Ações e estratégias para o acompanhamento de pacientes com transtornos mentais desinstitucionalizados
dc.contributor.advisor | Lopes, Luciane Cruz | |
dc.contributor.author | Fulone, Izabela | |
dc.date.accessioned | 2023-05-09T20:58:36Z | |
dc.date.available | 2023-05-09T20:58:36Z | |
dc.date.issued | 2020 | |
dc.description.abstract | Introdução: Embora possam contribuir para melhores desfechos com os cuidados necessários aos pacientes com transtornos mentais graves, o uso sistemático das melhores evidências científicas disponíveis na formulação e implementação de políticas de saúde mental é um dos maiores desafios atuais em sistemas de saúde. Objetivo: sintetizar e disseminar evidências para melhorar o cuidado de pacientes com transtornos mentais graves desinstitucionalizados e investigar o padrão de uso de antipsicóticos de segunda geração (SGA) dispensados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento da esquizofrenia e transtornos esquizoafetivos. Método: utilizou-se as ferramentas de SUPORTE a Ensaios e Revisões relevantes para as Políticas (SUPPORT) para o desenvolvimento da síntese de evidências e de sua disseminação por meio do Diálogo Deliberativo (DD). A investigação do uso de SGA foi conduzida por meio de registros das Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade (APAC), armazenados no Sistema de Informação Ambulatorial do SUS (SIA/SUS), entre os anos 2008 a 2017. Resultados: a busca e a análise crítica na literatura identificaram seis estratégias para melhorar o cuidado de pacientes com transtornos mentais desinstitucionalizados. As deliberações obtidas no DD com importantes stakeholders validaram e contribuíram para a disseminação da síntese de evidências. Dentre os usuários de SGA registrados no banco de dados estudado, foram identificados 759.654 pacientes com esquizofrenia ou transtorno esquizoafetivo. Risperidona (33,1%), olanzapina (29,6%), quetiapina (27,7%), ziprasidona (5,1%) e clozapina (4,5%) foram os mais usados. Em idosos, a quetiapina (47,4%) foi a mais utilizada e em crianças, a risperidona (63,3%). A maioria dos pacientes trocaram pelo menos uma vez o SGA e os fatores associados à troca foram: sexo feminino, idade avançada e diagnóstico de transtorno esquizoafetivo (p < 0,001 para cada variável). Usuários de risperidona tiveram maior frequência de trocas (58/100 pacientes-ano), enquanto que a clozapina teve a menor frequência de troca (37/100 pacientes-ano). Entre as crianças e adolescentes estudadas (n=49.943), houve diferença de sexo, com predomínio do sexo masculino (p < 0,001). Conclusão A maioria das estratégias identificadas apresentaram correspondências em dispositivos da política de saúde mental brasileira, porém não estavam completamente implementados, dificultando o cuidado desta população. A investigação do uso de SGA gerou informações relevantes sobre o perfil dos usuários, a diferença de sexo, padrão de utilização e de troca de SGA no mundo real, que poderão contribuir para melhorar a prática de cuidados, a gestão, o planejamento e o uso de recursos. | pt |
dc.description.abstract | Introduction: Although can contribute to better outcomes with the necessary care for patients with severe mental disorders, the systematic use of the best scientific evidence available in the formulation and implementation of mental health policies is currently one of the greatest challenges in health systems. Objective: To synthesize and disseminate evidence to improve the care for deinstitutionalized patients with severe mental disorders and to investigate the use of second- generation antipsychotics (SGA) dispensed by the Brazilian National Health System (SUS) for the treatment of schizophrenia and schizoaffective disorders. Method: We used the Supporting Policy Relevant Reviews and Trials (SUPPORT) tools to develop the policy brief and to disseminate it through the Deliberative Dialogue (DD). The investigation of the use of SGA was conducted through records related to the Authorization of High Complexity Procedures (APAC), from the Ambulatory Information System (SIA / SUS), between the years 2008 to 2017. Results: The search and critical analysis in the literature identified six strategies to improve the care for patients with severe mental disorders. The deliberations obtained in the DD with important stakeholders validated and contributed to the dissemination of the synthesis of evidence. Among the users of SGA registered in the database studied, 759,654 patients with schizophrenia or schizoaffective disorder were identified. Risperidone (33.1%), olanzapine (29.6%), quetiapine (27.7%), ziprasidone (5.1%) and clozapine (4.5%) were the most used. In the elderly, quetiapine (47.4%) was the most used, and in children, risperidone (63.3%). Most patients switched the SGA at least once and the factors associated with the switch were: female gender, advanced age, and diagnosis of schizoaffective disorder (p <0.001 for each variable). Risperidone users had the highest frequency of changes (58/100 patient-years), while clozapine had the lowest frequency of change (37/100 patient-years). Among the children and adolescents studied (n = 49,943), there was a sex difference, with a predominance of males (p <0.001). Conclusion: Most of the strategies identified showed correspondence in the Brazilian mental health policy provisions, but not fully implemented, making it difficult to care this population. The investigation of the use of SGA generated relevant information about the profile of users, sex differences, pattern of use, and switch of SGA in the real world, which can contribute to improve the practice of care, management, planning, and use of resources. | en |
dc.identifier.uri | https://repositorio.uniso.br/handle/uniso/997 | |
dc.subject | Saúde mental | |
dc.subject | Esquizofrenia | |
dc.subject | Medicamentos - Utilização | |
dc.subject | Política de saúde - Brasil | |
dc.title | Ações e estratégias para o acompanhamento de pacientes com transtornos mentais desinstitucionalizados | |
dc.type | Tese | |
dspace.entity.type | Publication |
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