Navegando por Assunto "Queimaduras"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
- DissertaçãoEstudo experimental comparativo entre diferentes curativos à base de prata em queimaduras de 2° grau em ratos(2013) Portella, Décio LuisIntrodução: Milhares de pessoas são vítimas de queimaduras todos os anos, sendo a etiologia por escaldo a mais frequente. Muitas dessas vítimas apresentam queimaduras de pequena extensão corpórea e espessura parcial superficial, sendo tratadas de forma ambulatorial ou mesmo não procurando atendimento médico especializado. Em todo o mundo, a utilização de curativos à base de prata tornou-se rotineira e comum, beirando o uso indiscriminado. Diversos são os curativos que apresentam a prata como agente principal. Este trabalho avaliou queimaduras por escaldo, de pequena extensão e espessura parcial em ratos. Material e Métodos: Utilizou-se 45 ratos Wistar divididos em cinco grupos e, após queimadura por escaldo, foram tratados com soro fisiológico, sulfadiazina de prata, carboximetilcelulose com prata (Aquacel®), espuma de polietileno associada à prata (Mepilex®) e prata nanocristalina (Actcoat®). Os ratos foram sacrificados nos dias 1o, 2o, 4o, 6o, 9o, 12o, 18o, 21o, 24o. e a área queimada foi enviada para análise histopatológica, sem o conhecimento de qual curativo foi utilizado. Os critérios de avaliação foram: epitelização; extensão da área cicatrizada; infiltrado inflamatório crônico; neoformação vascular; proliferação fibroblástica, fibras elásticas e colágeno jovem. Para cada critério avaliado, foi atribuído uma nota conforme a sua maior intensidade na lâmina histológica. Resultados: A análise estatística mostrou significância para neoformação vascular (p<0,043), infiltrado inflamatório (p<0.004) e fibras elásticas (p<0,001). Apesar da diferença estatisticamente significante para neoformação vascular entre os grupos, não foi possível identificar qual grupo difere dos demais. A presença de infiltrado inflamatório foi maior nos ratos tratados com sulfadiazina de prata e com Actcoat® que nos ratos tratados com Mepilex® (p = 0,035 e p = 0,019 respectivamente). As fibras elásticas foram estatisticamente maiores nos grupos Actcoat® e sulfadiazina de prata com relação ao controle (p < 0,001 e p = 0,047) e foram maiores no grupo Actcoat® que no grupo Aquacel® (p = 0,005). As feridas apresentaram-se epitelizadas entre o 9o. e 12o. dia, sem preponderância de um curativo específico. O grupo controle apresentou menor resposta inflamatória comparado aos curativos de prata; no entanto, a neoformação vascular e a presença de fibras elásticas também foram menores. Conclusão: Queimaduras de espessura parcial e pequena área corpórea lesada epitelizam independente da utilização de curativos à base de prata. O tratamento com curativo embebido em soro fisiológico não é agressivo ao tecido lesado, apresentando menos infiltrado inflamatório. A presença de fibras elásticas foi maior quando a prata esteve presente.
- DissertaçãoNanopartículas de prata (AgNPs): efeitos sobre lesões de nervo periférico e músculo de roedores e avaliação de mutagenicidade (teste de Ames)(2019) Moreno, Débora Antunes NetoIntrodução: As Nanopartículas de prata (AgNPs) possuem características antimicrobianas e esta razão tem inúmeras aplicações medicinais, incluindo lesões teciduais. Objetivos: Portanto o objetivo do trabalho foi avaliar a eficácia de AgNPs 50 nm em modelos experimentais de lesão e a toxicidade. Metodologia: Foram utilizados 2 (dois) modelos a) ex vivo, em preparações nervo frênico-diafragma de camundongos, usando como ferramenta farmacológica o veneno de Bothrops jararacussu (Bjssu, 60 μg/mL), reconhecidamente neurotóxico e miotóxico, através de técnica miográfica. Os músculos resultantes dos ensaios ex vivo foram analisados através de microscopia de luz e comparados com controle de solução nutritiva de Tyrode. b) in vivo, em modelo de queimadura de segundo grau induzido por um dispositivo metálico através de contato térmico, em ratos. A recuperação da lesão causada por queimadura foi comparada macroscópica e diariamente por 28 dias frente ao tratamento com AgNPs e comparado com salina (não tratado). Nos 7º, 14º, 21º e 28º dias, dois animais de cada grupo foram sacrificados e a área da queimadura foi analisada macroscopicamente (análise de imagem – fotografia) e por microscopia de luz. Foi analisado a toxicidade e mutagenicidade: O teste de Ames foi conduzido com e sem ativação metabólica, em misturas de veneno com AgNPs e comparadas com controles de veneno e AgNPs, isoladamente, após ensaios preliminares de toxicidade. Resultados: Na JNM apenas 37,2 ± 6,0% das fibras musculares mostraram-se fisiologicamente ativas perante a exposição ao veneno, ao final de 120 minutos, enquanto a neutralização deste efeito do veneno, pelas AgNPs, garantiu o funcionamento de 74,7 ± 4,3% das fibras musculares. Nas queimaduras, as AgNPs não apresentaram diferença significativa na cicatrização da queimadura, nem no peso dos fígados dos animais, entretanto foi observada a presença de hemorragias na cavidade abdominal dos animais E7 e diferenças na coloração e consistência dos mesmos, mostraram diferenças em níveis de GSH, podendo indicar hepatotoxicidade. As AgNPs na ausência de ativação metabólica não apresentaram mutagenicidade a nenhuma cepa. Entretanto, quando ativados metabolicamente elas mostraram-se mutagênicas nas cepas TA98 e TA100. O veneno de Bjssu, na ausência do sistema de metabolização mostrou-se mutagênico à cepa TA100. Quando acrescentou-se o sistema de metabolização mostrou-se mutagênico em todas as cepas. Na mistura, na ausência de ativação metabólica, não foram mutagênicos a nenhuma cepa. Entretanto, quando ativados metabolicamente elas mostraram-se mutagênicas nas cepas TA97a e TA98. Conclusão: Os resultados obtidos mostraram que as AgNPs foram eficazes contra o bloqueio neuromuscular, mas não contra o efeito miotóxico, induzidos pelo veneno de Bjssu; não apresentou vantagens no processo de cicatrização da lesão causada por queimadura de segundo grau comparativamente ao soro fisiológico, ao final de 28 dias. Para o teste de Ames, os resultados em conjunto mostram que as AgNPs atenuam in vitro o efeito mutagênico do veneno.