Navegando por Assunto "Jornalismo - Aspectos antropológicos"
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- TeseEducação, alteridade e jornalismo em perspectiva etnográfica(2021) Profeta, Guilherme Augusto Caruso; 1989-Esta tese tem como objetivo refletir sobre a importância de se incluir a temática da alteridade (otherness) no ensino da composição de reportagens jornalísticas, bem como propor diretrizes formuladas especificamente para o ensino da reportagem em cursos de graduação em Jornalismo, de modo a nortear a prática pedagógica de docentes do Ensino Superior nesse campo do conhecimento. O resultado pretendido é o ensino de um ―jornalismo etnográfico‖, por meio de um processo intitulado ―não-método etnográfico para o ensino do jornalismo orientado para a alteridade‖. Este estudo parte de uma pesquisa exploratória focada em três eixos. No primeiro, investiga-se a função social do jornalista na sociedade contemporânea — se intelectual ou se membro periférico da intelligentsia —, incluindo o processo histórico de construção do conceito de jornalismo e a tensão entre o ensino das técnicas e das Humanidades na formação em Jornalismo no Brasil. No segundo, a partir de Stephens (2014), prevê-se que o jornalismo mainstream do presente, eminentemente factual, está em processo de substituição gradual por uma variação mais interpretativa, que irá requerer novas habilidades dos futuros profissionais do jornalismo, incluindo uma reaproximação em relação à Antropologia. No terceiro, observa-se a transição de uma abordagem positivista para uma abordagem social/cultural, que se deu paralelamente na Antropologia e no Jornalismo, e se defende o conceito de jornalismo etnográfico. Por fim, apresenta-se o não-método etnográfico — uma inspiração a partir de Paulo Freire (FREIRE, P., 2018a; FREIRE, P., 2018b) —, que é composto por quatro movimentos: (I) Conceituação e discussões teóricas, (II) Engenharia reversa do texto (aplicada como metodologia ativa), (III), Imersão no outro, (IV) Vivência da prática compartilhada. Esses movimentos são então discutidos em termos de atividades propostas para as salas de aula, de modo que outros docentes possam aplicá-los como parte de suas próprias práticas didáticas cotidianas.