Repositório Institucional da UNISO
 

Segurança no uso de medicamentos por pacientes com doença de Alzheimer: usuários da farmácia de medicamentos especializados do Município de Sorocaba

dc.contributor.advisorBergamaschi, Cristiane de Cássia
dc.contributor.advisorLopes, Luciane Cruz
dc.contributor.authorFerreira, Tânia Regina
dc.date.accessioned2023-05-09T20:58:20Z
dc.date.available2023-05-09T20:58:20Z
dc.date.issued2019
dc.description.abstractA doença de Alzheimer é o tipo de demência mais comum e apesar de poder atingir pessoas adultas em qualquer idade, a maioria são idosos. Devido ao crescente aumento do número desta população, esta doença é considerada problema de saúde pública mundial. Os idosos são o grupo que mais consome medicamentos o que pode ocasionar aumento do número de reação adversa aos medicamentos (RAM) e de prescrições inapropriadas, com consequente prejuízo para a sua saúde. Dados nacionais relacionados à segurança do tratamento medicamentoso da doença de Alzheimer não foram encontrados na literatura pesquisada. Esta tese teve por objetivo analisar a segurança no uso de medicamentos prescritos para pessoas com doença de Alzheimer, usuários da Farmácia de Medicamentos Especializados (FME) do município de Sorocaba, estado de São Paulo, a fim de: i) determinar a prevalência e a gravidade de reações adversas autorreferidas aos medicamentos prescritos para o tratamento da doença de Alzheimer, em específico aos anticolinesterásicos (donepezila, galantamina, rivastigmina) e o antagonista dos receptores N-metil-D-aspartato (memantina) (artigo 1); e ii) determinar a prevalência de medicamentos e de prescrições potencialmente inapropriados nos idosos com doença de Alzheimer, bem como descrevê-los (artigo 2). Neste estudo de desenho transversal, as informações a respeito do número de pacientes com cadastro ativo para a retirada dos medicamentos para o tratamento da doença de Alzheimer foram coletadas do sistema informatizado MEDEX, no período entre dezembro e abril de 2017. No período entre junho e setembro de 2017 ocorreram as entrevistas com os pacientes e/ou os seus responsáveis, a fim de coletar os desfechos: prevalência de reações adversas autorreferidas aos medicamentos donepezila, galantamina, rivastigmina e memantina; caracterização das RAM em relação à frequência de acometimento e gravidade (artigo 1); prevalência de prescrições potencialmente inapropriadas (PPI) de acordo com os critérios de Beers 2019; prevalência de medicamentos potencialmente inapropriados (MPI) segundo as classes terapêuticas; e prevalência de MPI que devem ser evitados em idosos (artigo 2). Encontrou-se uma população de 285 pessoas com doença de Alzheimer cadastradas no sistema MEDEX. No artigo 1 “Frequência e gravidade das reações adversas medicamentosas prescritas para a doença de Alzheimer no Brasil: estudo transversal”, 250 (88,4%) pessoas foram entrevistadas e participaram do estudo. Desta amostra, houve predomínio de mulheres (63,1%), faixa etária de 75 anos ou mais (70,3%), com comorbidades (70,3%) e que não faziam uso de polifarmácia (63,0%). A presença de pelo menos uma RAM foi observada em 209 (83,6%) pacientes (933 relatos de RAM), sendo 41,6% para donepezila, 21,5% para galantamina, 13,8% para rivastigmina e 4,3% para memantina. Os efeitos adversos mais prevalentes estiveram associados ao sistema nervoso central e foram caracterizados de comum frequência (57,1%) e gravidade leve (89,0%). Seis pacientes foram hospitalizados, em maioria, devido ao uso da galantamina. No artigo 2 “Prescrições potencialmente inapropriadas para idosos com doença de Alzheimer: estudo transversal”, de um total de 237 idosos, 234 atenderam aos critérios de elegibilidade e participaram do estudo que verificou a prevalência de PPI. Das 234 prescrições avaliadas (uma prescrição/idoso), 66,7% (n=156) era inapropriada. Esta população caracterizou-se também por mulheres (62,2%), com 75 anos ou mais (76,8%) e que não faziam uso de polifarmácia (38,5%). Dos 1.073 medicamentos prescritos, 30,5% (n=327) era MPI, sendo pertencentes principalmente ao sistema nervoso central e ao aparelho cardiovascular; com destaque para quetiapina (12,8%) e ácido acetilsalicílico (11,6%), respectivamente. Em torno de 45,2% dos MPI deveriam ser evitados em idosos, com destaque para a sertralina (14,2%). Observou-se número elevado de relatos de RAM relacionados aos medicamentos prescritos para o tratamento da doença de Alzheimer bem como de PPI, demonstrando a necessidade de intervenções que melhorem aspectos relacionados à segurança do uso de medicamentos por esta população. Os achados deste estudo podem contribuir para o profissional de saúde na melhoria dos cuidados relacionados à segurança do uso de medicamentos para o tratamento da doença de Alzheimer.por
dc.description.abstractAlzheimer's disease is the most common type of dementia and although it can effect adults at any age, the majority are elderly. Due to the increasing number of this population, this disease is considered a worldwide public health problem. The elderly are the most drug-consuming group which can lead to an increase in the number of adverse drug reactions (ADRs) and inappropriate prescriptions, with consequent damage to their health. National data related to the safety of drug treatment of Alzheimer's disease have not been found in the literature researched. This study analyzed the safety in the use of medications prescribed for patients with Alzheimer's disease users of the Pharmacy of Specialized Medicines (PSM), Sorocaba city, State of São Paulo, in order to: i) determine the prevalence and severity of self-reported ADRs to medications prescribed for Alzheimer‘s disease, especially cholinesterase inhibitors (donepezil, gabapentin and rivastigmine) and the N-methyl-D-aspartate receptor antagonist (memantine) (article 1); and ii) determine the prevalence of medications and potentially inappropriate prescription (PIP) in elderly with Alzheimer's disease (article 2). In this cross-sectional study, information about the number of patients with active register for collecting drugs for the treatment of Alzheimer's diseas, were gathered from MEDEX computerized system, in the period from December to April 2017. During the months between June and September 2017 there were interviews with patients and/or their caregivers in order to collect the outcomes: prevalence of self-reported ADRs to donepezil, gabapentin, rivastigmine and memantine; characterization of ADRs in relation to the frequency of accompaniment and severity; prevalence of potentially inappropriate prescribing (PIP) according to the Beers criteria 2019; prevalence of potentially inappropriate medication (PIM) according to therapeutic classes, and the prevalence of PIM that should be avoided in the elderly. A population of 285 people with Alzheimer's disease registered in the MEDEX system was found. In the article 1 “Frequency and severity of adverse drug reactions to medications prescribed for Alzheimer’s disease in a Brazilian city: cross-sectional study”, 250 (88.4%) people were interviewed and participated in the study. Among the participants, there was a predominance of women (63.1%), with age higher or equal to 75 years (70.3%), comorbidities (70.3%) and no polypharmacy (63.0%). The presence of at least one ADR was observed in 209 (83.6%) patients (933 reports of ADR), 41.6% for donepezil, 21.5% for galantamine, 13.8% for rivastigmine and 4.3% for memantine. The most prevalent ADR were associated with the central nervous system and were characterized by common frequency (57.1%) and mild severity (89.0%). Six patients were hospitalized, mainly due to the use of galantamine. In the article 2 “Potentially inappropriate prescribing for elderly with Alzheimer’s disease: cross-sectional study”, of the total 237 elderly, 234 met the eligibility criteria and participated in the study that verified the prevalence of PIP. Of the 234 prescriptions evaluated (one prescription/elderly), 66.7% (n=156) was inappropriate. This population was also characterized by women (62.2%), with age higher ou equal to 75 years (76.8%) and that did not use polypharmacy (38.5%). Of the 1,073 drugs prescribed, 30.5% (n=327) were PIM, mainly belonging to the central nervous system and cardiovascular system, with emphasis on quetiapine (12.8%) and acetylsalicylic acid (11.6%). About 45.2% of PIM should be avoided in the elderly, mainly sertraline (14.2%). It was observed a high number of reports of ADR associated with the medication prescribed for the treatment of Alzheimer's disease as well as PIP, demonstrating the need for interventions that improve aspects related to the safety of medication use by this population. The findings of this study may contribute to the health professional in improving care related to the safety of medication use for the treatment of Alzheimer's disease.eng
dc.identifier.urihttps://repositorio.uniso.br/handle/uniso/947
dc.subjectAlzheimer, Doença de
dc.subjectMedicamentos - Efeitos colaterais
dc.subjectMedicamentos - Prescrição
dc.subjectMedicamentos - Administração
dc.titleSegurança no uso de medicamentos por pacientes com doença de Alzheimer: usuários da farmácia de medicamentos especializados do Município de Sorocaba
dc.typeTese
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