Substâncias tóxicas presentes nos dispositivos eletrônicos de fumar utilizados no Brasil: uma revisão narrativa
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Resumo / Abstract
Os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF), ou Cigarros Eletrônicos (CE), são dispositivos que funcionam por vaporização em vez de combustão. Criados em 2003 por um farmacêutico chinês e lançados nos EUA em 2007 como uma alternativa para ajudar a parar de fumar, foram inicialmente considerados menos prejudiciais à saúde. Contudo, em 2009, a ANVISA proibiu sua comercialização e publicidade devido à falta de evidências sobre sua segurança e eficácia na redução do tabagismo. Os cigarros eletrônicos contêm propilenoglicol (PG) e glicerina vegetal (VG) e gerando aldeídos, como formaldeído e acetaldeído, em quantidades variáveis, influenciadas por fatores como a mistura dos componentes e a potência do dispositivo. Diante das incertezas sobre os impactos à saúde, o Brasil regulamentou, em 2009, a proibição da venda e importação desses produtos até que sua segurança e eficácia sejam comprovadas. Este estudo sobre a toxicidade dos CE inclui a identificação de substâncias químicas e tóxicas presentes neles, comparando sua toxicidade com a dos cigarros convencionais e analisando a nicotina. Apesar das regulamentações, não é possível afirmar com certeza se os cigarros eletrônicos são mais seguros do que os tradicionais, devido à falta de transparência dos fabricantes sobre a composição química e os subprodutos gerados durante o uso.