Navegando por Assunto "Comunicação não verbal (Psicologia)"
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- DissertaçãoO corpo no cotidiano: movimentos na comunicação, na cultura e na dança(2010) Martins, Maria de Lourdes AlencarEste trabalho de dissertação tem como objetivo, de modo geral, estudar os processos de comunicação do corpo no cotidiano, no contexto das culturas, mediante suas múltiplas manifestações, como mídia e como texto, mais notadamente, sua linguagem artística, por meio da dança contemporânea. Entre nossos objetivos específicos estão discutir o corpo presente no espetáculo Casa, da Cia. Déborah Colker, que incorpora os movimentos do dia a dia, complexificando-os, fazendo com que trabalhe em constante superação, o que significa também problematizar seu papel como o de um produtor de textos poéticos na comunicação. Para tanto, primeiramente, pretendeu-se fundamentar teoricamente o corpo como objeto de pesquisa da comunicação e da cultura, a partir de sua relação com as teorias da comunicação, com o ambiente urbano, com o espaço e com a educação, na medida em que este se apresenta em cena constantemente rompendo limites físicos, quando se assume como “corpo poético”, aquele que, mais do que se preocupar com detalhes técnicos formais da dança, valoriza a exploração dos movimentos, das habilidades, do resgate de gestos espontâneos. Além disto, refletimos sobre a reconfiguração das posturas corporais, num contexto em que o ser humano se expressa, também, por meio das tecnologias. Assim, o corpo, físico, mas inteiro, integral, não dicotomizado (corpo e alma) é entendido em seus movimentos, sob o ponto de vista da comunicação, com sua linguagem, expressa por signos não verbais. Nossas ponderações dialogam com as reflexões de autores como Foucault, Santaella, Campello, Lotman, entre outros. Em Campello (1997), especialmente, o corpo é entendido como texto, de acordo com Lotman (1978). Buscamos a leveza da escrita poética, por supormos que assim solicita nosso objeto, ainda que com isto assumamos alguns riscos. Porém, cremos no além mais profundo das “linhas e entrelinhas”, nas quais se pressupõe a emergência de novas posturas corporais, em busca do ser humano, pensante, que opina, participa, cria, modifica, enfim, que se expressa mediante as transformações globais que nos envolvem nos dias de hoje.