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Ensaios pré-clínicos da exposição materna à Caesalpinia ferrea

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Data

2015

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Dissertação

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Resumo / Abstract

A espécie Caesalpinia ferrea cresce em todo o Brasil, sendo largamente utilizada nas regiões Norte e Nordeste no tratamento de tosse crônica, asma, ulcera gastroduodenal e tuberculose. Tradicionalmente é sugerida no tratamento sintomático de lesões cutâneas e de mucosas, assim como no tratamento de glicosúria. O objetivo do trabalho foi realizar ensaios pré-clínicos da exposição materna à Caesalpinia ferrea a fim de estudar os efeitos dos extratos hidroalcoólicos secos reconstituídos de cascas e sementes da Caesalpinia ferrea na evolução da gestação de ratas. Para isso, as ratas prenhes foram expostas, durante todo o período de gestação, às doses de 1,0 g/kg/dia (por via oral) aos extratos hidroalcoólicos secos reconstituídos da casca do lenho (GCas), das sementes (GSem), e o grupo controle recebeu solução salina (0,9%) - GC. Para a avaliação de toxicidade pré-clínica foram utilizadas análises bioquímicas de alanina aminotransferase - ALT, aspartato aminotransferase - AST, creatinina, ureia, cálcio, glicose, triglicérides, colesterol total, lipoproteínas de alta densidade - HDL; índices hematimétricos; dosagens de glutationa reduzida - GSH, catalase e glutationa peroxidase - GPx; e análises de capacidade reprodutiva. Os resultados da avaliação materna indicaram que não houve alterações na capacidade reprodutiva, entretanto houve aumento dos níveis de creatinina (F=3,996, p<0,05) e uma redução plaquetária (F=15,141, p<0,01) no GSem, indicando uma provável toxicidade materna. A toxicidade fetal foi demonstrada através de alterações encontradas no líquido amniótico e na placenta dos fetos. A análise do líquido amniótico indicou um aumento de AST no GSem (F=3,93, p<0,05), aumento nos níveis de glicose em GCas e GSem (F=11,26, p< 0,01), além de redução dos níveis de cálcio no GSem (F=6,095, p<0,05). A análise de placentas indicou um aumento dos níveis de triglicérides no GCas (F=5,032, p<0,005). Estes dados, tomados em conjunto, sugerem que o extrato hidroalcoólico seco reconstituído de sementes de Caesalpinia ferrea não é seguro quando administrado durante o período de gestação de ratas.


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