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Perfil sociodemográfico e clínico, qualidade de vida e funcionalidade de pessoas com transtorno mental desinstitucionalizadas usuárias do serviço residencial terapêutico da cidade de Sorocaba

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Data

2020

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Dissertação

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Resumo / Abstract

Introdução: Os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT) abrigam as pessoas com transtorno mental desinstitucionalizadas dos hospitais psiquiátricos que não possuem suporte familiar ou comunitário. Estes serviços possuem importante papel no processo de desinstitucionalização. Pessoas com transtorno mental podem adquirir incapacidades de longa duração, que acarretam prejuízos na funcionalidade e na qualidade de vida (QV). No Brasil, há pouca informação do perfil de usuários dos SRT e dados sistematizados sobre QV e funcionalidade, que possam subsidiar a melhor gestão destas pessoas, não foram encontrados. Objetivo: Caracterizar e verificar a associação entre o perfil sociodemográfico e clínico dos usuários dos SRT do município de Sorocaba e indicadores de qualidade de vida e funcionalidade. Método: Estudo transversal, realizado no período de julho de 2018 a julho de 2019, por meio de entrevistas nos SRT, utilizando os instrumentos WHOQOL-BREF (World Health Organization Quality of Life) para determinar a taxa de QV e o WHODAS 2.0 (World Health Organization Disability Assessment Schedule) para verificar o nível de funcionalidade e coleta de dados sociodemográficos e clínicos dos prontuários. Resultados: Apresentados em dois artigos. No primeiro artigo, de 359 usuários inicialmente registrados nas SRT, 245 participaram deste estudo. A maioria deles são homens (53,9%) de meia idade (50,9 ± 11,7 anos), com histórico de longos anos de internação (18,4 ± 9,1 anos), e curto tempo de desinstitucionalização (3,1 ± 3,1 anos), solteiros (93,1%), não alfabetizados (79,2%), que não estudam (94,3%), não trabalham (98,8%) e não administram o próprio benefício (85,7%). Apresentam deficiências intelectuais (38,4%) como principal diagnóstico de saúde mental, seguido de transtorno do espectro da esquizofrenia (34,7%). No segundo artigo, os questionários foram respondidos por 147 dos 245 caracterizados. A pontuação média total do WHOQOL-BREF foi de 66,5 ± 13,4 e o índice de funcionalidade médio foi 10,4 ± 7,6. Houve relação entre pessoas que estudam e qualidade de vida WHOQOLBREF (65,8 IC95% 63,5-68,1 versus 73,9 IC95% 67,5-80,3; p=0,04) ou nível de funcionalidade WHODAS 2.0 (10,9 IC95% 9,6–12,2 versus 5,1 IC95% 2,5-7,7; p=0,01). Houve correlação linear negativa fraca (r=0,41) entre valores mais elevados de qualidade de vida e a melhora da funcionalidade. Conclusão: Este estudo trouxe informações importantes para que gestores públicos desenvolvam melhores estratégias de cuidado para essa população e o processo de desinstitucionalização seja consolidado.


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