Doença de Kawasaki associada à vacina rota vírus em crianças: revisão sistemática e metanálise
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Resumo / Abstract
A vacinação contra o vírus Rotavírus é considerada medida efetiva na prevenção da gastroenterite, por reduzir internação e mortalidade causada por este vírus. No entanto, efeitos adversos graves podem ser causados devido ao seu uso, a exemplo da doença de Kawasaki. A evidência disponível a respeito deste efeito adverso não está descrita na literatura por meio de revisão sistemática. O objetivo deste estudo foi verificar a associação da doença de Kawasaki com o uso das vacinas Rotavírus em crianças por meio de uma revisão sistemática e metanálise. Os dados foram coletados de ensaios clínicos controlados e randomizados e de estudos observacionais buscados nas bases de dados: Medline, Embase, Cinahl, Scopus, Web of Science, Biblioteca Virtual da Saúde e Health Star, sem restrição de idioma e ano de publicação. Os desfechos medidos foram: a incidência de casos da doença de Kawasaki ligados às vacinas e a frequência da descontinuação do esquema de vacinação. Dois revisores de forma independente selecionaram os estudos e fizeram a extração dos dados. Os dados foram sumarizados pela incidência da doença a cada 100.000 vacinados e o risco relativo (RR), com intervalo de confiança de 95% (IC 95%). A metanálise de efeitos aleatórios foi realizada no programa estatístico STATA 14.2. Foram identificados 804 artigos, sendo 47 artigos potencialmente elegíveis e 11 estudos incluídos. A metanálise foi realizada com seis dos estudos, sendo a incidência de 24 casos de doença de Kawasaki a cada 100.000 crianças vacinadas contra o vírus Rotavírus (IC95%=11,98-48,26). Não houve diferença entre as vacinas em relação à incidência do efeito adverso, classificado como de frequência rara. O risco de ter a doença de Kawasaki no grupo de crianças que tomou a vacina não foi diferente em relação às crianças que não fizeram uso da vacina (RR=1,55 e IC95%=0,41-5,93), sendo a evidência de baixa qualidade. Os resultados indicam que as vacinas monovalente e pentavalente possuem baixa incidência de desenvolver a doença de Kawasaki. Diante disso, estudos com amostras maiores devem ser realizados para reforçar estes achados.