Protocolo do circuito de hemoperfusão em ratos para remoção de veneno ofídico
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Resumo / Abstract
O tratamento específico ao envenenamento ofídico é a soroterapia, pela administração endovenosa (e.v.) de soro antiofídico. Estudos prévios com ácido tânico mostraram que este agente precipita venenos ofídicos aniquilando seus efeitos tóxicos. Entretanto, o seu uso e.v. é contraindicado por precipitar igualmente as proteínas sanguíneas, o que remete à alternativa da hemoperfusão, principalmente em casos graves de envenenamento. Os objetivos deste estudo foram: a) implantar um protocolo de circuito para hemoperfusão em ratos visando à remoção de veneno ofídico; b) avaliar a eficácia de cartucho de hemoperfusor confeccionado com grânulos de carvão ativado (adsorção) aprisionados em ácido tânico comercial (precipitação) na remoção do veneno de Crotalus durissus terrificus (Cdt) comparativamente ao seu antiveneno específico, que representou a condição controle; c) avaliar a influência da técnica de hemoperfusão sobre o perfil hematológico (contagem de eritrócitos, plaquetas e leucócitos). O delineamento do estudo foi experimental in vivo com animais, que foram divididos em 3 grupos: I) hemoperfusão: representou o controle da implantação do circuito de hemoperfusão; II) Cdt & antiveneno (controle); III) Cdt & Hemoperfusão. Findo os experimentos os animais foram sacrificados após aprofundamento anestésico para coleta de sangue e posterior contagem de eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Os resultados obtidos foram: o circuito para hemoperfusão em ratos foi implantado com êxito; o cartucho para hemoperfusão mostrou-se eficaz na remoção do veneno crotálico, comparativamente ao antiveneno específico; e a hemoperfusão não teve impacto sobre a quantidade total de leucócitos e eritrócitos em todos os grupos tratados, mas diminuiu significativamente a quantidade de plaquetas.