Avaliação do perfil bioquímico e estresse oxidativo em ratos infartados submetidos a implante de biomateriais
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Resumo / Abstract
As doenças cardíacas isquêmicas são responsáveis por boa parte de todas as mortes no mundo. O infarto agudo do miocárdio (IAM) é um evento crítico para geração excessiva de Espécies Reativas de Oxigênio (EROs) e Espécies Reativas de Nitrogênio (ERNs) e resulta no quadro de estresse oxidativo. O tratamento para o IAM é baseado em medicamentos e na necessidade de rápido restabelecimento do fluxo sanguíneo. O uso de scaffolds têm recebido grande atenção por sua capacidade de fornecer suporte para o crescimento celular, apresentando uma alternativa para regeneração ou melhora do remodelamento miocárdico após IAM. Entretanto, a segurança no uso de novos dispositivos precisa ser investigada. O objetivo do trabalho foi avaliar a segurança do implante de patches de biomateriais na melhora da função do músculo cardíaco infartado. Para o estudo, ratos machos Wistar (n = 10/grupo) foram submetidos a indução do IAM e duas semanas após, scaffolds 1 (com colágeno-quitosana-fibroína) e scaffolds 2 (com colágeno-fibroína+polianilina) foram implantados sobre o epicárdio infartado na forma de patches, e o sangue foi coletado (T1). Os animais foram monitorados por dois meses, quando ocorreu a eutanásia, nova coleta de sangue (T2) e retirada do fígado, rim. Análises bioquímicas, hematológicas e histológicas foram realizadas. Dentre os resultados obtidos, destaca-se a ausência de danos cardíacos associados aos scaffolds quando analisados Creatina-quinase porção (CK-MB), lactato desidrogenase (LDH) e Troponina I. O scaffold 2 apresentou aumento nas transaminases hepáticas e nas enzimas antioxidantes. Quando ao perfil hematológico, ambos scaffolds se mostraram seguros. Assim, sugere-se que o scaffold 2 poderia desencadear sinais de hepatotoxicidade e ainda efeito próoxidante. Esses resultados ressaltam a importância dos estudos de segurança in vivo antes da aplicação destes dispositivos