Controle de medicamentos antimicrobianos no Brasil: repercussões sobre farmácias e drogarias
dc.contributor.advisor | Barberato Filho, Silvio | |
dc.contributor.author | Lopes Júnior, Rogério | |
dc.date.accessioned | 2023-05-09T20:54:17Z | |
dc.date.available | 2023-05-09T20:54:17Z | |
dc.date.issued | 2011 | |
dc.description.abstract | A falta de fiscalização e de aplicação efetiva de controles sobre a venda e o uso de antimicrobianos é citada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a principal causa da crescente resistência aos microrganismos. Para minimizar as consequências deste grave problema de saúde pública, vários países têm aprimorado a regulação da prescrição e dispensação de antimicrobianos. No Brasil, medidas de controle foram adotadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, com a publicação da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 44, de 26 de outubro de 2010. O objetivo deste trabalho foi avaliar as repercussões do controle de medicamentos antimicrobianos em farmácias e drogarias. Trata-se de estudo observacional, longitudinal, descritivo do comércio de antibacterianos. A unidade de análise foi o estabelecimento farmacêutico integrado ao Sistema Acode da Federação Brasileira das Redes Associativas de Farmácias (Febrafar), que sistematiza informações sobre os medicamentos adquiridos por cerca de 3.000 farmácias e drogarias (4,5% do total de farmácias e drogarias no Brasil), estabelecidas em aproximadamente 1.500 municípios e no Distrito Federal (27% do total de municípios do Brasil). Foram analisadas informações referentes a 28 antibacterianos isolados e quatro combinações em dose fixa, no período entre junho de 2009 e maio de 2011 (18 meses que precederam a implantação do controle de antimicrobianos no Brasil e 6 meses posteriores). Observou-se redução no número de unidades de antibacterianos adquiridas pelos estabelecimentos farmacêuticos em todas as classes analisadas. Os antibacterianos que sofreram maior redução no número de unidades adquiridas foram tetraciclina (39%), azitromicina (33%), amoxicilina (32%), lincomicina (26%) e a combinação em dose fixa sulfametoxazol + trimetoprima (25%). Poucos fármacos apresentaram crescimento no número de unidades adquiridas: benzilpenicilina benzatina; cefadroxila; cefalexina; ceftriaxona; ciprofloxacino; clindamicina; minociclina; oxitetraciclina e tianfenicol. Acredita-se que o pequeno aumento observado (de 1,6 a 14%) possa decorrer da combinação de dois fatores: crescimento de mercado e maior volume de venda sob prescrição. Mesmo considerando o curto período acompanhado após a adoção das novas medidas de controle, a redução do número de unidades adquiridas pelos estabelecimentos farmacêuticos corrobora a expectativa de sucesso desta política, contribuindo para o aumento da racionalidade do uso de antimicrobianos no Brasil. | pt |
dc.description.abstract | According to the World Health Organization (WHO), the insufficient supervision and the ineffective application of controls over antimicrobial sales and use are regarded as the main reasons for microorganism growing resistance. In order to minimize the consequences of this serious public health problem, many countries have improved regulations for prescribing and dispensing antimicrobials. In Brazil, measures have been adopted by the National Health Surveillance Agency, by publishing the Collegiate Board Resolution (RDC) number 44, dated October 26, 2010. The goal of this paper was to evaluate the repercussions of antimicrobials control in drugstores. It comprises an descriptive, longitudinal, observational study of antibacterial trading. The unit of analysis was the pharmaceutical establishment integrated to the Acode System of the Brazilian Federation of Drugstore Associative Networks (Febrafar). Febrafar systematizes information about medicines purchased by about 3,000 drugstores (4.5% of drugstores in Brazil), established in nearly 1,500 cities and in Distrito Federal (27% of Brazilian cities). We analyzed information regarding 28 isolate antibacterials and four fixed-dose combinations from June 2009 to May 2011 (18 months before and six months after the implementation of antimicrobial control in Brazil). There was a reduction in the number of antibacterial units purchased by the pharmaceutical establishments in all classes analyzed. The antibacterials suffering the biggest decrease in the number of units purchased were tetracycline (39%), azithromycin (33%), amoxicillin (32%), lincomycin (26%) and fixed-dose combinations of trimethoprim-sulfamethoxazole (25%). Few drugs increased in the number of units purchased: benzathine benzylpenicillin; cefadroxil; cefalexin; ceftriaxone; ciprofloxacin; oxytetracycline; minocycline and thiamphenicol; clindamycin. We believe that the small increase observed (1.6 to 14%) may have resulted from the combination of two factors: market growth and higher sales volume prescription. Even considering the short follow-up period after the adoption of new control measures, the reduction in the number of units purchased by pharmaceutical establishments have corroborated the expectation that this policy was to be successful. This way, control measures have contributed to increased rationality in the use of antimicrobial agents in Brazil. | en |
dc.identifier.uri | https://repositorio.uniso.br/handle/uniso/520 | |
dc.subject | Antibióticos | |
dc.subject | Medicamentos - Administração | |
dc.subject | Política farmacêutica - Brasil | |
dc.subject | Medicamentos - Legislação | |
dc.title | Controle de medicamentos antimicrobianos no Brasil: repercussões sobre farmácias e drogarias | |
dc.type | Dissertação | |
dspace.entity.type | Publication | |
local.rights | Open Access |
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