Navegando por Assunto "Cinema - Brasil"
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- DissertaçãoCinema e mulher: os femininos nas composições das narrativas cinematográficas de Laís Bodanzky(2020) Cavassani, Maria FernandaEsta pesquisa analisou como as narrativas cinematográficas brasileiras têm se dedicado a retratar a questão do feminino. O objetivo é, portanto, contribuir para a compreensão de especificidades de representações do feminino em filmes dirigidos por Laís Bodanzky (1969). A partir da análise da obra da cineasta brasileira – tendo como recorte os quatro únicos longas-metragens por ela produzidos até aqui, com aprofundamento no filme Como Nossos Pais (2017) –, a pergunta que nos conduziu foi “como o feminino e o poético se expressam nas narrativas cinematográficas de Laís Bodanzky?”. Para isso, buscou-se identificar os aspectos narrativos, como enredo, personagens, ambiente e narrador, além das características visuais e sonoras do cinema de Laís Bodanzky por meio da análise fílmica, com metodologia pontuada por Francis Vanoye e Anne Goliot-Lété, e na análise de narrativa, proposta pela professora Cândida Vilares Gancho. Para tanto, o apoio é de pensadores como Vilém Flusser, sobre comunicação e cultura; Walter Benjamin e Míriam Cristina Carlos Silva, sobre as narrativas; Octávio Paz e Míriam Cristina Carlos Silva, sobre narrativas poéticas; Robert Stam e Jacques Aumont, sobre cinema; e gênero a partir das contribuições de Simone de Beauvoir e Judith Butler. Os resultados apontam para narrativas poéticas, alicerçadas em ambientes contemporâneos e familiares, com enredos de conflitos psicológicos, personagens protagonistas que se alternam entre femininos e masculinos, com narradores que oscilam na onisciência entre silenciosos, polifônicos e dialógicos. Além de femininos poéticos, atuais e possíveis.
- DissertaçãoComunicação e uma poética do erotismo: de Hilda Hilst a Eduardo Nunes(2023) Macedo, Tatiana Aparecida Veronezzi deEste estudo tem como questão norteadora a compreensão sobre o modo como o cineasta Eduardo Nunes, em seu filme Unicórnio (2018), comunica a narrativa poética de Hilda Hilst (1930-2004), com enfoque no erotismo. Para tanto, o corpus envolve as obras de Hilda Hilst, O Unicórnio e Matamoros, e o filme de Eduardo Nunes, o Unicórnio, em confluência com fragmentos biográficos da escritora, coletados de uma série de entrevistas organizadas por Diniz (2018), entre outras informações secundárias. A partir das proposituras de Silva (2007-2010), compreendemos o erotismo como uma forma específica de comunicação, apoiando-nos também em Bataille (2021). O objetivo deste estudo é o de discutir como Nunes dialogou com a obra de Hilst, por meio de um processo aparentemente antropofágico. Para responder a esta pergunta, realizamos uma pesquisa bibliográfica, assim como uma análise, na qual se realiza uma leitura do filme, buscando apreender elementos resultantes dos processos dialógicos operados por Nunes, sobretudo a partir dos aspectos eróticos presentes nos textos de Hilda e no filme do cineasta. Assim, consideramos a perspectiva da antropofagia como um possível método (SILVA; PICHIGUELLI, 2020; CASTRO e SILVA, 2022) utilizado por Nunes. A justificativa deste trabalho como contribuição à área da comunicação está em se pensar a poética de Nunes como um processo comunicacional, antropófago, o que significa uma contribuição incremental para o estudo das narrativas midiáticas. Também se justifica por contribuir no debate sobre a importância do poético para os processos comunicacionais, trazendo luzes a uma autora que, por razões diversas, tem sido continuamente negligenciada. Consideramos que Nunes coloca-se como artista-antropófago e nos convida a uma experiência de uma comunicação erótica-antropofágica com Hilda Hilst, por meio da narrativa cinematográfica.