Navegando por Assunto "Saúde pública"
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- DissertaçãoPerfil de utilização de antimicrobianos em usuários do Sistema Único de Saúde de uma cidade do interior paulista(2011) Barreto, Reges Evandro TeruelA utilização inadequada de medicamentos é hoje, um grave problema de saúde pública em todo o mundo. O alto índice de prescrições contendo antimicrobianos é cada vez mais alarmante e persistente, intensificando muito os erros das prescrições, com conseqüente aumento nos níveis de resistência bacteriana. Erro de diagnóstico e posologia, ausência de padronização e de utilização dos protocolos estão entre os principais problemas na utilização desses medicamentos. Medidas de controle e conhecimento dos padrões de prescrição estão entre as ações preconizadas pela Organização Mundial da Saúde para o controle da resistência bacteriana. Em vista disso, o objetivo desse estudo foi avaliar o perfil de prescrição e uso de antimicrobianos no âmbito do Sistema Único de Saúde na cidade de Fernandópolis - SP. O método utilizado foi a pesquisa exploratória, através de entrevistas padronizadas a partir de um questionário estruturado, com questões abertas e fechadas em três Unidades de Saúde Municipal. Foram realizadas 400 entrevistas e os resultados evidenciaram uma população com perfil predominante do gênero feminino, com nível de escolaridade mediano. Relativamente ao uso de antimicrobianos, entre os mais prescritos estão a amoxicilina com 40,7 %, seguido pela cefalexina com 27,6 % e o ciprofloxacino com 10,3 %. Em relação às prescrições, cerca de 20 % dos pacientes não conseguem absorver qualquer informação, e apenas 2,5 % recebem informações sobre possíveis efeitos adversos. Encontrou-se ainda, no presente estudo muitas utilizações consideradas inadequadas, como utilização em doenças de etiologia viral. A ausência de protocolos e a grande variação da farmacoterapia, também foram evidenciados no presente estudo. Os dados encontrados sugerem que o uso dessa classe de medicamentos ainda é feita de maneira empírica e sem controle, na “contramão” das preconizações dos órgãos regulamentadores nacionais e mundiais.
- DissertaçãoPreparação de pão fortificado para tratamento da deficiência de ferro e prevenção da anemia ferropriva em crianças com idade pré-escolar: caracterização do quelato peptídeo-ferro, avaliação do teor de ferro e análise sensorial(2012) Takeda, TatianeA Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica a anemia ferropriva como um dos maiores problemas de saúde pública existente no mundo. O Brasil é citado como o quarto país com maior taxa de anemia em crianças pré-escolares, mostrando a preocupante taxa de 54,9% das crianças afetadas por esta doença. Essa grave carência nutricional acarreta consequências negativas sobre o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças, além das co-morbidades como propensão a doenças infecciosas. Desta forma, a fortificação alimentar é uma importante estratégia no combate e prevenção a anemia ferropriva, e a sua eficácia depende da seleção adequada do alimento a ser fortificado. O pão é um alimento que vem sendo utilizado em estudos de enriquecimentos com minerais e outros nutrientes, por tratar-se de um alimento bastante difundido e uma das principais fontes calóricas de muitos países. A análise sensorial é uma das ferramentas mais utilizadas na avaliação da aceitabilidade de alimentos fortificados. O objetivo deste trabalho foi preparar pães fortificados com ferro quelado a peptídeo da caseína, e avaliar a aceitação dos pães fortificados em um grupo de crianças em idade préescolar. O teor de ferro presente no quelato peptídeo-ferro e nos pães fortificados foi determinado utilizando espectroscopia de fluorescência de raio X. O quelato peptídeo ferro foi caracterizado utilizando espectroscopia de infravermelho, espectroscopia por difração de raios-X e calorimetria exploratória diferencial. Para avaliar a aceitação dos pães junto a um grupo de crianças em idade pré-escolar foi utilizado o modelo de teste de aceitabilidade sugerido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento na Educação (FNDE) por meio de escala hedônica facial de cinco pontos. O teor de ferro no quelato foi 145,629 mg/g. O teor de ferro nos pães de leite sem e com quelato 6g, 9g e temperado foi respectivamente, 0,342; 4,592; 6,254 e 5,915 mg/g de amostra. O resultado do estudo por espectroscopia de infravermelho, e difração de raios X e calorimetria exploratória diferencial mostrou que o elemento ferro está quelado ao peptídeo da caseína. Os pães fortificados com ferro quelado a peptídeos da caseína foram obtidos em escala piloto e a tecnologia desenvolvida está pronta para ser transferida para panificadoras públicas ou privadas. A aceitação do pão fortificado pelas crianças foi plenamente satisfatória, indicando que este produto poderia ser incluído na merenda escolar para crianças nesta faixa etária.