Navegando por Assunto "Doenças respiratórias nas crianças - Avaliação física"
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- DissertaçãoAvaliação de crianças de 7 a 10 anos do ensino fundamental, portadoras de dificuldades respiratórias e submetidas a aulas especiais de educação física, na cidade de Sorocaba - SP(2005) Costa, Nilton Rodrigues daA existência de significativo número de crianças com dificuldades respiratórias observadas nas aulas de educação física escolar foi a grande motivação deste estudo. Desta forma, esta pesquisa teve dois objetivos centrais: verificar se a atividade física promove mudança nas condições respiratórias em crianças e identificar os mecanismos que estimulem a prática da atividade física em alunos com dificuldades respiratórias. A amostra utilizada na realização desta pesquisa é constituída de 354 alunos de 1 a .a 4 a . séries do ensino fundamental de seis escolas de Sorocaba (SP). Para identificar a amostra da pesquisa, utilizou-se o questionário escrito ISAAC -International Study of Asthma and Allergies in Childhood (Estudo Internacional de Asma e Alergias na Infância). As crianças identificadas foram submetidas aos testes do Peak Flow Meter no início e ao final de quatro meses. Ao longo desse período esses alunos receberam aulas especiais de educação física nas suas respectivas escolas, com seus professores. Durante esse tempo na freqüência de duas vezes por semana, houve contato com os alunos da amostra, ao término das suas aulas de educação física, avaliando-os individualmente através da Escala de Borg. Cada criança acompanhou sua avaliação na Escala de Borg e constatou resultados obtidos. Isso foi feito com a intenção de colher impressões subjetivas dessas crianças sobre se houve ou não melhora de sua condição respiratória com as aulas de educação física. Os resultados desta pesquisa mostraram que, após esses quatro meses de exercícios físicos programados, o teste de Peak Flow indicou que 79,5% das crianças tiveram melhora e, na Escala de Borg 81,6% tiveram melhora. Mesmo assim não se pode afirmar que a atividade física por si mesma melhore as condições respiratórias. No entanto, constata-se que a criança asmática, obtendo informação a respeito de sua condição respiratória, compreendendo a doença e sendo estimulada a participar das atividades físicas regulares da escola, acaba por sentir mais disposição e melhora do seu estado geral. Neste trabalho inferimos que o objetivo de identificação dos mecanismos que estimulam a prática da educação física nos alunos com dificuldade respiratória são: 1) a informação correta sobre a asma; 2) a obtenção pela criança de ajuda na interpretação de como a asma se manifesta nela; 3) o contato com outras crianças que apresentam o mesmo sintoma; 4) a possibilidade de integração com crianças que não apresentam dificuldade respiratória, ou seja, o fato de se sentirem incluídas no grupo; 5) o desenvolvimento de um trabalho docente seguro e eficiente. Desse modo, lidando com dados quantitativos (Peak Flow Meter e Escala de Borg) como instrumento para colher impressões subjetivas desses alunos, e estimando a significação desses relatos, caracteriza-se este trabalho como pesquisa qualitativa com utilização da metodologia narrativa ficcional. Verificou-se também que, para que a inclusão de crianças com dificuldades respiratórias nas aulas de educação física escolar se concretize de maneira eficaz, é desejável que o profissional de educação física trabalhe em conjunto com outros profissionais da área. Isto equivale dizer que a maximização de resultados se dará na medida em que haja envolvimento de fisioterapeuta, médico e enfermeiro com a família dessas crianças, com a própria criança e com os profissionais da escola.