Navegando por Autor "Fernandes, Osíria"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
- TeseA imigração italiana brasileira e o contexto das escolas étnicas (1930-1950)(2022) Fernandes, OsíriaA imigração italiana brasileira e o contexto sócio, político e econômico do Brasil no período de 1930-1950 foram objetos de análise desta tese, visando estabelecer as correlações entre o processo de nacionalização do ensino e a adaptação dos imigrantes italianos à cultura brasileira, frente ao desejo de preservação de sua identidade a partir das escolas étnicas. As similaridades entre o Estado Novo em Portugal e no Brasil foram discutidas sob o aspecto da nacionalização em ambas as nações e que denota a visão do contexto mundial no Estado Novo brasileiro, sendo os imigrantes luso brasileiros um componente fundamental e assim, importante na construção da história brasileira. Além disso, apresenta como problemática, avaliar de que forma a relação entre as escolas étnicas e o mutualismo italiano diante de um contexto de opressão e intenso viés ideológico no Brasil, puderam contribuir com inserção do ideário italiano. Diante disto, avalia o processo de nacionalização do ensino e seus efeitos sobre as escolas étnicas italianas no referido período. Sugere que as escolas étnicas foram articuladas de forma a garantir a continuidade da identidade cultural dos imigrantes italianos, que os vênetos estabeleceram maior influência no que diz respeito à manutenção das escolas étnicas a partir das Associações de Socorro Mútuo no Brasil ou ainda que Getúlio Vargas usou a repressão às escolas étnicas como estratégia política e continuidade do poderio sobre o povo brasileiro, sob a desculpa da nacionalização da educação. Tendo como predominância a política nacionalista do governo Vargas, a pesquisa utiliza como metodologia: a) pesquisa descritiva de cunho qualitativo; b) análise documental por meio do método dialético, no que diz respeito à unificação das nações através da língua, formato de educação e a nacionalização dos italianos a partir dos registros da Escola Anita Garibaldi da cidade de Salto, no interior do estado de São Paulo; c) produção bibliográfica em obras, revistas acadêmicas e periódicos qualificados, destacando-se Maschio, Rech, Tambara, Weiduschadt, Luchese, Barausse, Malikoski, Kreutz, Belusso e Panizzolo. Considera que o Brasil não estava alheio aos acontecimentos político-ideológicos na Europa, que permeavam o mundo durante a Primeira e Segunda Guerra Mundial de forma que houve movimento no sentido de disseminar as ideias fascistas no país. Ainda com as dificuldades impostas, os italianos conseguiram manter sua identidade, cultura e idioma, mesmo estando o país sob constante pressão de Getúlio Vargas quanto à nacionalização.
- DissertaçãoIntervenção político religiosa de uma escola do interior paulista: Colégio Nossa Senhora do Patrocínio de Itu (1889-1930)(2017) Fernandes, OsíriaPor meio de pesquisa historiográfica baseada em levantamento bibliográfico, da análise dialética e de outras fontes de pesquisa, como os trabalhos de Saviani, Bellucci, Souza e Cunha, da contextualização de trabalhos produzidos por outros pesquisadores e autores sobre o tema, esta dissertação busca trazer à luz as raízes religiosas das práticas educativas no Brasil durante o período que vai de 1889 a 1930. Tal corte temporal remete ao período de transição do modelo de educação importado da França, no século XIX, para o do ideário do Estado laico republicano estabelecido no país a partir da Constituição de 1891, em que se preconizava uma educação mais ampla e integral e desvinculada da religião oficial. O campo de análise escolhido parte da chegada da Ordem de São José de Chambéry ao Brasil e tem como objeto de estudo a atuação da Madre Teodora Voiron, superiora da Congregação, a partir da fundação do Colégio Nossa Senhora do Patrocínio de Itu/SP, cidade tida como o “berço da República”, e sua influência sócio-políticaeducativa no cenário nacional. A pesquisa aborda as raízes da educação confessional brasileira baseada na religião católica, que se diferencia em princípios, objetivos e formato das escolas laicas ou “progressistas” estabelecidas durante a Primeira República (1889-1930), que preconizam as finalidades sociopolíticas da educação e separação entre Estado e Igreja. Em análise mais aprofundada, o estudo traz dados históricos que revelam que os princípios do ensino confessional estão intrínsecos e perpetuados nas práticas sociopolíticas dos atuais agentes do poder, em todas as suas esferas. Este resgate histórico contribui para ratificar que a educação e os espaços educativos foram e continuam a ser objeto de disputas no campo social e econômico, onde reside a transição permanente do poder.