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Fatores preditivos de adesão ao tratamento farmacológico de uso contínuo em idosos: estudo transversal

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Data

2016

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Dissertação

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Resumo / Abstract

O processo do envelhecimento é dinâmico e progressivo, momento em que ocorrem alterações morfológicas e psicológicas que levam a vulnerabilidade e às doenças. Para o controle e tratamento dessas doenças, a intervenção farmacológica ainda é uma das principais estratégias de controle. Desta forma, a adesão à terapêutica medicamentosa é fundamental para efetividade e segurança do tratamento. O objetivo deste estudo foi identificar os fatores preditivos de adesão à terapia farmacológica em pacientes idosos sob tratamento com medicamentos de uso contínuo. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico, por meio da aplicação de um questionário aos idosos que frequentam o Clube dos Idosos de Sorocaba e Universidade da Terceira Idade. Foram incluídos idosos com mais de 60 anos e que estivessem fazendo uso de algum medicamento há pelo menos 3 meses. Os resultados indicaram uma população escolarizada, com 43% com nível superior em sua formação. Relativamente à adesão e ao tratamento, pode-se perceber que idosos com tratamentos crônicos de hipertensão e dislipidemias apresentaram maior adesão com p=0,0) e 0,01 respectivamente. Idosos com maior tempo de doença (p=0,04), aqueles que recebem o medicamento do SUS (p=0,005) e das classes econômicas mais baixas (p=0,02) também aderiram mais ao tratamento. O nível de escolaridade não guardou relação com adesão ao tratamento. Os dados do presente estudo nos sugerem que as doenças crônicas como a hipertensão, dislipidemias, por trazerem um risco de morte maior, fazem com que o idoso adira mais ao tratamento. A falta do medicamento, quando acompanhada de sintomas da doença, mostram sua necessidade, garantindo maior adesão. Os idosos das classes econômicas C,D e E e aqueles que buscaram o medicamento no SUS têm no sistema público de atenção à saúde, sua única alternativa de tratamento, de forma que houve maior adesão ao tratamento nesse perfil de idosos entrevistados. Conclui-se que neste estudo, poucos são os fatores preditivos utilizados para garantir a melhor adesão farmacológica. Os que utilizam da memória, os hipertensos, dislipidêmicos, de classe econômica C-E, e os retiram exclusivamente na rede pública demonstraram mais adeptos à adesão. E os que foram considerados não aderentes (32%), caracterizado pelo grupo mais vulnerável, faz se necessário um olhar diferenciado dos pesquisadores a essa população, adotando medidas de educação em saúde para os idosos e familiares.


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