Navegando por Autor "Crisostomo, Maria Aparecida dos Santos"
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- DissertaçãoMulher negra: trajetórias e narrativas da docência universitária em Sorocaba-São Paulo(2008) Crisostomo, Maria Aparecida dos SantosEsta pesquisa investigou a condição de mulheres negras, docentes no ensino superior em universidades privadas da cidade de Sorocaba - São Paulo, no período de 2000 a 2007, através da análise das trajetórias e narrativas de vida, incluídas suas experiências com o trabalho na Educação Superior. Esse trabalho buscou articular as três dimensões do conhecimento: gênero, raça e educação que promovessem a inserção política e ética da mulher negra na Educação do Ensino Superior como docente. A análise dos dados permite afirmar que a condição da mulher negra como professora universitária é de exclusão nesse nível de ensino. Este é um momento oportuno para contarmos as histórias dessas quase invisíveis mulheres negras, professoras universitárias que conseguiram resistir e alçar outros vôos em direção à construção de novas identidades. Contar essas histórias é trazer à baila, trazer à tona uma realidade há muito silenciada. Não importa quanto tempo tenha passado, nós encontramos um caminho. Esta e uma forma de conhecermos essa realidade, problematizá-la, indagá-la. Um olhar atento sobre as trajetórias e narrativas das poucas mulheres negras, professoras universitárias da cidade de Sorocaba - São Paulo, desvela uma história de neo-rascismo brasileiro. À medida que a mulher negra se fizer mais presente na universidade em posições sociais e profissões em que antes não lhe era permitido, promoverá transformações nas expectativas da sociedade. A mudança dos espaços ocupados produz novas identidades a essas mulheres, identidades mais diversificadas e com novos modos de existência e representações capazes de humanidades mais plenas e sociedades plurais.
- TeseMulheres negras no cotidiano universitário: flores, cores e sentidos plurais(2014) Crisostomo, Maria Aparecida dos SantosEste trabalho buscou investigar a trajetória de cinco mulheres negras, escolhidas a partir de seus traços fenotípicos e circulando por universidades da cidade de Sorocaba – SP, no período de 2005 a 2010. Para conhecer como vivem no cotidiano universitário e quais os sentidos construídos para essa experiência, adotamos como metodologia de pesquisa as entrevistas semi-estruturadas e optamos pela não gravação das conversas, para obtermos as falas mais espontâneas possíveis, nesse encontro face a face, entre as participantes da pesquisa em interação com a pesquisadora, também mulher negra. Tendo em vista que quatro das entrevistadas são originárias de famílias pobres e negras, buscamos apreender quais as estratégias utilizadas por essas mulheres para adentrarem e permanecerem nesse espaço seletivo que tem sido o ensino superior para as mulheres negras. Constatamos que no cotidiano das mulheres negras que fizeram parte desse estudo, há a interferência de discursos historicamente construídos sobre a mulher negra brasileira, sobre a sua raça, sua classe social, incidindo sobre as práticas discursivas que produzem os sentidos para a naturalização de sua baixa frequência no ensino superior. No entanto, esta interferência também tem servido como norteadora para algumas delas se conscientizarem de suas condições e assumirem posturas políticas e éticas em favor não só de causas próprias, mas também que favoreçam outros grupos marginalizados. Ao mesmo tempo em que a circulação de mulheres negras na academia tem gerado estranhamento aos alunos (as) não negros (as), sua presença em salas de aulas, como docentes ou discentes, tem propiciado a condição para o questionamento de concepções sobre o gênero, raça e seus desdobramentos como o racismo, o sexismo, a discriminação, o preconceito e a exclusão. A conscientização da situação vivenciada por essas mulheres, negras e pobres, leva a uma insatisfação constante e consequentemente a uma necessidade de mudança, de busca por alternativas que propiciem a transformação dessa realidade.