias cristalizadas e instituídas – daí a leitura semiótica das peças. Os resultados a que chegamos permitiram-nos vislumbrar uma exposição que se constitui como campanha de ‘propagare’ uma idéia - a de conviver - e que se delineia como processo comunicacional que, ao primar pelos aspectos qualitativos, ao estabelecer um jogo com “símbolos”, propicia as atualizações de qualidades de sentimento no leitor, tornando possível leituras que se afastam daquelas já cristalizadas, fazendo com que o diálogo com esses “símbolos” leve à percepção e, provavelmente, ao entendimento da vida como fenômeno estético – o “estar junto” – coexistir é se permitir e permitir o outro...


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