Avaliação crítica e comparação de recomendações de diretrizes de prática clínica para o tratamento da esquizofrenia em crianças e adolescentes: uma pesquisa metodológica
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Resumo / Abstract
Introdução: O número de diretrizes de prática clínica (CPG) tem aumentado substancialmente, principalmente na área da saúde mental pediátrica. No entanto, pouco se sabe sobre a qualidade das diretrizes de prática clínica e das recomendações para o tratamento de transtornos como a esquizofrenia em crianças e adolescentes. Objetivo: Avaliar a qualidade do reporte das diretrizes e das recomendações para o tratamento e manejo da esquizofrenia em crianças e adolescentes. Métodos: As diretrizes de prática clínica foram identificadas por meio de um protocolo prospectivo de busca sistemática no EMBASE (Excerpta Medical Database, via Ovid); MEDLINE (via Ovid); PsycINFO (via Ovid); PubMed, Epistemonikos; Biblioteca Virtual em Saúde; Global Index Medicus e bancos de dados específicos para diretrizes clínicas. Foram considerados para inclusão documentos de 2004 a dezembro de 2020. A qualidade das diretrizes foi avaliada de forma independente por três ou quatro revisores usando os instrumentos AGREE II. As diretrizes foram consideradas de alta qualidade se pontuaram ≥60% nos domínios 3 e 6 do instrumento AGREE II. Os diferentes sistemas de classificação de evidências foram descritos, a qualidade das recomendações foi avaliada em pares utilizando o instrumento AGREE-REX e as recomendações foram descritas e comparadas. Resultados: A busca nas bases de dados recuperou 3.182 resultados. Destes, 2.030 foram selecionados e 29 seguiram para a etapa de leitura de texto completo. Após esta fase, 4 diretrizes foram selecionadas para extração. Apenas uma das diretrizes foi considerada de alta qualidade na avaliação usando o AGREE II. As recomendações farmacológicas foram as únicas descritas para todas as fases do tratamento. As pontuações do AGREE-REX foram menores para as recomendações psicossociais. Conclusão: Ainda são poucos os estudos clínicos e as diretrizes sobre esquizofrenia em crianças e adolescentes. A qualidade dos documentos era geralmente baixa e a qualidade do reporte das recomendações tem muito a melhorar. Também falta transparência acerca da qualidade das evidências e força das recomendações.