Estudo piloto operacional de pátio de compostagem de resíduos sólidos orgânicos para a Universidade de Sorocaba
Arquivos
Data
Tipo de documento
Curso
Assunto
Autor(es)
Título da Revista
ISSN da Revista
Título do Volume
Resumo / Abstract
A destinação de resíduos, baseada na Política Nacional do Meio Ambiente e em um Programa de Gestão de Resíduos que adota a política dos 5Rs, é uma ferramenta poderosa diante das situações vivenciadas na melhoria das condições atuais do planeta. A partir dos resíduos sólidos urbanos, os resíduos valorizados podem ser obtidos após tratamentos, como triagem ou compostagem, minimizando assim a produção de rejeitos dispostos em aterros. Este trabalho teve como objetivo desenvolver e executar um projeto-piloto operacional de um pátio de compostagem de resíduos sólidos orgânicos para a Universidade de Sorocaba. Para tanto, foram construídos para estudo três tipos de pilhas de compostagem (n=3) — especificamente, sem impermeabilização de solo e com impermeabilização com lona ou alvenaria —, seguindo os parâmetros estabelecidos pela equipe de pesquisa. Os resíduos sólidos domiciliares úmidos (RSDU) e os resíduos públicos (RPU) foram dispostos nas pilhas. Os indicadores de desempenho da compostagem adotados foram as concentrações de umidade, temperatura, nitrogênio e carbono. A média e o desvio padrão obtidos para o parâmetro umidade foram de 48 ± 3% para RPU e 89 ± 3% para RSDU, a massa específica seca de RSDU obtida ficou entre 8,5 e 13,1% e de RPU ficou entre 48,6 e 54,6%, nitrogênio no RPU foi 0,93% e RSDU foi 1,02%, o carbono total (COT) foi de 45,33% e 52,84% para RSDU e RPU, respectivamente. Os valores da temperatura central nas pilhas foram semelhantes nos diferentes tempos de amostragem. O custo de compostagem de uma pilha até o final da produção dos 3 produtos (3 meses) foi de R$ 1.292,87 para um volume de 6 m³ de resíduos. Um pátio piloto de compostagem foi implantado na Universidade de Sorocaba, comprovando a viabilidade de dar destinação adequada a parte dos resíduos sólidos gerados no Campus Cidade Universitária Prof. Aldo Vannucchi. Apesar do tempo e da temperatura de compostagem serem semelhantes entre os três tipos de pilhas, as pilhas com estrutura de alvenaria apresentaram vantagem quanto à captação de biofertilizante líquido (chorume). Do ponto de vista da investigação científica, foi interessante comparar os resultados das análises de temperatura e pH com a abundante literatura disponível. Porém, após estabelecido o processo de compostagem, seu monitoramento é desnecessário devido à microbiota presente na massa regular esses parâmetros, tornando o ambiente sustentável. A rega com água não foi necessária para manter o nível de umidade nas pilhas, acreditamos que devido às altas temperaturas do processo de compostagem, tenha promovido energia térmica, fazendo com que os resíduos usados liberassem a água que estava nelas. Na prática, estabelecer a periodicidade da aeração das pilhas mostrou-se essencial na promoção do processo de compostagem. Além disso, acreditamos que mesmo a baixa frequência das trocas realizadas para manter a oxigenação do meio tenha sido suficiente para manter a temperatura e a umidade ideais para a microbiota até a fase de maturação do composto. No que diz respeito à análise de custos, os dados apontam para a economia almejada, a redução de despesas e um pequeno passo para a resolução de problemas ambientais, como a poluição do solo e da água e a redução da vida útil dos aterros devido à disposição dos resíduos aqui estudados.