Navegando por Autor "Franquez, Reginaldo Tavares"
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- TeseIntervenções para tratar transtornos psicológicos em pessoas com diabetes mellitus: uma abordagem baseada em estudos secundários(2022) Franquez, Reginaldo TavaresDepressão e ansiedade podem ocorrer em pessoas com diabetes mellitus de todas as idades. Estas doenças são problemas comuns de saúde pública ocasionando impacto negativo significativo no funcionamento físico, psicológico, social e ocupacional dos indivíduos. Este estudo sumarizou e avaliou a efetividade e a segurança de intervenções para tratar transtornos psicológicos em pessoas com diabetes mellitus, descritos em dois estudos: 1) revisão de revisões sistemáticas que sumarizou as intervenções para tratar transtornos psicológicos nessa população; e 2) revisões sistemáticas de ensaios clínicos randomizados que avaliou a efetividade de intervenções de saúde eletrônica (e-Saúde). O artigo 1 “Intervenções para depressão e ansiedade em pessoas com diabetes mellitus” buscou informações nas bases de dados: Cochrane Library, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Excerpta Medica dataBASE (EMBASE), Web of Science e Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), sem restrição de tempo e idioma, até julho de 2021. Os desfechos primários aferidos incluíram melhora na remissão da depressão, ansiedade e do sofrimento emocional relacionado ao diabetes e melhora na qualidade de vida. Os revisores, aos pares e de forma independente, selecionaram as revisões, extraíram seus dados e avaliaram sua qualidade metodológica. Foi realizada uma síntese narrativa dos achados. Incluíramse 13 revisões sistemáticas (28.307 participantes) que apresentaram ao menos uma falha metodológica importante. Terapia Cognitiva Comportamental melhorou os desfechos de depressão, controle glicêmico (n= 5 revisões) e ansiedade (n= 1), em adultos e idosos; cuidados colaborativos (n= 2) e educação em saúde (n= 1) melhoraram depressão e valores glicêmicos, na população de adultos; e tratamento farmacológico (n= 3) melhorou desfechos de depressão. Em geral, as intervenções mostraram-se efetivas, entretanto, a qualidade da evidência foi baixa a moderada, para a maioria dos desfechos avaliados. O artigo 2 “Tecnologias de e-Saúde para o tratamento da depressão, ansiedade e sofrimento emocional em pessoas com diabetes mellitus” buscou informação nas bases de dados: Cochrane Library, MEDLINE, EMBASE, Web of Science e LILACS, até janeiro de 2023. Os desfechos primários incluíram melhora e/ou remissão da depressão, sintomas depressivos e/ou ansiedade, remissão do sofrimento emocional relacionado ao diabetes e melhoria da qualidade de vida. Os revisores, aos pares e de forma independente, selecionaram os 8 estudos e extraíram seus dados. Metanálises foram conduzidas e a qualidade da evidência foi avaliada pela abordagem Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE). Incluíram-se 10 ensaios clínicos randomizados (2.209 participantes) que em geral, apresentaram alta qualidade metodológica. A maior parte das tecnologias e-Saúde parecem ser promissoras para tratar os transtornos psicológicos. De acordo com as metanálises, observou-se melhora da depressão com as intervenções Autoajuda Guiada pela Internet ou Terapia Cognitiva Comportamental; da ansiedade com a intervenção Autoajuda Guiada ou Terapia Cognitiva Comportamental específica para diabetes; e do sofrimento emocional com as intervenções autoajuda guiada pela Internet, intervenção de TCC específica para diabetes, MyCompass ou resultados em saúde por meio do empoderamento do paciente. A qualidade da evidência variou de muito baixa a moderada. De acordo com as limitações da qualidade da evidência reportadas pelas revisões sistemáticas; e divergências observadas nos ensaios clínicos randomizados quanto as intervenções, população, tempo de acompanhamento e desfechos; tais achados precisam ser confirmados. Tais evidências auxiliarão pacientes e seus cuidadores e orientarão profissionais de saúde na escolha das intervenções para tratar transtornos psicológicos devido ao diabetes.
- DissertaçãoPrescrição de medicamentos por enfermeiros e farmacêuticos: overview de revisões sistemáticas(2017) Franquez, Reginaldo TavaresA prescrição de medicamentos por profissionais não médicos foi realizada pela primeira vez no Reino Unido em 1986, onde hoje, enfermeiros, farmacêuticos e outros profissionais da saúde podem prescrever medicamentos dentro de suas esferas de competência. Desde então, a prescrição por enfermeiros e farmacêuticos tem evoluído de forma variada, em diferentes países. Embora os pacientes sejam receptivos à prescrição por profissionais não médicos, ainda há escassez de evidências em relação aos resultados clínicos. Nesse contexto, o objetivo desse estudo foi sumarizar as evidências sobre a prescrição de medicamentos por enfermeiros e farmacêuticos. Tratase de um overview de revisões sistemáticas. A busca e a seleção de revisões sistemáticas sobre a prescrição de medicamentos por enfermeiros e farmacêuticos exploraram as bases de dados MEDLINE, via PubMed, Biblioteca Cochrane, CINAHL, Web of Science e OpenGrey, combinando os descritores nurses, pharmacists, prescriptions e seus sinônimos remissivos, até Maio de 2016. Foram incluídas no estudo revisões sistemáticas que abordaram a prescrição de medicamentos por enfermeiros ou farmacêuticos em qualquer nível de atenção, sem restrição quanto ao desenho dos estudos primários, data de publicação ou idioma. Para avaliação da qualidade metodológica das revisões sistemáticas selecionadas foi utilizado o instrumento Assessing the Methodological Quality of Systematic Reviews (AMSTAR). Os principais achados foram agrupados em categorias temáticas, definidas com base em análise de conteúdo, e discutidas qualitativamente na forma de síntese narrativa. Nove revisões sistemáticas foram incluídas no estudo. Os artigos selecionados foram publicados entre 2002 e 2016 e o número de estudos primários incluídos nas revisões sistemáticas variou entre 7 e 124. Seis revisões sistemáticas abordaram exclusivamente a prescrição de medicamentos por enfermeiros; uma abordou a prescrição de medicamentos por enfermeiros e farmacêuticos; e duas abordaram profissionais não médicos. Foram identificados estudos avaliando os efeitos da prescrição por enfermeiros; comparando a prescrição por enfermeiros ou médicos na atenção primária; comparando os cuidados iniciais fornecidos por enfermeiros e médicos; avaliando a prescrição de antimicrobianos por enfermeiros prescritores independentes; avaliando as interações entre clínicos não médicos (incluindo farmacêuticos e enfermeiros) e a indústria; revisando métodos educacionais capazes de melhorar a prescrição tanto de profissionais médicos quanto não médicos. Na avaliação da qualidade metodológica segundo os critérios do AMSTAR predominaram revisões sistemáticas de qualidade baixa ou moderada. Os principais desfechos avaliados foram agrupados em seis categorias temáticas: categorias profissionais e nível de atenção; tempo de consulta e qualidade do atendimento; aceitabilidade e nível de satisfação dos pacientes; acesso a medicamentos e serviços; aspectos econômicos e barreiras à implantação. As revisões sistemáticas incluídas nesse overview apontaram benefícios potenciais da prescrição de medicamentos por enfermeiros e farmacêuticos. No entanto, deficiências metodológicas dos estudos não permitiram conclusões definitivas sobre o tema. Além disso, foram identificadas lacunas na base de conhecimentos que resultaram na indicação de temas relevantes para pesquisas futuras, a serem conduzidas com maior rigor metodológico.