Auditoria independente: atuação da PwC e KPMG na Lojas Americanas S/A no período da não conformidade contábil

O intuito deste trabalho é analisar as auditorias independentes PwC e KPMG na Lojas Americanas S/A, diante das inconsistências contábeis de bilhões de reais que vieram à tona em 2023. Analisa-se por que essas irregularidades não foram identificadas ou relatadas nas auditorias, levando em conta eventuais falhas ou limitações na aplicação das normas de auditoria. A investigação possui um caráter qualitativo, com uma abordagem descritiva e investigativa, além de ser pautada em uma metodologia dedutiva, conforme Gil (2002) e Lakatos e Marconi (2003). Utilizou-se uma abordagem bibliográfica e documental, que incluiu a análise de normas do Conselho Federal de Contabilidade (NBC/ISA), além de relatórios financeiros, pareceres de auditoria e comunicados oficiais emitidos pela empresa. Para embasar teoricamente este trabalho, são citados os autores Crepaldi (2020), Iudícibus (2018) e Aita e Porciúncula (2019), que falam sobre auditoria independente, contabilidade criativa e fraudes contábeis. Além disso, o texto menciona as várias categorias de pareceres contábeis e destaca a importância do Fato Relevante para a transparência nas companhias abertas. Os resultados sugerem que, apesar de os pareceres das auditorias terem formalmente atendido às normas, a ausência de ressalvas em operações significativas como o “risco sacado” aponta para uma falta de ceticismo por parte dos auditores contábeis e na profundidade dos testes realizados. Assim, é imprescindível que se estabeleça um rigor metodológico mais acentuado, se assegure a independência e se reforcem os mecanismos de supervisão, para que a credibilidade do mercado contábilfinanceiro brasileiro não fique comprometida.