Navegando por Assunto "Biorremediação"
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- DissertaçãoAnálise da bioacumulação de chumbo, cobre e cádmio em meio aquoso utilizando Bacillus subtilis(2020) Rocco, Débora Hidalgo EspinettiA biorremediação é uma técnica inovadora para a remoção e recuperação de áreas contaminadas, envolvendo o uso de microrganismos para reduzir ou recuperar poluentes como os metais pesados, os transformando em formas menos perigosas. O objetivo desse estudo foi avaliar a capacidade bioacumulação dos metais pesados chumbo, cobre e cádmio pela bactéria Bacillus subtilis em amostras de água. Para tanto, foi realizado o isolamento do B. subtilis utilizando uma placa com meio de cultivo Tryptone Soy Broth (TSB ágar). E a partir de uma colonia isolada foi iniciado o pré-cultivo do processo, utilizando erlemeyers de 250mL contendo 50 mL de TSB, submetidos a agitação a 35°C, 150 rpm por 24h. Para as analises de bioacumulção soluções matrizes iniciais de chumbo a 500 ppm, o cobre e cádmio a 100 ppm, foram preparados. Inicialmente, foi delineada a curva de crescimento do Bacillus subitlis em TSB100, e TSB33 (diluido em 33% da concentração padrão) para comparar com as analises de crescimento da bactéria em água contendo os metais. Todas as soluções foram colocadas em agitação a 150 rpm, 35 °C por periodos de de 1h a 144h. Em cada tempo de cultivo, amostras foram retiradas para analise de crescimento das bactérias por Sistema de Filtração Sterifil com membranas de 0,22 µm. A analise dos metais pesados ocorreu por Fluorescência de raios- X, ICP/MS e MEV. Os resultados demonstraram que o B. subtilis apresentou resistência ao chumbo, cádmio e cobre em água, mesmo em altas concentrações foi capaz de bioacumular os metais, mostrando uma eficiência de remoção em água de 99,5% para o chumbo; 86% para o cobre e 72,5% para o cádmio. Conclui-se que o sistema utilizando bactérias do tipo Bacilos pode ser eficiente em bioacumular metais pesados de soluções aquosas, e pode ser empregada como um tratamento econômico para a biorremediação de efluentes industriais e áreas contaminadas com metais pesados. No entanto, ainda se faz necessário um entendimento maior da etapa de otimização da implementação em áreas contaminadas.
- DissertaçãoBiorremediação de solo e água contaminados por solventes aromáticos provenientes de combustíveis(2019) Salmazo, Paulo SergioOs compostos aromáticos são muito utilizados nas indústrias químicas e petroquímicas, sendo os mais aplicados: benzeno, tolueno, etilbenzeno e xileno (BTEX). Esses compostos contaminantes trazem sérios prejuízos à saúde, podendo afetar o sistema nervoso central, além de serem carcinogênicos. Segundo levantamento da CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo em 2018, o estado de São Paulo possuía 6.110 áreas cadastradas (contaminadas e reabilitadas), contendo 14.592 contaminantes, sendo 4.176 solventes aromáticos (BTEX) e 4.593 combustíveis automotivos (contendo BTEX). Neste mesmo levantamento, a cidade de Sorocaba, possuía 52 áreas contaminadas contendo 119 contaminantes; sendo que 31 deles referem-se aos BTEX. A biorremediação vem sendo aplicada como alternativa sustentável para o tratamento de áreas contaminadas por petróleo e seus derivados, possibilitando menor custo. Por esta razão, o objetivo deste trabalho foi a utilização de componentes de origem microbiana aplicados na descontaminação das áreas contaminadas por BTEX. Para tanto, foi desenvolvido em laboratório o cultivo padrão da bactéria Bacillus subtilis em meio de cultura Tryptone Soy Broth (TSB). O cultivo foi conduzido em agitador a 150 rpm/ 25 ºC/ 24, 48, 72 e 96 horas/ pH 7. O sobrenadante obtido foi separado e submetido à análise de produção do biossurfactante. A biorremediação foi analisada com contaminação controlada utilizando gasolina e óleo diesel, tanto em água quanto em solo. A capacidade de produção do biossurfactante e biorremediação foi observada através de Espectroscopia de Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR) e de Cromatografia gasosa. Os resultados mostraram a capacidade emulsificante do biosurfactante produzido, confirmando a aptidão da bactéria em produzir o biossurfactante. Com relação à degradação da gasolina e do óleo diesel, em meio líquido, e concomitante à produção do biossurfactante, foi verificada a capacidade do microrganismo degradar os compostos e produzir o biosurfactante. As análises em solo mostram que o microrganismo é capaz de degradar os BTEX. A biorremediação, utilizando microrganismos, pode ser uma alternativa eficiente, econômica e versátil para a remoção dos BTEX e ainda para obter subprodutos para controlar ou degradar esses poluentes e restabelecer o equilíbrio ecológico.