Navegando por Assunto "Solos - Poluição"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
- DissertaçãoAvaliação da capacidade de sorção do 17a-etinilestradiol no solo(2018) Oliveira, Renan Angrizani deO 17α-etinilestradiol (EE2) é um medicamento amplamente utilizado que age como desregulador endócrino e mesmo em baixas concentrações, quando encontrados no ambiente, ocasionam diversos danos aos organismos. Um dos fatores de maior relevância para o entendimento dos mecanismos de degradação e transporte do EE2 em solo é por meio de estudos de sorção. Portanto, o objetivo deste trabalho foi investigar a capacidade de sorção do EE2 no solo coletado de região de mata em Sorocaba-SP. As amostras de solo foram coletadas nas dependências da Universidade de Sorocaba (Uniso), devido ao conhecimento prévio de uso e ocupação da área e destinadas a Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), para realização das análises físicoquímicas para caracterização do solo. Realizou-se então o teste de ponto de carga zero (PCZ), utilizando o método adaptado do modelo de 11 pontos. Foram então, realizados ensaios de cinética, variando os tempos de retirada das amostras com concentração de EE2 fixas, enquanto que, para os ensaios das isotermas, variaramse as concentrações e manteve o tempo de contato fixo. Estudou-se o comportamento do EE2 em leito fixo com densidade de 2,12 g cm3 de solo, para a obtenção da curva de ruptura. As concentrações finais de EE2 obtidas nos experimentos foram quantificadas por cromatografia liquida de alta eficiência e os tratamentos dos dados realizados a partir de testes de modelagem matemática presentes na literatura consultada. O solo em estudo, apresentou textura média, sendo predominantemente arenosa e argilosa, e os valores das análises químicas encontrados classificados como alto e médio, entretanto, somente o parâmetro de pH foi considerado baixo. O PCZ obtido de 5,57 indica uma adsorção favorável ao EE2 que apresentou pH médio de 5,73. A cinética da adsorção demonstrou que o tempo de equilíbrio para o EE2 em contato com o solo é de 12 h. A isoterma da adsorção apresentou valores referentes a uma adsorção favorável e ajustável ao modelo de isoterma de Sips, e estimou a capacidade máxima de adsorção de 1536 mgEE2 kgsolo-1. A curva de ruptura, foi definida em 40 min. Conclui-se no estudo, que o solo possui afinidade com o EE2, e pode evitar a contaminação de lençóis freáticos.
- DissertaçãoBiorremediação de solo e água contaminados por solventes aromáticos provenientes de combustíveis(2019) Salmazo, Paulo SergioOs compostos aromáticos são muito utilizados nas indústrias químicas e petroquímicas, sendo os mais aplicados: benzeno, tolueno, etilbenzeno e xileno (BTEX). Esses compostos contaminantes trazem sérios prejuízos à saúde, podendo afetar o sistema nervoso central, além de serem carcinogênicos. Segundo levantamento da CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo em 2018, o estado de São Paulo possuía 6.110 áreas cadastradas (contaminadas e reabilitadas), contendo 14.592 contaminantes, sendo 4.176 solventes aromáticos (BTEX) e 4.593 combustíveis automotivos (contendo BTEX). Neste mesmo levantamento, a cidade de Sorocaba, possuía 52 áreas contaminadas contendo 119 contaminantes; sendo que 31 deles referem-se aos BTEX. A biorremediação vem sendo aplicada como alternativa sustentável para o tratamento de áreas contaminadas por petróleo e seus derivados, possibilitando menor custo. Por esta razão, o objetivo deste trabalho foi a utilização de componentes de origem microbiana aplicados na descontaminação das áreas contaminadas por BTEX. Para tanto, foi desenvolvido em laboratório o cultivo padrão da bactéria Bacillus subtilis em meio de cultura Tryptone Soy Broth (TSB). O cultivo foi conduzido em agitador a 150 rpm/ 25 ºC/ 24, 48, 72 e 96 horas/ pH 7. O sobrenadante obtido foi separado e submetido à análise de produção do biossurfactante. A biorremediação foi analisada com contaminação controlada utilizando gasolina e óleo diesel, tanto em água quanto em solo. A capacidade de produção do biossurfactante e biorremediação foi observada através de Espectroscopia de Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR) e de Cromatografia gasosa. Os resultados mostraram a capacidade emulsificante do biosurfactante produzido, confirmando a aptidão da bactéria em produzir o biossurfactante. Com relação à degradação da gasolina e do óleo diesel, em meio líquido, e concomitante à produção do biossurfactante, foi verificada a capacidade do microrganismo degradar os compostos e produzir o biosurfactante. As análises em solo mostram que o microrganismo é capaz de degradar os BTEX. A biorremediação, utilizando microrganismos, pode ser uma alternativa eficiente, econômica e versátil para a remoção dos BTEX e ainda para obter subprodutos para controlar ou degradar esses poluentes e restabelecer o equilíbrio ecológico.