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O celular no cotidiano escolar: relações de poder, usos, abusos e proibições

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2019

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Resumo / Abstract

A presente tese de Doutorado tem como objetivo compreender o uso do celular no cotidiano escolar e as relações de poder que em torno dele se estabelecem. Na incursão das produções acadêmicas sobre a inserção das novas tecnologias na educação, nota-se uma polarização entre discursos deterministas e instrumentalistas que têm sido produzidos, atribuindo a elas um valor autônomo ou a qualidade de serem mais um instrumento a serviço da educação e apontando barreiras de resistências a serem transpostas para seu efetivo uso na prática docente. O levantamento de documentos oficiais que incentivam o uso dos celulares no cotidiano escolar e das leis que o proíbem trouxe uma governamentalidade contraditória, tornando o questionamento a respeito do uso do celular ainda mais relevante. Nesse contexto, ao se investigar o cotidiano escolar, relatórios apresentados na supervisão de estágio de alunas de um Curso de Licenciatura em Letras serviram de documentos de análise para identificar como a escola e o professor estabelecem o uso do celular em sala de aula, como reagem os alunos com o uso ou as proibições prescritas no cenário escolar, bem como o uso pessoal das estagiárias e suas opiniões sobre o uso no processo de ensino-aprendizagem. O método de análise dos dados foi o Discurso do Sujeito Coletivo capaz de, por meio do registro das respostas aos questionamentos abertos feitos no relatório, desenhar painéis que põem luz nas representações sociais. Os resultados apontaram para uma prática docente que proíbe o uso do celular em sala de aula, com ressalvas para uso pedagógico, com controle do professor, porém com poucos relatos de práticas seja de forma instrumental e ou rizomática. As ideias centrais que surgiram no discurso permitiram que o agrupamento de quatro categorias: o uso do celular feito pelas estagiárias que traz o uso pessoal e as opiniões sobre a adoção do uso pedagógico no cotidiano escolar; o cenário escolar e a organização que se revela esquadrinhada; a prática dos docentes - o uso e as proibições do celular; os alunos: seus usos, possíveis abusos e ou resistência. De modo geral, foi possível identificar que, embora o celular esteja presente no cotidiano das pessoas, a escola se posiciona contrária a seu uso. A proibição anuncia a manutenção de uma escola ainda com foco na disciplina e envida esforços para o esquadrinhamento e a docilização dos corpos, mais do que para o processo dinâmico de aprender numa construção de conhecimentos.


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