Navegando por Assunto "Ambiente de sala de aula"
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- TeseO celular no cotidiano escolar: relações de poder, usos, abusos e proibições(2019) Sanctis, Ricardo José Orsi deA presente tese de Doutorado tem como objetivo compreender o uso do celular no cotidiano escolar e as relações de poder que em torno dele se estabelecem. Na incursão das produções acadêmicas sobre a inserção das novas tecnologias na educação, nota-se uma polarização entre discursos deterministas e instrumentalistas que têm sido produzidos, atribuindo a elas um valor autônomo ou a qualidade de serem mais um instrumento a serviço da educação e apontando barreiras de resistências a serem transpostas para seu efetivo uso na prática docente. O levantamento de documentos oficiais que incentivam o uso dos celulares no cotidiano escolar e das leis que o proíbem trouxe uma governamentalidade contraditória, tornando o questionamento a respeito do uso do celular ainda mais relevante. Nesse contexto, ao se investigar o cotidiano escolar, relatórios apresentados na supervisão de estágio de alunas de um Curso de Licenciatura em Letras serviram de documentos de análise para identificar como a escola e o professor estabelecem o uso do celular em sala de aula, como reagem os alunos com o uso ou as proibições prescritas no cenário escolar, bem como o uso pessoal das estagiárias e suas opiniões sobre o uso no processo de ensino-aprendizagem. O método de análise dos dados foi o Discurso do Sujeito Coletivo capaz de, por meio do registro das respostas aos questionamentos abertos feitos no relatório, desenhar painéis que põem luz nas representações sociais. Os resultados apontaram para uma prática docente que proíbe o uso do celular em sala de aula, com ressalvas para uso pedagógico, com controle do professor, porém com poucos relatos de práticas seja de forma instrumental e ou rizomática. As ideias centrais que surgiram no discurso permitiram que o agrupamento de quatro categorias: o uso do celular feito pelas estagiárias que traz o uso pessoal e as opiniões sobre a adoção do uso pedagógico no cotidiano escolar; o cenário escolar e a organização que se revela esquadrinhada; a prática dos docentes - o uso e as proibições do celular; os alunos: seus usos, possíveis abusos e ou resistência. De modo geral, foi possível identificar que, embora o celular esteja presente no cotidiano das pessoas, a escola se posiciona contrária a seu uso. A proibição anuncia a manutenção de uma escola ainda com foco na disciplina e envida esforços para o esquadrinhamento e a docilização dos corpos, mais do que para o processo dinâmico de aprender numa construção de conhecimentos.
- DissertaçãoSalas de recursos no atendimento à deficiência intelectual: realidade ou utopia?(2021) Domingos, Lucy Mary PadilhaEssa dissertação apresenta uma análise sobre as dificuldades e barreiras expressas pelos professores no processo de ensino da criança com deficiência intelectual. Os questionamentos que geraram a pesquisa foram levantados em encontros presenciais e online junto a professores de Educação Especial que atuam nas Salas de Recursos das escolas da rede estadual, integrantes da Diretoria de Ensino da região de Itapetininga, no estado de São Paulo, no período de 2019 e 2020. A partir da aplicação de um questionário, os responsáveis pela aprendizagem dessas crianças descreveram quais são as suas dificuldades para ensinar e quais barreiras são enfrentadas por eles em suas atuações docentes. Além disso, buscou-se identificar quais seriam as ações significativas, na visão deles, para contribuir com atendimentos mais eficazes nas Salas de Recursos. Com o objetivo geral da pesquisa de compreender o que os professores responderam sobre esses questionamentos, foram apontados princípios básicos para as práticas pedagógicas, que pudessem colaborar com o atendimento educacional especializado, fundamentando-se nos princípios da Teoria das Inteligências Múltiplas, de Howard Gardner. O estudo se pautou numa abordagem qualitativa, do tipo descritiva, com uma pesquisa de campo utilizando a técnica de questionários. Os dados levantados foram interpretados com apoio em Minayo (2001) a partir de uma análise sistemática que reduz unidades de significado em categorias. Nessa pesquisa observou-se quatro grandes categorias de análise: aspectos relacionados à atuação docente, ao aluno com deficiência intelectual, ao contexto escolar e ainda aqueles relacionados à família dos estudantes com essa deficiência. Concluiu-se que o atendimento nas Salas de Recursos precisa da parceria de todos os envolvidos no processo educativo destes alunos, para que possam conhecer a história de vida da criança, visando a superação das fragilidades e o reconhecimento das suas potencialidades. O ensino deve ser realizado por meio de diferentes caminhos que respeitem as diversas formas de aprender e o tempo necessário da criança com deficiência intelectual. As ações propostas pelos docentes trazem reflexões sobre suas próprias atuações e ainda solicitam melhorias e apoio pedagógico para ampliar seus conhecimentos. O respeito à singularidade humana pode gerar avanços na aprendizagem dos alunos. A busca da eliminação de barreiras pode colaborar com as práticas educativas do ensino nas Salas de Recursos.