Condicionamento de pacientes com transtorno do espectro autista em odontologia

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma síndrome caracterizada por alterações no desenvolvimento neurológico que geram consequências no convívio social, o que se mostra afetado, na comunicação, a qual torna-se deficiente e em comportamentos específicos, que podem ser repetitivos. Este trabalho tem como objetivos realizar uma revisão de literatura sobre o processo de diagnóstico do TEA, sobre as principais características e padrões de comportamento dos pacientes com TEA, sobre as principais dificuldades que os cirurgiões-dentistas encontram ao atender uma criança com TEA e sobre as técnicas de manejo para um melhor condicionamento. Após a revisão da literatura, notou-se que um dos sinais observados nos pacientes com TEA é a inabilidade de produzir a atenção conjunta, que consiste na ausência do interesse pelo que está ao seu redor e a incapacidade de se comunicar, seja através do diálogo ou contato visual. Essas características interferem na boa relação com o cirurgião-dentista e, consequentemente, na realização dos procedimentos clínicos, sejam eles preventivos ou restauradores. O manejo odontológico adequado para uma criança com TEA requer uma individualização e compreensão aprofundada do perfil comportamental e das características do TEA, o que engloba diversas técnicas de manejo como falar-mostrar-fazer, distração, dessensibilização, controle de voz, reforço positivo ou recompensa e modelação. Portanto, pode-se dizer que crianças com TEA apresentam comportamentos específicos e repetitivos e o diagnóstico precisa ser realizado de forma criteriosa junto a uma equipe multidisciplinar. O cirurgião-dentista pode apresentar dificuldades durante os procedimentos e precisa estar qualificado para o atendimento do paciente com TEA.