Revestimento comestível com bacteriófagos para biocontrole em queijos minas meia cura
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Resumo / Abstract
INTRODUÇÃO: O emprego de revestimentos e/ou filmes comestíveis obtidos por polímeros naturais tem sido usado para melhorar a segurança e a qualidade dos alimentos. Os revestimentos comestíveis permitem ainda a adição de antimicrobianos, corantes, aromas, nutrientes, especiarias, etc. Neste sentido, a incorporação de bacteriófagos líticos para o biocontrole de patógenos pode ser interessante para a manutenção da qualidade microbiológica de alimentos. Os bacteriófagos são vírus que levam à lise celular podendo ser isolados do solo, da água, de efluentes, entre outros. O queijo Minas meia cura é um dos queijos mais populares do país, podendo ser fonte de microrganismos causadores de toxinfeções alimentares como a Salmonella enterica. OBJETIVOS: Desenvolver um revestimento comestível com bacteriófagos líticos para S. enterica visando biocontrole de queijos tipo Minas meia cura. MÉTODOS: As primeiras etapas foram propagação, purificação, titulação fágica e determinação da melhor relação da bactéria e fago ou da multiplicidade da infeção (MOI). A seguir, foi feita a preparação do revestimento por gelificação ionotrópica de alginato de sódio com incorporação das partículas fágicas para Salmonella enterica. O revestimento foi caracterizado por microscopia eletrônica de varredura (MEV), tomografia por transmissão de raios-X (XRT), espectrofotometria de infravermelho (FTIR), calorimetria diferencial de varredura (DSC), espectrofotometria de fluorescência de raios-X (XRF), propriedades mecânicas, determinação da atividade lítica dos fagos; e ensaio de citotoxicidade. RESULTADOS: O revestimento apresentou capacidade lítica contra S. enterica, adequadas propriedades físico-químicas e nula toxicidade. CONCLUSÃO: O revestimento desenvolvido apresentou características promissoras para o fim pretendido.