Repositório Institucional da UNISO
 

Estudo biomonitorado de compostos isolados da planta Dipteryx alata Vogel contra venenos ofídicos

dc.contributor.advisorOshima-Franco, Yoko
dc.contributor.authorFerraz, Miriéle Cristina
dc.date.accessioned2023-05-09T20:54:45Z
dc.date.available2023-05-09T20:54:45Z
dc.date.issued2013
dc.description.abstractEm estudos prévios, o extrato seco de cascas da planta Dipteryx alata Vogel impediu o bloqueio neuromuscular induzido pelo veneno de Bothrops jararacussu (VBjssu), mas não de Crotalus durissus terrificus (VCdt). Posteriormente, foram isolados e elucidados estruturalmente 18 fitoquímicos da planta. Neste estudo, foram biomonitorados 8 desses fitoquímicos, classificados como triterpenóides, ácidos fenólicos e flavonóides, contra a irreversível paralisia nervo-músculo induzida pelos venenos VBjssu e VCdt. Os registros miográficos dos diferentes protocolos experimentais foram obtidos através de técnica miográfica convencional, utilizandose preparações nervo frênico-diafragma de camundongos (ex vivo) ou preparações nervo ciático poplíteo externo-tibial anterior de ratos (in situ). Assumiu-se que o protocolo experimental resultante de ensaios ex vivo de neutralização (incubação prévia de veneno e fitoquímico) de maior eficácia, comparativamente à neutralização dos venenos pelo antiveneno botrópico comercial (AVB), seria posteriormente ensaiado in situ com o veneno mais sensível aos fitoquímicos. Os ensaios in situ tiveram como referência o antiveneno botrópico administrado intravenosamente. A miotoxicidade foi avaliada através de microscopia óptica de preparações resultantes dos bioensaios ex vivo. Os resultados ex vivo obtidos mostraram que o bloqueio característico induzido por VBjssu foi impedido: a) quando pré-incubado com os triterpenóides: Lupeol, Betulina, Lupenona e 28-OH-Lupenona, que ao final de 120 minutos tiveram a resposta aumentada para 70,1% ± 7,9 (n=5); 68,3% ± 7,0 (n=11); 45,2% ± 9,4 (n=7); 54,3% ± 5,4 (n=4), respectivamente; b) quando pré-incubado com os ácidos fenólicos: Ácido Vanílico, Vanilina e Ácido Protocatecuico para 53,9% ± 3,1 (n=4); 27,9% ± 1,8 (n=4); 23,6% ± 3,6 (n=4), respectivamente; c) quando préincubado com 3’,7,8-Trihidroxi-4’-metoxiisoflavona para 83,8% ± 5,0 (n=4); e d) comparativamente ao AVB 72,6% ± 3,4 (n=4), não havendo diferença significativa do tratamento com a Betulina em relação ao AVB. Para o bloqueio característico induzido por VCdt, a resposta foi aumentada significativamente (p<0,05) e ao final de 120 min. encontraram-se 39,5% ± 8,9 (n=9) e 49,5% ± 8,1 (n=4) de fibras que respondiam ao estímulo indireto quando pré-incubadas com Betulina e Lupenona, respectivamente, mas não quando incubadas com Lupeol (n = 6) e 28-OH- 16 Lupenona (n = 4). A média da quantificação do dano morfológico (n=3, cada protocolo) mostrou que o VBjssu provocou lesões de 50,27% ± 5,4, que passaram para níveis de 18% ± 2,4 e 24% ± 3,7 quando tratadas com Betulina e Lupeol, sendo que estes sozinhos induziram danos de 16% ± 1 e 13,0% ± 2,6, respectivamente. Já os níveis de lesões ocasionados por VCdt foram de 43,9% ± 4,1, que passaram para níveis de 13,0% ± 2,6 e 27% ± 3,2, quando tratadas com a Betulina e a Lupenona, sendo que estes sozinhos induziram danos de 16% ± 1 e 22% ± 3, respectivamente. Os resultados da resposta contrátil obtidos in situ frente à incubação com VBjssu (40 μg/mL, 120 min) foram de 73,25% ± 1,68 (n=4) e aumentada para 92,23% ± 0,45 (n=4), com AVB administrado intravenosamente. Conclui-se que em modelo ex vivo, dentre os ácidos fenólicos, o Ácido Vanílico foi o que apresentou melhor capacidade neutralizante contra o efeito bloqueador induzido pelo veneno VBjssu, assim como o flavonóide - 3',7,8-Trihidroxi-4'-metoxi-isoflavona e o triterpenóide Betulina. Este fitoquímico foi o mais investigado neste estudo, pois protegeu contra os efeitos miotóxicos e neurotóxicos de ambos os venenos, sendo indicado para estudos futuros em modelo in situ, administrado intraperitoneal ou intravenosamente após a injeção intramuscular dos venenos, em modelo simulado de acidente ofídico.por
dc.description.abstractPreviously, the dry extract from Dipteryx alata Vogel barks prevented against the neuromuscular blockade induced by Bothrops jararacussu (VBjssu), but not against Crotalus durissus terrificus (VCdt). Later, 18 phytochemicals from hydroalcoholic extract were isolated and structurally elucidated. In this study, 8 of them classified as triterpenoids, flavonoids and phenolic acids were biomonitored against nerve-muscle paralysis induced by VBjssu and VCdt venoms. The miographic registers were obtained by a conventional myoghraphic technique using mouse phrenic nerve-diaphragm preparations (ex vivo) or rat popliteal external nerve/ anterior tibialis muscle (in situ). It was assumed that the more efficacious experimental protocol resulting from ex vivo neutralization assays (preincubation of venom plus phytochemical) comparatively to commercial bothropic antivenom (BAV), it would be, later, assayed in situ with the most sensitive venom to the phytochemicals. The in situ assays had BAV administered intravenously as reference. The myotoxicity was evaluated by light microscopy in preparations submitted to ex vivo bioassays. The ex vivo results showed that the characteristic paralysis induced by VBjssu was stopped and at the end of 120 minutes the response was increased to: a) 70.1% ± 7.9 (n=5) 68.3% ± 7.0 (n=11); 45.2% ± 9.4 (n=7) 54.3% ± 5.4 (n=4), when preincubated with triterpenoids: Lupeol, Betulin, Lupenone and 28-OH-Lupenone respectively; b) to 53, 9% ± 3.1 (n=4) 27.9% ± 1.8 (n=4) 23.6%± 3.6 (n=4), when preincubated with the phenolic acids: Acid Vanillinic, Vanillin and Protocatechuic Acid, respectively; c) to 83.8% ± 5.0 (n=4) when preincubated with 3',7,8-Trihydroxy-4'-methoxyisoflavone; and d) comparatively to BAV 72.6% ± 3.4 (n=4), with no statistically difference with betulin treatment. When preparations were submitted to VCdt, which also causes irreversible paralysis, the response was significantly increased (p<0.05) and at the end of 120 min were found 39.5% ± 8.9 (n=9) and 49.5% ± 8 1 (n=4) of functioning fibers when preincubated with Betulin and Lupenone, respectively, but not with Lupeol (n=6) and 28-OHLupenone (n=4). The average measurement of morphological damage (n=3, each protocol) showed that the lesions caused VBjssu 50.27% ± 5.4 decreased to 18% ± 2.4 and 24% ± 3.7 levels, when treated with Betulin and Lupeol, and these alone 18 induced damages of 16% ± 1 and 13.0% ± 2.6, respectively. VCdt caused 43.9% ± 4.1 of cell damage, which decreased to 13.0% ± 2.6 and 27% ± 3.2 when treated with Betulin and Lupenone, which in turn induced damages of 16% ± 1 and 22% ± 3, respectively. The in situ incubation with Bjssu (40 µg/mL, 120 min) resulted in 73.25% ± 1.68 (n=4) of operational fibers and increased to 92.23% ± 0.45 (n=4) with BAV intravenously administered. It is concluded that among the phenolic acids, the Vanillinic Acid was the better phytochemical in neutralizing the blocking effect induced by Bothrops jararacussu in ex vivo model, whereas among the flavonoids and triterpenoids were, respectively, 3',7,8-Trihydroxy-4'-Dimethoxyisoflavone and Betulin. This phytochemical was the most investigated in this study since it protected against neurotoxic and myotoxic effects of VBjssu and VCdt exposed to ex vivo neuromuscular preparations, being indicated to future studies in situ, intraperitoneous or intravenously administered after intramuscular injection of the venoms, in a simulated model of ophidian accident.eng
dc.identifier.urihttps://repositorio.uniso.br/handle/uniso/589
dc.subjectPlantas medicinais
dc.subjectFitoquímicos
dc.subjectNeurofarmacologia
dc.subjectCobra venenosa - Veneno
dc.titleEstudo biomonitorado de compostos isolados da planta Dipteryx alata Vogel contra venenos ofídicos
dc.typeDissertação
dspace.entity.typePublication
local.rightsOpen Access

Arquivos

Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
91064.pdf
Tamanho:
3.06 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format