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Avaliação do uso de membranas de nanocelulose bacteriana com e sem nisina como tratamento complementar em feridas cirúrgicas de dermorrafia em bovinos

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Resumo / Abstract

A atividade pecuária é uma importante mantenedora da balança comercial superavitária brasileira e as condições de manejo dos animais têm grande influência. A descorna cirúrgica é um procedimento que, apesar de invasivo, pode ser necessário para diminuição da frequência de lesões em úberes, olhos e região dos flancos, além de promover maior segurança aos manejadores. Os tratamentos pós-cirúrgicos das feridas geralmente incluem aplicação tópica de cicatrizantes, antimicrobianos e repelentes. Uma alternativa biotecnológica é a utilização de curativos a partir de biomateriais, dentre eles a nanocelulose bacteriana (NCB), que é biodegradável, atóxica, não alergênica e biocompatível. A associação de substânciasà NCB, como a nisina, tem sido explorada na produção de biocomplexos ativos. Diante disso, objetivou-se avaliar a eficiência de dois novos tratamentos complementares (membranas de NCB e membranas de NCB+nisina) na cicatrização de feridas de descorna cirúrgica em bovinos. Para isso foram realizados dois experimentos de descorna cirúrgica. No primeiro, 12 animais foram utilizados; uma das feridas foi submetida à antissepsia com solução de polivinilpirrolidona iodada (PVPI) tópica seguida de repelente larvicida, chamado de tratamento controle, e a outra ferida recebeu, além do tratamento controle, a aplicação de membrana de NCB. Para o segundo experimento, n=12, uma das feridas recebeu tratamento controle e membrana de NCB enquanto a outra foi submetida ao tratamento controle e aplicação de membrana de NCB+nisina. Em ambos os experimentos as feridas foram avaliadas macroscopicamente por imagens fotográficas para análise de processo inflamatório e cicatricial, nos dias 2, 6, 10 e 14 após as cirurgias, e microscopicamente, com a realização de biópsias nos dias 3, 7, 14 e 21 pós procedimento. As avaliações macroscópicas evidenciaram diferenças estatísticas significantes somente nas comparações dentro dos grupos para os dois experimentos, enquanto as análises microscópicas não revelaram diferenças estatisticamente significativas em quaisquer tipos de comparação. Assim, conclui-se que quando as feridas cirúrgicas de cada grupo são controles delas mesmas, as feridas com membrana cicatrizaram mais rapidamente. Entretanto, a cicatrização microscópica, mesmo após 21 dias, não acompanhou os resultados observados macroscopicamente.


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