Navegando por Assunto "Ensino superior - Política educacional"
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- DissertaçãoA Escola de Farmácia e de Odontologia de Itapetininga - SP: 1921 a 1937(2003) Ferreira, Cesário de Moraes LeonelEste trabalho trata do período compreendido entre o final do séc. XIX e início do séc. XX, quando a cidade de Itapetininga vivia um momento de grande euforia. Tendo forte representação política nas esferas estadual e federal, conseguia benefícios como a construção da primeira Escola Normal do interior de São Paulo e a extensão dos trilhos da estrada de ferro. Nesse clima, em 1921, é criada uma Escola de Farmácia e de Odontologia que, tendo o apoio político das lideranças locais, consegue o reconhecimento estadual justamente numa época em que o governo federal reclamava para si a legislação sobre o ensino superior. Não obstante o embate político que se estabelecia na Câmara dos Deputados em São Paulo, sobre a competência legislativa do Poder Estadual ou Federal na regulamentação do ensino superior, havia o enfrentamento da Escola de Farmácia e Odontologia de São Paulo, até então hegemônica na emissão de diplomas oficiais dessas áreas. Sua defesa seria feita pelo ataque às escolas do interior que, mantidas pela iniciativa privada, foram paulatinamente acusadas de baixar a qualidade do ensino, facilitar o ingresso aos cursos por candidatos despreparados e de promover um comércio de diplomas. Após o golpe de 30, as escolas reconhecidas por leis estaduais perdem suas regalias sendo-lhes obrigatória a equiparação às congêneres federais. Em Itapetininga, reunidos os acionistas da Escola de Farmácia, resolvem extinguir a sociedade e fundar outra que pudesse atender à legislação federal. Tendo encerrado suas atividades acadêmicas em 1937, a Escola de Farmácia e de Odontologia de Itapetininga causou a impressão, aos olhos da comunidade local, de que tal fato teria sido retaliação de Getúlio Vargas à terra de Júlio Prestes.