Navegando por Assunto "Educação - História - Votorantim (SP)"
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- DissertaçãoHistória da educação de Votorantim: do apito da fábrica à sineta da escola(2007) Dessotti, Isabel Cristina CaetanoEste estudo buscou construir uma parte da história do Município de VotorantimSP desde a sua origem em fins do século XIX, ainda integrado ao Município de Sorocaba, até a sua emancipação em 1965. Deu-se destaque ao Banco União que com seus empreendimentos alterou de forma significativa as características regionais vigentes até então. O apito da fábrica, as chaminés fumegantes, a movimentação dos operários passam a vigorar e a estabelecer as relações sociais. Estudou-se a trajetória escolar na vila operária de Votorantim surgida a partir da fábrica de tecidos. As escolas seguiam o modelo educacional imposto pela escola republicana que organizou o ensino em escolas isoladas (carregaram as mazelas do tempo do Império) e grupos escolares (incumbência de formar o cidadão republicano moderno). A trajetória educacional da vila operária de Votorantim, iniciada na última década do século XIX, caracterizou-se pelas escolas isoladas e foi contemplada com a criação do Grupo Escolar em 1925. Utilizou-se na pesquisa fontes primárias e secundárias, tais como: a imprensa, especialmente os jornais da época, que contribuíram para o entendimento do contexto da industrialização e do desenvolvimento da educação nos tempos da República. As principais referências teóricas de apoio foram baseadas nas reflexões formuladas por Souza (1998), Carvalho (1989), Fausto (1976) e Basbaum (1976). A análise da documentação e da bibliografia disponíveis permite considerar que as relações trabalho e capital se fizeram num misto de dominação e resistência; inserida nesse contexto, a escola republicana foi incapaz de promover eficazmente a educação popular, mas competente para formar o operário subserviente.
- DissertaçãoHistória e historiografia de Votorantim(2008) Oliveira, Márcia Maria Fogaça deEsta pesquisa teve como finalidade discutir uma determinada concepção da história do Município de Votorantim – SP, desde o final do século XIX até a década de 60 do século XX, período de sua emancipação. Votorantim começa a delinear-se a partir do século XIX: até então, era vila de Sorocaba; primeiramente, os lotes foram sendo adquiridos pelo Banco União, que ali montou um grande complexo industrial, posteriormente apropriado pelo Grupo Votorantim atendendo a interesses privados. Foram utilizadas como fontes primárias a produção historiográfica do Município, com os trabalhos de Kleber de Araújo Martins, intitulado Votorantim 2000 – Memórias de Uma Cidade, publicação de 2000 e João dos Santos Júnior – História e Iconografia de uma Cidade, de 2004, compêndio de fatos históricos coletados pelo autor. Estas produções historiográficas “oficiais” contaram com o apoio do Grupo Votorantim. A análise possibilitou constatar a leitura que os referidos autores fazem da história do município, seleção, organização espacial e temporal das fontes históricas e interpretação das iconografias e constatar, também, a valorização da imagem dos Bandeirantes, atribuindo uma grande relevância histórica à vinda destes Europeus. Vê-se, também a “mitificação” em relação às figuras dos dirigentes do Grupo Votorantim, enaltecidos em diversos momentos da história. O estudo buscou compreender a cidade sendo circundada pela Fábrica, atendendo aos interesses empresariais: as vilas operárias, a creche, a escola, os bondes, o hospital, enfim, as atividades culturais, disciplinarizando o operário dentro e fora do espaço fabril, portanto, são as relações de trabalho delineando as relações sociais. O mesmo propósito, é possível constatar em relação à emancipação, abordada pelos autores, enquanto benefício. Assim como a Educação, vinculada à Fábrica, teve um papel primordial na formação dos “habitantes -operários”, disciplinados aos valores fabris. Apoiei-me em Chauí (2006), para discutir os semióforos criados em Votorantim: os Recursos Hídricos, Brasão, Bandeira, Hino e principalmente, as Concepções Ideológicas que nortearam essas leituras sobre o distrito e posteriormente município. A análise textual e iconográfica disponíveis permite considerar esta história contemplando o grupo empresarial, silenciando a voz do operariado e, consequentemente, a omissão das lutas de classes.