Navegando por Assunto "Crianças - Nutrição"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
- DissertaçãoAlimentação escolar: avaliação da composição nutricional, consumo alimentar e perfil socioeconômico(2014) Silva, Sandra Regina Bicudo daObjetivo: Avaliar a composição nutricional das refeições oferecidas nas escolas de tempo integral, bem como a relação entre os fatores socioeconômicos e de consumo alimentar entre os escolares no domicílio. Métodos: Como indicador de qualidade nutricional foi escolhido como referência o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O grupo de estudo selecionado para esta investigação foi formado por crianças entre 6 e 10 anos. Integraram a pesquisa 7 escolas (21,9%) municipais na cidade de Sorocaba, São Paulo que praticavam o Programa de Educação em Tempo Integral (PROETI). O padrão de consumo dietético abrangeu a composição e análise nutricional dos cardápios ofertados nas escolas. Os fatores associados ao consumo alimentar dos alunos fora do ambiente escolar, assim como o perfil socioeconômico foram identificados por meio de estudo Transversal realizado através de questionário respondido pelos pais ou responsáveis. Participaram da pesquisa 282 escolares. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Sorocaba através do parecer nº 244.486. Resultados: A quantidade de fibras, vitamina A e cálcio ofertada nos cardápios das escolas eram, respectivamente, 61%, 53% e 46% inferiores à recomendada pelo PNAE. Os nutrientes energéticos como carboidratos, proteínas, lipídeos e açúcar de adição eram, respectivamente, 21%, 47%, 59% e 19% oferecidos em quantidades maiores que as recomendadas pelo PNAE. Entre os nutrientes ofertados nos cardápios em quantidade abaixo ou acima do recomendado a vitamina A, a fibra, o açúcar e o sódio eram os mais preocupantes em função da gravidade das comorbidades associadas a estes elementos nutricionais. Os alimentos ingeridos fora da escola privilegiam o consumo de sal, gordura e açúcar. Portanto, hábitos alimentares inadequados somados ao sedentarismo fora do ambiente escolar pode levar ao sobrepeso/obesidade expondo a criança ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Conclusão: Os resultados evidenciam a necessidade de adequações nos cardápios, principalmente na quantidade dos alimentos ofertados, com vistas ao cumprimento das metas do governo para as escolas em tempo integral. A identificação de padrões de consumo alimentar na infância poderá fornecer subsídio para o redirecionamento das políticas públicas de prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e de doenças associadas à alimentação e nutrição. Neste sentido a escola se configura como um ambiente privilegiado para a promoção de práticas alimentares e nutricionais saudáveis junto aos escolares e seus familiares.
- DissertaçãoPreparação de pão fortificado para tratamento da deficiência de ferro e prevenção da anemia ferropriva em crianças com idade pré-escolar: caracterização do quelato peptídeo-ferro, avaliação do teor de ferro e análise sensorial(2012) Takeda, TatianeA Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica a anemia ferropriva como um dos maiores problemas de saúde pública existente no mundo. O Brasil é citado como o quarto país com maior taxa de anemia em crianças pré-escolares, mostrando a preocupante taxa de 54,9% das crianças afetadas por esta doença. Essa grave carência nutricional acarreta consequências negativas sobre o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças, além das co-morbidades como propensão a doenças infecciosas. Desta forma, a fortificação alimentar é uma importante estratégia no combate e prevenção a anemia ferropriva, e a sua eficácia depende da seleção adequada do alimento a ser fortificado. O pão é um alimento que vem sendo utilizado em estudos de enriquecimentos com minerais e outros nutrientes, por tratar-se de um alimento bastante difundido e uma das principais fontes calóricas de muitos países. A análise sensorial é uma das ferramentas mais utilizadas na avaliação da aceitabilidade de alimentos fortificados. O objetivo deste trabalho foi preparar pães fortificados com ferro quelado a peptídeo da caseína, e avaliar a aceitação dos pães fortificados em um grupo de crianças em idade préescolar. O teor de ferro presente no quelato peptídeo-ferro e nos pães fortificados foi determinado utilizando espectroscopia de fluorescência de raio X. O quelato peptídeo ferro foi caracterizado utilizando espectroscopia de infravermelho, espectroscopia por difração de raios-X e calorimetria exploratória diferencial. Para avaliar a aceitação dos pães junto a um grupo de crianças em idade pré-escolar foi utilizado o modelo de teste de aceitabilidade sugerido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento na Educação (FNDE) por meio de escala hedônica facial de cinco pontos. O teor de ferro no quelato foi 145,629 mg/g. O teor de ferro nos pães de leite sem e com quelato 6g, 9g e temperado foi respectivamente, 0,342; 4,592; 6,254 e 5,915 mg/g de amostra. O resultado do estudo por espectroscopia de infravermelho, e difração de raios X e calorimetria exploratória diferencial mostrou que o elemento ferro está quelado ao peptídeo da caseína. Os pães fortificados com ferro quelado a peptídeos da caseína foram obtidos em escala piloto e a tecnologia desenvolvida está pronta para ser transferida para panificadoras públicas ou privadas. A aceitação do pão fortificado pelas crianças foi plenamente satisfatória, indicando que este produto poderia ser incluído na merenda escolar para crianças nesta faixa etária.