Revisão sistemática: potencial terapêutico da n-acetilcisteína no controle da Xylella fastidiosa em oliveiras

O aumento da demanda global por azeite de oliva, especialmente em mercados emergentes como o Brasil, enfrenta sérios desafios devido a fatores climáticos e biológicos. Um dos maiores riscos é a infecção por Xylella fastidiosa, uma bactéria altamente patogênica que causa doenças devastadoras em oliveiras, resultando em perdas significativas na produção. Regiões chave, como Puglia, na Itália, e Andaluzia, na Espanha, já experimentam consequências econômicas alarmantes devido à disseminação dessa bactéria, que obstrui o sistema vascular das plantas e provoca necrose e morte das oliveiras. A infecção por Xylella fastidiosa é caracterizada pela formação de biofilmes que comprometem o transporte de água e nutrientes essenciais, levando à degradação da planta e ao declínio da qualidade do azeite. Esse cenário crítico não só impacta os agricultores, mas também afeta toda a cadeia produtiva e o mercado global de azeite. Neste contexto, a N-acetilcisteína (NAC) emerge como uma alternativa terapêutica inovadora. Estudos recentes sugerem que a NAC pode inibir a formação de biofilmes bacterianos e promover sua remoção, possibilitando a recuperação parcial da funcionalidade das plantas infectadas. Esta revisão sistemática tem como objetivo analisar a eficácia terapêutica da NAC no controle da Xylella fastidiosa em oliveiras, sintetizando as evidências científicas disponíveis. Esta pesquisa examina os impactos da infecção na indústria do azeite e avalia o potencial da NAC como uma solução sustentável para mitigar os danos causados pela infecção, contribuindo para a saúde das oliveiras e a revitalização das produções de azeite em regiões afetadas.