Qualidade de vida de pacientes pós transplante de fígado em um centro de transplantes referência no interior do estado de São Paulo
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Resumo / Abstract
O transplante hepático é a terapêutica indicada para pacientes com doença hepática grave e progressiva, seja crônica ou aguda, que não se beneficiem com outro tratamento alternativo. Desta forma, é a única medida terapêutica efetiva, capaz de modificar significativamente a qualidade de vida. Todo processo vivenciado pelo paciente, pela transição de uma condição para outra, envolve fatores que impactam no declínio da qualidade de vida, como, os sintomas físicos e o estado funcional associado a fatores psicológicos e sociais, limitações e mudanças no estilo de vida pela necessidade de adaptação da nova realidade em que se encontra. Objetivo: Este estudo tem a finalidade de identificar os interferentes de maior impacto na qualidade de vida relacionada à saúde após serem submetidos ao transplante. Metodologia: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo, exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa. Participaram do estudo os pacientes submetidos ao transplante de fígado no Hospital Doutor Miguel Soeiro (HMS) – Unimed Sorocaba, no período de 2005 a 2022. Utilizou-se para a coleta de dados o questionário padronizado Short Form Health Survey 36 (SF-36) - validado e adaptado na versão portuguesa, e formulário de variáveis clínicas, com idade atual, idade em que realizou o transplante, sintomas mais comuns da doença hepática, e sentimentos vivenciados no processo de pré e pós transplante. Resultados: O Componente de Saúde Física apresentou maiores médias de qualidade de vida nos domínios de Capacidade Funcional (92,4) e Dor (93,22), enquanto o Componente de Saúde Mental apresentou maiores médias de qualidade de vida nos domínios de Aspectos Sociais (88,69) e Vitalidade (81,1). Destacou-se que, a variável 2 – 4 anos, apresentou maiores médias de score de qualidade de vida em CSF (89,05), e a variável 1 ano, apresentou maiores médias em CSM (90,94). Aos demais, sem diferenças significativas, mantendo um mesmo padrão entre as médias. A abordagem é pelas variáveis clínicas e pelos sentimentos expressados pelos participantes durante todo o processo vivenciado. Conclusão: A melhora na QV é proporcional ao tempo de transplante, devido á ter que se adaptar à nova realidade em que se encontram, reconhecem os benefícios pós-transplante e dão pouca ou nenhuma importância a eventos clínicos imprevistos, pois atribuem um novo e positivo significado à vida após o transplante.