Nifedipino e sulfato de terbutalina: estudo comparativo de eficácia tocolítica e riscos de efeitos maternos e neonatais
dc.contributor.advisor | Lopes, Luciane Cruz | |
dc.contributor.author | Padovani, Tânia Regina | |
dc.date.accessioned | 2023-05-09T20:54:36Z | |
dc.date.available | 2023-05-09T20:54:36Z | |
dc.date.issued | 2012 | |
dc.description.abstract | [ANTECEDENTES] Os agentes tocolíticos são usados para inibir o trabalho de parto prematuro a despeito de limitados benefícios neonatais. O nifedipino (bloqueador de canais de cálcio) parece ser mais eficaz como tocolítico que o sulfato de terbutalina (beta- 2adrenérgico), com efeitos secundários maternos mínimos, mas ainda não existem evidências conclusivas sobre os efeitos sobre o concepto. [OBJETIVOS] Comparar nifedipino e sulfato de terbutalina quanto à eficácia tocolítica e os riscos de efeitos adversos maternos, fetais e neonatais no parto prematuro. [MÉTODO] Ensaio clínico controlado, randomizado realizado em três hospitais de Sorocaba-SP, Brasil incluindo mulheres sem comorbidades com idade entre 18 e 40 anos, gravidez única e tópica, entre 24 a 33 semanas e 6 dias, com dilatação cervical de até 4 cm e bolsa das águas íntegras, com diagnóstico de trabalho de parto prematuro, para o qual a tocólise está indicada. As pacientes foram randomizadas para receber nifedipino (via oral) ou sulfato de terbutalina (via intravenosa). Os desfechos primários para medir efetividade tocolítica foram: inibição das contrações uterinas em 12 horas, intervalo médio de tempo entre o início da terapia tocolítica e a tocólise efetiva, recorrência de trabalho de parto prematuro em 48 horas. Os indicadores de segurança maternos (alterações hemodinâmicas, respiratórias e aparecimento de efeitos adversos comuns e sérios consequentes ao uso dos tocolíticos utilizados) e fetais (alterações dos batimentos cardíacos fetais e sinais de sofrimento fetal) foram também avaliados. Os efeitos neonatais incluíram: Apgar, peso, oxigenioterapia, entubação oro traqueal, necessidade de tratamento intensivo, dias de internação em UTI e ocorrências de sepse, icterícia, síndrome de dificuldade respiratória, enterocolite necrotizante, hemorragia intracraniana e óbito. [RESULTADOS] Selecionaram-se 663 mulheres, das quais 66 preencheram os critérios de inclusão. A inibição eficaz das contrações uterinas no trabalho de parto prematuro dentro de 12 horas foi semelhante após administração de nifedipino (90,6%, N= 32) e sulfato de terbutalina (91,1%, N= 34), p=0,832. A mediana do prolongamento do parto foi de 19 dias para o nifedipino e 14 dias para o sulfato de terbutalina (p =0,743). A média de tempo para tocólise também foi semelhante: 2,2 horas nifedipino versus 2,4 horas sulfato de terbutalina (p =0,911). Não houve diferença entre os grupos quanto à recorrência de trabalho de parto prematuro em 48 horas (3,1% nifedipino versus 5,8% sulfato de terbutalina, p = 0,536), nem na frequência de parto prematuro dentro das 48 horas (12,5% do nifedipino versus 17,6%, p=0,733). Efeitos adversos comuns como rubor (RR = 0,07; IC95% 0,04 – 2,28; =0,001) e cefaleia (RR = 0,20; IC95%, 0,12 - 2,10; p =0,023) foram mais frequentes após administração de nifedipino. A administração do sulfato de terbutalina aumentou o risco para tremor (76,4%, p=0,001), náuseas (RR = 6,67; IC 95%, 0,75 – 6,94, p =0,001) e tonturas (RR = 5,0; IC 95%, 0,48 – 8,49, p =0,023). O número de efeitos adversos totais foi maior no grupo do sulfato de terbutalina ( p =0,001). As informações sobre os conceptos prematuros apontaram iferenças entre as terapias quanto ao Apgar, em cinco minutos (sulfato de terbutalina: x=7,6 e dp=1,4; nifedipino: x=8,2 e dp=0,9; p=0,043) [CONCLUSÃO] Concluí-se que não existem diferenças quanto a efetividade tocolítica entre nifedipino e sulfato de terbutalina nas doses utilizadas, no entanto, nifedipino se mostrou mais seguro pois apresentou menos efeitos adversos maternos e neonatais. | pt |
dc.description.abstract | [BACKGROUND] Tocolytic agents are used to inhibit preterm labor, despite the limited neonatal benefits. Nifedipine (calcium channel blocker) seem to be more effective as tocolytics than terbutaline sulphate (beta-2-adrenergetic receptor), with minimal maternal side effects, but there is no conclusive evidence on the effects on the fetus. [OBJETIVES] To compare nifedipine and terbutaline sulfate as to their tocolytic efficacy as well as their risks of maternal, fetal and neonatal adverse effects in preterm labor. [METHOD] Controlled and randomized clinical trial, carried out in three hospitals of Sorocaba-SP, Brazil comprising healthy women aged 18 – 40. Single topical 24 to 33-week-and-6-day pregnancy, cervical dilation of 4 cm and intact membrane; preterm labor diagnosed and tocolysis indicated. Patients were randomized to receive either nifedipine (oral) or terbutaline sulfate (intravenous). The primary outcomes to measure tocolytic effectiveness were: inhibition of uterine contractions in 12 hours, mean time between the start of tocolytic therapy and effective tocolysis, recurrence of preterm labor in 48 hours. . Indicators of maternal safety (hemodynamic and respiratory lterations, occurrence of serious and common adverse effects as a result of the use of tocolytics) as well as of fetal safety (changes in fetal heart rate, and signs of fetal distress) have also been evaluated. Neonatal effects comprehended: Apgar, weight, endotracheal intubation, the need for intensive care, days of ICU stay, occurrence of sepsis, jaundice, respiratory distress syndrome, ecrotizing enter colitis, ventricular hemorrhage and death. [RESULTS] Out of 663 women selected, 66 met the inclusion criteria. The effective inhibition of uterine contractions in preterm labor within 12 hours was similar after the administration of both nifedipine (90.6%, N= 32) and terbutaline sulfate (91.1%, N= 34), p=0.832. The median prolongation of birth was 19 days for nifedipine and 14 days for terbutaline sulfate (p =0.743). The average time for tocolysis was also similar: 2.2 hours for nifedipine versus 2.4 hours for terbutaline sulfate (p =0.911). There was no difference between groups in the recurrence of preterm labor in 48 hours (3.1% nifedipine versus 5.8% terbutaline sulfate, p = 0.536), nor was there a difference in the frequence of preterm birth within 48 hours (12.5% nifedipine versus 17.6%, p =0.733). Common adverse effects such as redness (RR = 0.07; CI 95%, 0.04 – 2.28; p=0.001) and headache (RR = 0.20; CI95% 0.12 – 2.10; p =0.23) were more frequent after the administration of nifedipine. The administration of of terbutaline sulfate increased the risk for tremor (76.4%, p=0.001), nausea (RR = 6.67; CI 95%, 0.75 – 6.94, p =0.001) and dizziness (RR = 5.0; CI 95%, 0.48 – 8.49, p =0.023). The number of total adverse effects was higher in the terbutaline sulfate group (p=0.001). Information from premature feta pointed out evidences of differences between therapies as to Apgar, in five minutes (terbutaline sulfate: x=7.6 e s=1.4; nifedipine: x=8.2 e s=0.9; p=0.043). [CONCLUSION] The tocolytic effectiveness of either nifedipine or terbutaline sulfate present no differences in the dosage used. However, nifedipine showed to be safer, as it produced fewer maternal and neonatal adverse effects. | en |
dc.identifier.uri | https://repositorio.uniso.br/handle/uniso/566 | |
dc.subject | Trabalho de parto - Complicações e seqüelas | |
dc.subject | Tocólise | |
dc.subject | Medicamentos - Prescrição | |
dc.subject | Obstetricia | |
dc.title | Nifedipino e sulfato de terbutalina: estudo comparativo de eficácia tocolítica e riscos de efeitos maternos e neonatais | |
dc.type | Dissertação | |
dspace.entity.type | Publication | |
local.rights | Open Access |
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