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Racismo, decolonialidade e crítica à ideologia: uma análise de discurso do portal capoeira

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2023

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Resumo / Abstract

Esta pesquisa insere-se no campo de estudos sobre Comunicação, Cultura e Relações Raciais, focalizando as relações entre discurso e poder no universo da capoeira. Mais exatamente, tem como objetivo responder as seguintes questões: de que maneira a prática da capoeira é discursivamente construída por mestres/mestras e praticantes em artigos publicados no site Portal Capoeira no período de 2018 a 2022? E em que medida e como essas construções discursivas podem ser consideradas críticas à ideologia, desafiando, contestando e/ou transformando relações de dominação étnica ou racialmente fundamentadas? Para alcançar esse objetivo, adotamos a teoria social de John B. Thompson – especialmente, seu conceito de (crítica à) ideologia. Também nos apoiamos nos estudos étnicos-raciais e no pensamento decolonial, a fim de aprofundarmos a discussão sobre o racismo/antirracismo. No que diz respeito à metodologia, fizemos uso da análise crítica do discurso de orientação construcionista. A partir dessa metodologia, organizamos a pesquisa em três etapas. Na primeira, buscamos analisar o contexto sócio-histórico de produção e circulação dos discursos sob investigação, focalizando as relações de dominação que caracterizam esse contexto. Na segunda, buscamos analisar a organização interna desses discursos, suas características estruturais, padrões e relações. E na terceira, buscamos reinterpretar os resultados da análise discursiva à luz dos resultados da análise sócio-histórica. Ao reinterpretar esses resultados, concluímos, entre outras coisas, que as matérias examinadas possuem um caráter crítico à ideologia, na medida em que seus discursos tendem a estimular o debate sobre relações raciais na capoeira e a iluminar conflitos que costumam ficar na penumbra. Ademais, com frequência, fazem oposição a pontos de vista e posições racistas, contribuindo, portanto, para deslegitimar o fenômeno e, consequentemente, colocar em xeque relações de dominação racialmente fundamentadas.


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