Navegando por Assunto "Gravidez"
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- DissertaçãoEfeito dos cogumelos Agaricus blazei e Ganoderma lucidum sobre o desenvolvimento embrionário e gestacional de ratas wistar(2021) Mendes, Camila FigueiraA teratogenicidade caracteriza-se como a capacidade que um composto apresenta de provocar alterações congênitas, decorrentes da sua exposição durante a gestação. Por isso, o uso de substâncias durante a gestação deve seguir rigoroso controle para evitar danos ao concepto. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos da administração diária de Agaricus blazei e Ganoderma lucidum em ratas prenhas, por meio de testes pré-clínicos. Este projeto foi aprovado pelo Ceua/Uniso (Protocolo n. 089/2016). Cinco grupos (n=6, cada) foram formados aleatoriamente, sendo: controle salina (Cs), A. blazei (AbA), A. blazei (AbD), G. lucidum (GlA) e G. lucidum (GlD). Foram administrados diariamente, via gavagem, volume de 1,5 mL contendo doses de 100 mg/kg, de pó liofilizado de cada cogumelo dissolvido em solução salina no período de 19 dias de gestação. Igual volume de solução salina foi administrado ao grupo Cs. No 20º dia gestacional, as fêmeas foram anestesiadas e eutanisiadas. Amostras biológicas foram coletadas como: sangue, para as análises bioquímicas e hematológicas; rins e placenta para análises histológicas dos órgãos maternos; cornos uterinos, para análises morfométricas e morfológicas dos fetos. Não se observaram efeitos deletérios no perfil reprodutivo e gestacional perante a exposição aos cogumelos nos períodos de pré-implantação e implantação (1º ao 8º dia gestacional), porém o uso dos cogumelos no período organogenético (9º ao 19º) apresentou redução significativa do crescimento crânio-caudal, caudal e crânio (antero-posterior). Os parâmetros hematológicos contagem de leucócitos, contagem de hemácias, Hemoglobina, Hematócrito e Plaquetas analisados do grupo tratado não apresentaram diferença estatisticamente significativa em relação ao grupo controle. Não foi observada hepatotoxicidade mensurada através das enzimas hepáticas, nem diferença significativa dos níveis de insulina e glicose, quando comparados ao controle. Houve redução plasmática de colesterol total e triglicérides. A administração oral de A. blazei e G. lucidum apresentou redução significativa do crescimento crânio-caudal (antero-posterior), porém em períodos diferentes pós-implantação, esta malformação pode ser causada por mecanismos diferentes. A exposição aos cogumelos não causou alteração no desenvolvimento gestacional e fetal. Não se observou modificação na morfologia do glomérulo renal materno, nem alteração na morfologia placentária, entretanto foi possível observar o aumento na quantidade de células produtoras de glicogênio quando a ocorre a exposição à Ganoderma lucidum anterior à implantação. Os cogumelos não demonstraram ação teratogênica e favoreceram o desenvolvimento da gestação e o crescimento normal do feto. Porém, a exposição deve ser realizada com cautela considerando o período gestacional e a quantidade utilizada.
- DissertaçãoUtilização de antimicrobianos em gestantes com infecção do trato urinário(2011) Festa, Marisol AlvesA Infecção do Trato Urinário (ITU) é a principal síndrome infecciosa que acomete as gestantes, expondo-a e ao feto, a riscos que podem ser irreparáveis. Pode-se apresentar de três formas, a saber, como bacteriúria assintomática, cistite também conhecida como ITU baixa ou a pielonefrite conhecida como ITU alta. A grande preocupação gira em torno da opção segura para a realização do tratamento das afecções urinárias. A detecção precoce, já nas primeiras consultas do acompanhamento pré-natal, garante a terapêutica para a bacteriúria assintomática (BA) evitando casos de pielonefrite devido ao desconhecimento do caso. Foi realizado um estudo retrospectivo, epidemiológico, quantitativo, transversal, documental, por meio de análise de dados dos prontuários de pacientes gestantes com urocultura positiva pertencentes à rede pública do município de Sorocaba. O objetivo deste trabalho foi avaliar a utilização dos antimicrobianos prescritos para o tratamento das infecções do trato urinário (ITU) em gestantes e a relação com os agentes causadores e perfil de sensibilidade. A idade média de 24,8 anos (DP 7,38), variando de 13 a 51 anos de idade, foi encontrada na população analisada. Notou-se o predomínio de Escherichia coli com cerca de 38% dos casos isolados (p<0,05), diferindo de todos os microrganismos encontrados, seguido de Staphylococcus aureus com cerca de 13% dos casos e em terceiro o Citrobacter diversus, com cerca de 12% dos casos. Ao avaliar a presença de leucocitúria com o agente, em destaque os Enterococos associados de maneira muito forte em 100% dos casos. A presença de Candida albicans no terceiro trimestre gestacional mostrou-se mais prevalente, porém sem significado estatístico (p=0,054). Quanto ao perfil da Escherichia coli, não houve nenhum fármaco com resistência total (100%), porém, muito próximo. O que se nota claramente é que com relação aos fármacos de maior segurança, temos opções seguras de tratamento com diminuição considerável para a ampicilina e amoxicilina. As gestantes que estiveram sob terapêutica antimicrobiana durante o primeiro trimestre da gestação, foram todas tratadas com fármacos da categoria B (FDA), com relação ao segundo trimestre gestacional, encontramos 6,90% das gestantes tratadas com fármacos da categoria C (FDA) e, finalmente para o terceiro trimestre de gestação, houve prescrição de fármacos da categoria C em 5,56% das gestantes. Embora a resistência aos fármacos disponíveis não tenha sido elevada, há uma preocupação para os fármacos considerados seguros segundo o FDA.