Navegando por Assunto "Água - Poluição"
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- DissertaçãoBiorremediação de solo e água contaminados por solventes aromáticos provenientes de combustíveis(2019) Salmazo, Paulo SergioOs compostos aromáticos são muito utilizados nas indústrias químicas e petroquímicas, sendo os mais aplicados: benzeno, tolueno, etilbenzeno e xileno (BTEX). Esses compostos contaminantes trazem sérios prejuízos à saúde, podendo afetar o sistema nervoso central, além de serem carcinogênicos. Segundo levantamento da CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo em 2018, o estado de São Paulo possuía 6.110 áreas cadastradas (contaminadas e reabilitadas), contendo 14.592 contaminantes, sendo 4.176 solventes aromáticos (BTEX) e 4.593 combustíveis automotivos (contendo BTEX). Neste mesmo levantamento, a cidade de Sorocaba, possuía 52 áreas contaminadas contendo 119 contaminantes; sendo que 31 deles referem-se aos BTEX. A biorremediação vem sendo aplicada como alternativa sustentável para o tratamento de áreas contaminadas por petróleo e seus derivados, possibilitando menor custo. Por esta razão, o objetivo deste trabalho foi a utilização de componentes de origem microbiana aplicados na descontaminação das áreas contaminadas por BTEX. Para tanto, foi desenvolvido em laboratório o cultivo padrão da bactéria Bacillus subtilis em meio de cultura Tryptone Soy Broth (TSB). O cultivo foi conduzido em agitador a 150 rpm/ 25 ºC/ 24, 48, 72 e 96 horas/ pH 7. O sobrenadante obtido foi separado e submetido à análise de produção do biossurfactante. A biorremediação foi analisada com contaminação controlada utilizando gasolina e óleo diesel, tanto em água quanto em solo. A capacidade de produção do biossurfactante e biorremediação foi observada através de Espectroscopia de Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR) e de Cromatografia gasosa. Os resultados mostraram a capacidade emulsificante do biosurfactante produzido, confirmando a aptidão da bactéria em produzir o biossurfactante. Com relação à degradação da gasolina e do óleo diesel, em meio líquido, e concomitante à produção do biossurfactante, foi verificada a capacidade do microrganismo degradar os compostos e produzir o biosurfactante. As análises em solo mostram que o microrganismo é capaz de degradar os BTEX. A biorremediação, utilizando microrganismos, pode ser uma alternativa eficiente, econômica e versátil para a remoção dos BTEX e ainda para obter subprodutos para controlar ou degradar esses poluentes e restabelecer o equilíbrio ecológico.
- DissertaçãoQuantificação de 17 a-etinilestradiol e parecetamol nos rios Sorocaba e Pirajibu no município de Sorocaba - São Paulo, Brasil(2017) França, Júnior Farias deAlguns medicamentos estão sendo encontrados em águas superficiais e vêm chamando a atenção da comunidade científica. Nos fármacos analgésicos destacase o paracetamol e na classe de desreguladores endócrino destacam-se os hormônios, entre eles o sintético 17α-etinilestradiol. Considerando o estado de degradação das águas superficiais do município de Sorocaba, em especial os rios Sorocaba e seu principal afluente Pirajibu, da sub-bacia do Sorocaba Médio Tietê, que recebe toda carga das águas tratadas e de consumo, essa dissertação apresenta uma avaliação da ocorrência dos dois fármacos citados acima. Para isso, foram realizadas coletas amostrais mensais no período entre março de 2016 à fevereiro de 2017, em seis pontos específicos: 4 pontos no Rio Sorocaba e 2 no rio Pirajibu dentro dos limites do município de Sorocaba. A quantificação do 17αEtinilestradiol foi feita por cromatografia líquida de alta eficiência. A fase móvel utilizada foi composta por 30% de água Milli-Q e 70% de acetonitrila, e se deu por modo isocrático, 1,0 mL/min. A leitura foi realizada em 202 nm. A quantificação do paracetamol foi feita em espectrofotômetro. O paracetamol da amostra foi convertido em 2-nitro-5-acetaminofenol, um nitroderivado amarelado, absorvido em 430 nm. Também foi feita leitura direta do paracetamol, em 243 nm, em virtude das concentrações encontradas na metodologia anterior estarem superestimadas (reação não específica do grupamento aminofenol proveniente de outras substâncias que não o paracetamol). Pela metodologia de nitração, as concentrações variaram de 3,56 a 6,65 mg/L e através da leitura direta, as concentrações ficaram na faixa de 1,0 – 3,0 mg/L. Já para o 17α-Etinilestradiol, as concentrações variaram de 2,97 a 161,92 µg/L, mas a maioria ficou na faixa de 5,0 – 10,0 µg/L. Os dados foram correlacionados com pluviosidade e número de casos de dengue, zica e Chicungunya. Não foi observada nenhuma correção entre concentração de paracetamol e a quantidade de chuva. Para 17α-Etinilestradiol, uma correlação positiva foi observada no Ponto 2 de coleta. Isto significa que quanto maior o índice pluviométrico maior a concentração de 17α-etinilestradiol, diferente do esperado. Para casos de dengue, zica e Chicungunyae paracetamol, uma correlação fraca foi observada, ou seja, nos meses com maior número de casos (maior utilização do paracetamol como analgésico e antitérmico), maior foi a concentração de paracetamol encontrada na água. Assim, foi possível estimar que há um considerável aporte de paracetamol e 17α-etinilestradiol nos dois rios mais importantes de Sorocaba, o que sugere a possibilidade de efeitos adversos à biota aquática local. Verifica-se ainda a necessidade de uma legislação ambiental específica para medicamentos, aliado à qualidade do saneamento básico brasileiro – incluído novas tecnologias nas estações de tratamento de água e esgoto - sobretudo para os desreguladores endócrinos.